Capítulo Sessenta

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Nós batemos forte, deslizando e saltando sobre o terreno irregular que emitia gases desagradáveis de rachaduras molhadas. E um fedor horrível e familiar. Eu me soltei, rolando para longe, lutando contra o vômitos e histeria vertiginosa enquanto eu me forçava a me levantar.

A vasta extensão de medo se espalhou antes de mim. Céu vermelho sangue. Nuvens negras. E a melhor parte do Mundo em Espera?

Cadáveres aos meus pés.

Cobrindo-os.

Eu não podia ver os meus pés. Meus pés apertando os corpos. Eu queria mover meu pé, mas não faria nenhuma diferença. Eu suprimi um gemido porque meu pé...

Isso nunca ficava fácil.

E eu estava vestindo um outro vestido estúpido. Uma coisa leve que ficava nos meus joelhos. Pelo menos ele não se arrastava pelo muco.

— O que você fez? — Echo guinchou, mas não machucado. Nenhum fluido de cérebro derramado. Eu verifiquei. Ele alegou não ter poderes aqui e não fez nenhuma onda brilhante. Ele parecia humano... não tanto. Pele decomposta caia pendurada em bolhas. Pus escorria como suor, os olhos negros sem esperança. Metade de seu braço estava faltando.

Engasguei com o cheiro podre. Repleto de morte. A brisa do deserto secou o suor na minha pele. Estremeci por muitas razões.

O eco se tornando nítido. Empurrando em círculos, escaneando o chão. Vendo o pôr do sol, pânico e horror subiu em seus olhos insondáveis, e comecei a me sentir melhor. Enquanto eu não pensasse sobre os meus pés. Eu podia sentir uma sapatilha de balé, o que significava que não havia carne entre os meus dedos, mas o material era fino. Se molhando com...

Oh, céus. Engoli a bile.

Criaturas uivaram ao longe. Eles estavam se alimentados com algo, mas agora nós tínhamos toda a sua atenção. Através dos pântanos podres, eu me virei para longe de Echo, andando com o squish squish sob meus pés.

— Não! Você me trouxe aqui?! — Echo gritou, dando um passo em minha direção. Cada movimento derrubou mais da sua pele, a gosma caindo no chão como vermes famintos procurando por sustância da morte. Sua carne deslizando. Seus ossos e órgãos revelados. Eu olhei para a sombra de seu coração batendo.

O meu próprio martelou. Eu recuei.

Squish. Squish.

— Leve-me de volta!

— Eu não posso. — Minha voz era áspera como uma lixa.

— Nex. — De repente, o tendão e o osso que passavam por seus dedos estavam em volta do meu pescoço, apertando. Sua boca se curvou em uma careta horrível. Um pedaço de seu lábio pendurado pelo seu queixo, deixando um rastro de fluido. — Se você me deixar aqui, eu vou encontrar uma maneira de sair.

Eu agarrei seu pulso. Pedaços dele caíram na minha mão, como pedaços de costela cozida lentamente no churrasco. Meus olhos brilharam, um caleidoscópio, uma morte porque se eu caísse inconsciente agora, eu nunca mais acordaria, ou acordaria em algum lugar que me faria querer nunca ter acordado.

— Eu vou te caçar. — A voz de Echo soou muito como minha consciência desvanecida. — E sua morte será lenta e torturante.

Os uivos ao longe aumentaram, quebrando a concentração de Echo e me tirando do meu espiral de esquecimento.

— Escutar você é tortura o suficiente. — Eu falei

Levantei minhas mãos, as juntei, e levei meus cotovelos para baixo em seu antebraço. O aperto de Echo se quebrou.

#1 - Demons At Deadnight (Divinicus Nex Chronicles) Onde histórias criam vida. Descubra agora