Entrando para o Time - Capitulo III

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  • Dedicado a Wesley Wayland Tmi
                                    

O pai de Gabriel já tinha chegado a sua casa quando ele desceu para jantar, o sorriso no rosto dele demonstrou que tudo que a mãe dele tinha dito era verdade, o pai dele esboçou um sorriso contagiante, foi diretamente até Gabriel e deu um apertado abraço nele, sem falar nada Gabriel o retribuiu, pois ele já sabia o motivo do abraço. Gabriel o tinha ajudado indiretamente nessa vitória, ajudou com valores para estarem novamente onde estão. Foram todos para a mesa de jantar.

— Precisamos tentar resolver um serio problema – falou a mãe de Gabriel para Roberto.

— Sobre o que? – perguntou o pai de Gabriel.

— Conta para ele Gabriel. – falou ela.

Gabriel sabia do que a mãe estava falando, mas não esperava que ela enfrentasse isso como um problema. Era apenas um pesadelo repetitivo. Poderiam resolver isso facilmente com algum tipo de tratamento simples. Tratamento que ele nem imaginava que pudesse existir ou não.

— Ando tendo alguns pesadelos. Na verdade pai... – corrigiu ele – é o mesmo pesadelo há alguns anos.  – falou Gabriel.

— Desde quando você vem tendo esses pesadelos? – perguntou ele.

— Para ser exato. – falou Gabriel – Desde que completei 13 anos.

O pai de Gabriel deixou o garfo cair dentro do prato. Gabriel encarou aquilo como um sério problema, se não o pai não teria reagido daquela forma. Assustado com o que tinha acabado de ouvir.

— É sempre o mesmo sonho. – continuou Gabriel – Eu estou em um lugar, sozinho e, de repente, algo começa a me perseguir. Acontece que no momento em que a coisa está a um segundo de me pegar, eu acordo.

— Que tipo de coisa? – perguntou o pai dele.

— Não sei, nunca consigo ver. Acordo sempre antes de ele me pegar.

A mãe de Gabriel colocou as duas mãos sobre a mesa e olhou para o marido.

— Eu falei Roberto, que era um problema.

— Paula, você sabe que eu não tenho culpa.

— Sabemos que nada é culpa sua. Mas já esperávamos por isso. – falou ela calmamente e segura do que dizia.

Gabriel ficava confuso a cada momento. Cada palavra, cada não explicação que eles davam para ele e trocavam palavras e pensamentos que só eles sabiam.

— Vocês pelo jeito sabem algo, ou o motivo que eu esteja passando por isso. – falou Gabriel – Dá pra ver nos olhos de vocês.

— Não se preocupe meu filho. Isso logo vai acabar, confie no papai. – falou o pai dele.

— Tudo bem então. – afirmou Gabriel da confiança que tinha no pai.

Gabriel tinha terminado o jantar. Levantou-se e levou seu prato e talheres até a pia deixou lá dentro e foi andando até a sala. Mas antes de atravessar a sala de jantar ele olhou para a mãe e o pai, os dois lançaram um sorriso preocupado para ele. Após isso Gabriel teve certeza de que tinha algo de errado acontecendo com ele e que os pais não queriam contar. Gabriel não insistiria em saber do que se tratava, pois nunca gostava de falar com os pais sobre coisas que eles mostravam que não queriam ou não podiam falar.

Tentarei descobrir por mim mesmo.

Depois de algumas horas, as 23h00, Gabriel subiu para seu quarto, estava já com sono, queria jogar-se na cama e dormir sem pesadelos esta noite. Sem pesadelos esta noite. Hoje ele queria dormir sem ter pesadelos. Para ele era uma tarefa difícil. Ele queria poder escolher quando tiver ou não pesadelos, e se fosse para ter, que fossem ate o fim, já estava cansado de ter o mesmo pesadelo toda noite. Após subir as escadas entrou no quarto, tirou a roupa que estava usando, e colocou a roupa de dormir, deitou na cama, puxou o cobertor, e cobriu todo o seu corpo.

OS CONJURADORES - A MALDIÇÃO - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora