A Golden Night

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O desejo incontrolável por sexo de Kim JongIn o deixava meio aéreo às vezes. Quando estava no trabalho, seus pensamentos sempre voavam para dentro daquela sala gigante no fim do corredor, sala esta que guardava a maior beldade de todos os tempos: Do Kyungsoo.
O rapaz de tamanho mediano, que ainda assim parecia baixo perante si, cabelos organizados precisamente e terno feito sob medida, era realmente uma tentação. JongIn não era burro, seu chefe era um pedaço de mal caminho, contudo, era impossível para si conseguir ter algo com ele que não fosse voltado às fofocas do mês das celebridades.
Oh sim, Do Kyungsoo era revisor de matéria e editor chefe do setor do Kim. Ele, basicamente, juntava todas as pesquisas de todos os funcionários que trabalhavam naquele andar e as organizava minimamente numa revista de quinze folhas - trinta, se contadas frente e verso, trinta e duas se contadas com as capas dianteira e traseira, mais duas folhas extras de pôsteres: trinta e quatro. -, para então, enviar para o diretor do mesmo, que por sua vez, revisaria e aprovaria ou não a mesma.
JongIn trabalhava com mais dez - tendo Kyungsoo como chefe -, garotos naquele andar, e cada um tinha uma função diferente, mas que se trabalhadas juntas, incrementava uma a outra, uma vez que um precisava do outro para que a edição mensal saísse mais que perfeita. E bem, JongIn, infelizmente, estava fazendo as pesquisas atrasarem, já que sua máquina, o computador seminovo que estava com absolutamente toda sua matéria mais importante, aquela que, dependendo das críticas o faria subir para o andar superior: redação do jornal; resolveu dar pau.
Ah como o moreno estava com raiva. E desesperado!
Seus olhos começavam a juntar lágrimas grossas, que mais tarde correriam livres pela face moreninha de maxilar e expressões marcadas, o desespero era grande. Por que caralhos tinha ignorado a droga da capacitação digital que tinha sido dada na faculdade ha dois dias atrás?
Sim, o Kim ainda era um estudante, tinha sua graduação em letras e cursava sua pós-graduação em jornalismo na universidade de Yeon-chan no auge de seus vinte e quatro anos. Trabalhava ali a dois anos e nunca, nunca sequer tinha sido tão afetado por causa de uma droga de uma máquina que insistia em não querer sair da tela azul.
JongIn já tinha pressionado ctrl+alt+z, já havia forçado a reiniciação, já até tinha mexido na droga do cabo HDMI. Mas, infelizmente, nada aconteceu. O suor escorria de sua testa pelas bochechas tendo o caminho bifurcado e opção de cair pelo pescoço e se perder no tecido social de sua camisa ou se perder nos lábios fartos que eram fortemente pressionados.
Por que os outros rapazes não ajudam JongIn? Vocês devem estar se perguntando, e conto-lhes lotada de dó do pequeno - em absolutamente nada -, que cada um estava absurdamente centrado no que fazia e o mínimo de interrupção que fosse, distrair-lhes-ia. Bem, todos menos um ser que iria chegar dali dez minutos. Tempo suficiente para que o ser "inalcançável", que raramente saía daquela sala, se pusesse no campo de visão de JongIn. Acho que não existe expressão que mais definisse JongIn ao vê-lo do quê: o cu trancou. Ou até mesmo: JongIn estava de uma forma em que seu cu nem vento passava. Tamanho era seu desespero.
Desta vez, o "pequeno" Do usava um terno risca de giz em cor azul escuro - quase preto -, acompanhado de uma camisa social lisa preta e uma gravata que certamente era conjunto da roupa externa. As costuras sob medida deixavam o corpo curvilíneo do rapaz ainda mais vistoso do que normalmente já era. Em sua mão esquerda descansava uma caneca com o emblema da lanchonete que ficava em frente à empresa, na direita, o iPhone ao qual havia acabado de guardar no bolso traseiro da calça... ah sim a calça! Que maravilha de calça. Na concepção de JongIn, o Do deveria ser multado por uso excessivo de roupas que o fizesse ser alvo de algumas - lê-se muitas -, homenagens ao mesmo durante o banho do Kim, e até mesmo durante a pausa do café, onde o Kim, sem o mínimo pudor, se tocava com o pensamento não tão longe, uma vez que quando fizera isso quase morreu do coração, já que o Do estava parado no mictório, terminando de urinar... e bem, JongIn não gemia baixo. Neste dia tinha inventado uma dor de barriga de nervosismo. Mas bem, voltando ao presente momento: JongIn estava muito, mas muito fodido mesmo, isto era o que a mente nervosa do rapaz pensava.
Do caminhava em passos firmes, precisos e curtos em sua direção, um pé na frente do outro, pleno. O Kim sentiu o suor parar em sua bochecha de tanto nervosismo sentido quando a voz grave, mas melodiosa, falou:
- Já enviou os arquivos que eu pedi? - Se antes estava com o cu trancado, agora JongIn tinha o sentido colar de vez. Negou com um chacoalhar de cabeça, e foi aí que viu que estava perdido de verdade. - Já é a segunda vez essa semana que você atrasa o que eu te peço, Kim. se você não é capaz, simplesmente saia.
Jongin ouviu tudo atentamente e com o corpo tremendo já que a voz calma do Do só piorava a situação.
- E-Eu entregarei até o fim do dia, Senhor Do. - Disse. O Do apenas assentiu e saiu dali, deixando JongIn com seus pensamentos pecaminosos com o corpo miúdo. E claro, morrendo de medo de ser demitido.
Oh sim, a alguns dias atrás sua complicação foi na elaboração de um simples projeto, que nem sequer foi enviado já que atrasou muito.
O Kim estava com a reputação em risco desde então.
Enquanto esperava milagrosamente a máquina voltar a responder, a porta do elevador abriu, revelando Oh Sehun, também conhecido como salva-cu-alheio quando se tratava de máquinas dando pane. A primeira coisa que JongIn fez, foi chamar o mais novo - e maior -, para que visse o que tinha acontecido ali.
E no fim, ficou extremamente puto porque o problema estava justamente no cabo que tinha sido colocado na entrada errada.
Com muita vergonha, e depois de agradecer o Oh, o Kim abriu o programa ao qual passou a editar a matéria, para dali trinta minutos enviá-la a Kyungsoo.

Golden Boy | Kai+Soo | one ShotOnde histórias criam vida. Descubra agora