Kaia Dentro de Um Livro

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Chegar até no centro da cidade foi um perrengue estilo Hollywood. E isso pode contar com: Estradas sem fim, caras ridículos achando que eu sou uma qualquer e um vendedor de joias que só podia estar achando que eu tinha nascido ontem para me roubar tão na cara dura. Porém ele não contava com a minha astúcia, por que convenhamos, eu sou cria de Nova York ne meus amores, para passar a perna em mim tem dar duro.

Estou esperando para falar com um homem que se diz um gerente de serviços. Se isso existe, eu não sei, mas foi o modo mais rápido que encontrei. O restaurante até que não é tão ruim, mas a clientela que vem aqui não é uma das refinadas de Londres. A impressão é de que todos estão olhando para mim como se eu tivesse vindo do Futuro ,o que não é uma mentira na verdade.

- A senhorita deve ser a gentil dama que convocou os meus serviços, certo?

Um senhor de idade carrancudo senta bem a minha frente e logo de cara não gostei de sua fisionomia. Ele parecia bruto e nem um pouco gentil, mas para achar Mary eu precisava de qualquer informação possível.

- Sim foi eu mesma, Senhor.- Falo tentando mostrar segurança.- Estou a procura de Governantas mais experientes, para cuidar de minhas afilhadas. Procuro alguém que tenha um bom histórico de famílias, conhece alguém?- Ser direta nessas horas ajuda muito, sem contar que não quero ficar conversando com ele.

Ele abre um sorriso amarelo que me dá um arrepio até na espinha.

- Conheço várias Governantas, jovem dama.- Ele tem um olhar frio e carregado. Por favor moço só me de um nome é eu vou embora feliz da vida.- Mas se quiser uma experiente isso terá um... custo maior.- Ele abre o mesmo sorriso tenebroso, nesse eu noto que falta alguns dentes em sua boca. Céus, que horror.

- Pode  ate ter um custo maior, mas eu quero renome.- Se for para pagar mais caro, tem que ser a pessoas certa.- Nível..... Pemberley.

- Pemberley certo? Ótimo, tenho uma candidata para você, jovem dama. Ela trabalhou em Pemberley durante um período cuidando nada mais nada a menos que a Irmã mais nova de um homem muito, muito rico. Proprietário de Pemberley. Mas hoje em dia ela está disponível.

- Magnífico, quero o endereço dela, hoje mesmo irei contrata- la.- Falo e ele balança a cabeça fervorosamente e me encara.

- Pagamento primeiro, jovem dama.- Ele estende as mãos enrugadas na minha direção.

- Claro, como não.- Retiro da bolsa 50 libras e entrego na sua mão. O que ri não faço por informação em? Nunca vi cobrar para isso.- Está de bom tamanho.- Eu já falo para ele não vir com aquela história de que " É muito pouco"  Mas ele logo pega as moedas e seus olhos chegam a brilhar de tanta satisfação. Ele retira do bolso um cartão escrito " Sra. Madeline, Governanta....."

- Foi um prazer enorme fazer negócios com a senhorita, Jovem dama.- Ele levanta o chapéu e sai em direção ao bar. Ótimo  minhas 50 libras serão gastas em bebida, que lindo.

Saio rapidamente daquele local e logo trato de procurar o endereço descrito no papel. Tenho que andar um bom pedaço até achar a pensão da qual endereço estava falando. Como o restaurante anterior, o lugar não era dos melhores, mas eu estava ficando sem tempo. Demorei muito até chegar ao centro e convencer alguém a me dizer onde conseguir uma reunião com aquele cara sinistro. Tanto que ja esta até escurecendo um pouco, mas não posso parar. A cada segundo que Mary está com aquele traste, algo imprevisível pode acontecer.

Entro na pensão e começo a caçar com os olhos alguma Senhorinha que tenha a aparência de uma governanta. Até até que finalmente consigo visualizar uma senhora perto do balcão, começo andar em sua direção desviando das mesas postas em todo o salão. Como estou andando rápido demais começo a ir mais devagar para não alarma-la.