beginning of yesterday

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n/s/i = nome da sua irmã

p.o.v's S/n

estava sentada em um dos bancos da recepção de minha escola, esperava por minha irmã que iria me buscar. respirava fundo procurando paz em meu coração. de olhos fechados, enquanto meditava as palavras de uma canção.

"Eu sou quem eu deveria amar nesse mundo
Esse meu eu brilhante, minha alma preciosa
Eu finalmente percebi isso, então eu me amo
Apesar de não ser perfeito, sou tão belo
Eu sou quem eu deveria amar"

- oi? terra chamando s/n. - ouvi uma voz familiar dizer meu nome e em seguida o som de um estalar de dedos. abri os olhos e pude ver a tal pessoa em minha frente. era Johnny.
um sorriso que ia de orelha a orelha apareceu em meu rosto e então me levantei e abracei o garoto, passando meus braços em volta de seu pescoço. - sei que está com saudades, eu também estou, mas não precisa me apertar tanto. - disse em um tom humorístico e retribuindo meu abraço.

- oh, me desculpe. - ri baixo e soltei o garoto, fiquei olhando em seus olhos sem dizer nada por algum tempo. estava muito contente em vê-lo ali, Jsuh estava de volta. - parece que estou sonhando, faz tanto tempo e... você mudou tanto.

- mudei? isso é bom ou ruim? - ele me perguntou com uma expressão um tanto engraçada e indefinível.

- você cresceu bastante, ficou mais belo e agora se parece com um adulto. - comecei a acariciar a bochecha do garoto. - então, acho que isso é bom. - ri um pouco.

- se estou mais belo, é ótimo, não acha? - brincou me fazendo rir ainda mais. percebi que o olhar dele estava direcionado aos meus lábios enquanto eu ria e por vergonha, coloquei uma das mãos na frente do rosto. - hey, não tampe seu sorriso, eu gosto dele. - protestou segurando em meu punho e logo tirando minha mão dali.

sou brasileira e vim junto com minha irmã para a Coreia, ela participa de um "progama" de intercâmbio que a igreja dela oferece e por ser uma boa oportunidade para aperfeiçoar o idioma (pois já tinha feito um curso básico online) e de conhecer pessoas e lugares novos, decidi vir com com ela.

conheci Johnny quando ele ainda estava na escola, o garoto é dois anos mais velho que eu, então, quando eu entrei para o ensino médio ele já estava em seu último ano. assim que concluiu a graduação, o mais velho decidiu voltar para sua cidade natal (Chicago, EUA) e ficar por algum tempo. esse período foi de 1 ano e 7 meses, se não me engano. agora que ele voltou, estou em meu último ano escolar.

Johnny voltou em busca de emprego, ele quer trabalhar na indústria do entretenimento e tenho certeza que irá conseguir. ele é super talentoso e sempre correu atrás de todos os seus sonhos e desejos, tudo o que ele quer, ele consegue.

- está esperando alguem? - o garoto perguntou curioso e se sentando no banco, fiz o mesmo me sentando ao seu lado.

- sim, estou esperando minha irmã, ela disse que iria passar aqui para irmos juntas até em casa. - falei sorridente e coloquei uma mecha do cabelo atrás da orelha.

- ah, o que acha de nós dois irmos juntos? sua irmã vai se importar?

- é uma boa ideia, mas eu tenho que avisar ela antes e de sairmos daqui, não quero deixá-la preocupada.

***

- me conte como foi a sua viagem, como foi rever sua família e sobre as coisas que fez, estou curiosa. - falei enquanto andava ao lado dele, minha casa não era tão longe da escola então era viável ir andando. eu estava olhando para o chão e segurando as alças da mochila.

- eu fiquei muito contente em ver meu parentes, foi muito especial encontrar eles. eu fiz algumas coisas sim mas acho que isso não é tão importante, apenas sai para me divertir com alguns amigos e com meus familiares - respondeu simplista - acho que você ia gostar deles e de muitos lugares que tem lá na cidade.

- se seus parentes forem chatos como você, eu quero distância. - brinquei e ri logo em seguida, voltando meu olhar para ele. eu já conhecia seus pais do tempo em que ele ainda estudava em minha escola, são pessoas legais e educadas, são simples mesmo tendo boas condições financeiras e são bem humorados. os pais de Johnny moram aqui na Coreia, se mudaram para cá quando o garoto ainda era uma criança. - já estamos chegando. - falei baixinho, quase em um sussurro.

- mais chata que você eles não são, pode ter certeza - riu também - sabe, eu quase não me lembro das ruas de Seul, nem me lembro onde posso comer uma boa pizza por aqui.

- pode ser o tempo que você ficou fora, talvez você não esteja percebendo, mas você está trocando algumas palavras simples do coreano para o inglês - assim que terminei de falar, meus pés pararam de andar. haviamos chegado em minha casa.

- realmente, eu não percebi. - ele parecia um tanto confuso, como se estivesse tentando prestar atenção em sua fala ou tentar lembrar de quantas vezes trocou as palavras.

- não se preocupe com isso, não é tão grave. - falei sorridente - você quer entrar?

- não, eu não quero atrapalhar, você deve estar cansada da escola e talvez sua irmã queira descansar também, além do mais eu tenho que ir mesmo pois eu estou fazendo minha mudança.

- mudança? você vai sair da casa de seus pais? - perguntei surpresa com o que acabei de ouvir, Jsuh é um garoto jovem e sair da casa dos pais tão cedo é algo um tanto incomum entre os garotos de sua idade.

- sim, eu estou tentando ser independente, mas eles disseram que vão me dar apoio e me ajudar quando eu precisar, sem contar que vou morar ao lado da casa deles. - falou rindo e depois ficou em silêncio por um tempo, trocamos olhares enquanto isso e depois eu me aproximei para me despedir.

- foi muito bom ver você de novo, por favor, vamos manter contato. - abracei ele deixando minha cabeça na altura do peitoral do garoto. ele retribuiu enquanto brincava com meus fios.

- eu não vou me afastar, temos muito o que conversar e você vai ter bastante tempo para me atormentar. - disse rindo e me soltou. ele deixou um beijo em minha testa e depois de trocarmos alguns sorrisos ele foi embora.

suspirei ao ver ele se afastar e entrei para dentro de casa logo em seguida. encontrei n/s/i sentada no sofa comendo sorteve enquanto assistia uma novela qualquer que passava na televisão.

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