Maia Sean
Horas se passam e em plena madrugada os policiais ligam para o sequestrador. Todos estavam cansados de ficarem acordados na madrugada fria, ligaram 3 vezes para o sequestrador porém nada e por isso acharam que ele havia dormido e começaram a avançar sobre a noite escura. Os policiais deram passos lentos sobre as folhas secas e restos de gravetos e com todos os policiais posicionados para entrar eu digo abraçada a minha mãe:
— Não é arriscado? - disse com tom extremamente sonolento
— Essa é a nossa melhor chance, querida - disse minha mãe me dando um beijo na testa
Os policiais quebraram os vidros pintados de preto e atiraram na maçaneta da porta, invadindo a casa de forma estratégica porém não houve gritos, não houve policiais atirando eles apenas voltaram de mãos vazias e surpresos. Corri na direção de um dos policiais
— CADÊ O PAYTON? - disse berrando
— Ele... ele não esta lá - Minha mãe chega perto do mesmo policial
— Me perdoe mas você disse que Payton n esta lá?
— Foi exatamente o que eu disse, a casa esta vazia. Não há móveis, não há cômodos, não há nada. São um quadrado com telhado sem nada de teoria
— Mas se ele e o sequestrador não esta lá... Onde eles estão - o questionei
— Eu também queria saber
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Payton Sean
Acordamos no outro dia com um raio de sol vindo de fora da casa. Ringler já havia acordado, colocando a calça de volta me apressando pois seus capangas estavam chegando
— Payt, vista-se logo!
Peguei as roupas velhas jogadas no chão e me vesti rapidamente voltando para o pequeno quarto molhado devido meu último banho
— Vai ser sempre assim? - perguntei expressando que queria mais de noites como aquela
— Talvez Sr.Payt
— Achei que beijo bom tem que ser repetido
Ele deu um sorriso de canto de boca e me deu um leve tapa no rosto dentro do quarto molhado
— Não me provoque, puta - disse ele perto de meu ouvido.
Ele mordeu minha orelha e se afastou fechando a porta bruscamente enquanto permanecia me olhando e quando a porta foi fechada algo de mim emergiu. Eu não sabia o que era e nem porque estava guardado mas algo me deixou mais consciente de minhas ações e em plena confusão mental escuto um miado. Era o gato, ele estava do lado de fora do quarto, seu miado chamou atenção de um dos capangas que o espantou para longe.
Ele abre a porta mostrando seu olhar tomado pelo sono
— Hora do banheiro. Ande logo!
Ele me puxou pelo braço até um banheiro onde a privada estava quebrada e cheirava totalmente mal, no caminho do banheiro notei o gato escondido dentro do armário da cozinha e logo pensei na minha fuga. Entrei naquele banheiro e fiz minhas necessidades escutando as piadas péssimas de WebWall mas foi interrompido por Doctor Criminal gritando
— RINGLER! - Web e Ring foram correndo para a tela do computador de Fox
— O que foi? - disse Web
— RINGLER DEIXOU OS POLICIAIS ENTRAREM NA CASA A NOITE! - todos na sala se espantaram virando seus olhares para Ringler.
— Os policiais te ligaram ontem, vc não atendeu e eles entraram na casa achando que você estivesse dormindo. AGORA COMO NÓS VAMOS SEGUIR COM O PLANO SEM ESTAR PASSOS A FRENTE? PORQUE VOCÊ NÃO ATENDEU O TELEFONE? - disse Doctor olhando as câmeras escondidas da casa
Eu sai do banheiro de modo furtivo tentei abrir a porta da frente porém já estava trancada então fui na cozinha e me escondi no armário que eu vi o gato, e lá estava ele ronronando em meu joelho enquanto eu escutava os outros se matarem
— Você de tem ideia do que fez? - disse Fox
Ringler apenas gaguejava tentando dizer que estava cansado mas na verdade ele estava exausto. Transamos e acabamos dormindo a noite toda e por isso não escutamos o telefone
— Eu... eu argh - Fox bateu forte na mesa
— PORRA!
Escutei o Web andando pela casa enquanto Ringler tentava discutir com Fox
— Vamos garoto... Hoje vai ser um dia dif.. - ele parou e reparou que eu não estava mais no banheiro - Garoto?
Ele correu para a sala avisando que eu havia sumido para Fox e Ring
— O. O GAROTO SUMIU - Disse Web um pouco sem fôlego
Na mesma hora os dois pararam de discutir e começaram a me procurar pela casa
— Ainda da tempo de aparecer e não apanhar Sr.Payt - disse Ringler
Web e Fox permaneceram a me procurar na casa e Ring abriu a porta da frente me dando a oportunidade de fugir.
Corri para a porta frente e antes que o Fox me alcansace fechei a porta da cozinha para o cômodo de fora em sua cara e corri em direção a porta mas quando me virei para correr Ringler me surpreende me dopando com droga de novo
— Negócios a parte Sr. Payt - disse ele bem baixinho enquanto eu adormecia em seus braços.
Acordo sem noção do tempo, deitado no chão no mesmo quarto e junto a mim estava o gato que sem querer acabei condenando comigo na minha tentativa de fugir. Me sentei e coloquei o gato em meu colo, ele tremia de frio pois o chão era úmido tornando-o frio, tirei minha camisa o cobri com a mesma e inesperadamente ele me agradeceu com um leve "Meow" enquanto ronronava em meu colo, dei um leve sorriso de canto de rosto e pensei em um nome para o bichado de pelo laranja
— Se eu te condenei ao menos merece um nome... um nome... - meus olhos serraram continuei a pensar - Talvez eu te de seu nome conforme suas características, mas Laranjinha não rola, você não tem bigode então... Qual seria o seu nome?
Comecei a acariciar seu pelo macio, da cabeça até a ponta de seu rabo
— Você parece o gato do meu vizinho Koda - ele virou seu rosto para mim e miou - Koda? Hm não me parece tão ruim.
Repeti seu nome fazendo-o miar baixinho. Permaneci acariciando-o quando a porta abrir tão de depressa que eu e Koda nos assustamos e demos uma leve pulada do chão, ele se arrepiou e miou bem alto já eu, arregalei bem o olho e pus a mão em meu peito
— O que foi dessa vez Web? - disse com tom de raiva, pois nem ficar acariciando um gato agora eu podia.
— Ringler vai telefonar a polícia de novo.
Me levantei e obedecendo ao protocolo deles fui algemado a cadeira da cozinha com um computador na minha frente com as coisas que eu devia falar. Caso contrário: DOR!
Koda foi levada no colo pelo Web. Eles digitaram o número da polícia e todo o teatrinho havia começado
— Boa tarde Sr.Sean, como vai o senhor?
— Se meu filho vai bem, eu vou bem
— Então o senhor deve estar brilhando
— Assim espero, porque me ligou Ringler?
— Ora, não se faça de besta você sabe o que aconteceu. Eu posso ver tudo meu Senhor e hoje eu vi que invadiram a casa e seria uma pena se... - Ring foi interrompido ao receber outra ligação, ele afastou o celular e leu seu nome "Sunday" em plena chamada - Parece que uma pessoa esta a procura do Sr.Payt, Sunday derretido é um bom nome de contato. Não acha?
— Sunday o que? - deu pra notar que ele se afastou do celular e perguntou a família se alguém sabia sobre quem seria - Não sabemos quem é
— Mentir é feio
Meu maior medo havia sido falado por telefone pelo meu próprio sequestrador. Maia iria com certeza descobrir quem era, se ela lembrar daquele dia no shopping com o namorado dela. Se eu não morrer nesse sequestro, com certeza ela me mataria depois de tudo
— Maia onde vai querida!? - disse meu pai berrando enquanto falava no celular
Essa foi a confirmação de que eu sabia que Maia descobriu que seu namorado não estava lá por ela na noite do sequestro.
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Amor a sanidade
Teen FictionRelacionamentos clichês e romances água com açúcar estão por toda parte, mas e se você se relacionasse com seu próprio sequestrador? Pois é isso que esse livro conta. Essa história conta a experiência de um estudante de psicologia que passa por si...