Como foi muito difícil abrir meus olhos, eu temi mover o resto do meu corpo. Após algumas tentativas de piscar, minhas pupilas se ajustaram à luz fraca.
Hospital. Definitivamente. Eu levantei uma mão, pesada como uma bigorna. Ow. A bigorna tinha uma âncora. Ou um soro, se você quisesse ser técnico. Um bip suave acelerou quando me movi. Eu odiava o som de um monitor cardíaco – trazia muitas memórias.
Sentei e gemi. Uma análise rápida me disse o quanto eu estava realmente machucada e surrada, e a multidão de aparelhos médicos no quarto, que me fez parecer um experimento científico de um gênio do mal, era um exagero. Ou pais superprotetores.
Meus olhos se trancaram em uma figura na cadeira ao lado da janela. Minha respiração parou. O sinal sonoro aumentou freneticamente.
— Ayden?
O buraco oco no meu estômago se agitou, trazendo memórias de Ayden em pé entre mim e a explosão, com os braços estendidos como se para parar o inferno. As chamas da explosão envolvendo seu corpo como um devorador enlouquecido.
Eu não tinha sonhado, mas o menino na cadeira definitivamente não estava um pretzel extra crocante. Algumas marcas de fuligem manchavam sua pele e camiseta, e um cheiro de fumaça de churrasco permanecia como perfume, mas suas belas feições, relaxadas no sono, se mantiveram impecáveis. Sua cabeça descansava contra seu casaco, que ele transformou em um travesseiro.
A tensão em volta do meu peito aliviou. Limpei os olhos molhados. Eu precisava tocá-lo, me certificar que ele era real, e que estava respirando. Eu empurrei para trás os cobertores, lutando contra os acessórios hospitalares restringindo meus movimentos. Eu arranquei para fora o monitor cardíaco, começando a puxar os fios. Minha velocidade estava acelerada com o desejo de alcançar Ayden, estremecendo a cada tentativa de puxar o material pegajoso que estava super colado à minha pele.
— Não toque nisso!
Eu levantei a minha cabeça. E me arrependi. — Ow.
Saindo da cadeira muito rápido, Ayden caiu no chão. Eu ri quando ele apareceu, perdendo a tentativa de permanecer calmo, e subiu para o meu lado.
— Onde dói? — questionou. Eu estremeci quando ele achou um galo na linha do meu cabelo. Suas mãos retrocederam. — Sinto muito.
— Você está bem?
— Eu? Sim. — Ele virou a cabeça para cheirar sua jaqueta. — Agora mesmo eu cheiro como se eu estivesse fumando. — Ele sorriu. — Por quê?
Eu balancei minha cabeça. Suavemente.
— Nada. Eu só pensei... — Eu lambi meus lábios. — Como está Jocelyn?
— Pulso quebrado, concussão leve e costela machucada, mas por outro lado, ótima. Ela está no quarto ao lado. Minha mãe está pegando café. Papai deve estar aqui dentro de algumas horas. Fale sobre estarem agradecidos. Provavelmente vão lhe comprar uma ilha. Ou lhe dar a nossa. — Meu queixo caiu. — Estou brincando. É mais uma península. Mas, ei, você salvou a filha deles.
— Você não mencionou uma irmã.
Ele esfregou o queixo. — Jocelyn não fica muito por aqui. Vai para a escola particular, porque eles estão dispostos a considerar a agenda dela. — Eu levanto minhas sobrancelhas. — Ela patina. Muito bem. Viaja muito para competições. Mamãe vai com ela. Elas acabaram de chegar em casa hoje e Jocelyn age como uma adolescente idiota, saindo sem proteção.
— Proteção?
— Ela não é uma caçadora. Não tem as habilidades, e é por isso que ela deve ter proteção, mas ela se irrita e - como você sabia sobre a ameaça?
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#1 - Demons At Deadnight (Divinicus Nex Chronicles)
ParanormalDurante dezessete anos para Aurora Lahey a sobrevivência tem sido um estilo de vida. DESTINO DEMONÍACO Aurora tem o superpoder mais inútil do planeta, e isso só liberou um esquadrão do inferno. Os demônios estão à caça, sobrevivendo apenas para cort...