Prisão do Eu

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O Silêncio da noite me faz pensar no que sou

O que eu me tornei? O que eu deveria ser?

Eu não deveria me culpar por uma evolução positiva.

Essa evolução é positiva, não?


Mas e se não for?

Ainda é justificável?

Eu sou sincero?

Eu sou eu?

Quem sou eu?

Onde estou eu?


Eu devo estar vivo dentro dos espelhos

Preso nos reflexos dos quais me alimento

Buscando por algo que não tenho certeza

Aceitação? Orgulho? Paz?


Talvez eu só queira mesmo saber quem eu sou

É mais importante do que todas as outras coisas

Eu só queria acordar e ao olhar no espelho

Reconhecer a integridade da pessoa que ali vejo.

E não ver ali a face da minha própria prisão.


Eu quero me libertar.

Poemas da Biblioteca OníricaWhere stories live. Discover now