★ CAPÍTULO 1 - Lapso ★

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"As vezes a gente só precisa de um abrigo. Não daquele tipo que nos protege do sol, frio ou chuva. Mas um abrigo que seja feito de paz, que nos faça sentir seguros."

Jey Leonardo

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Passava das três da madrugada, o som da tempestade caindo severamente lá fora misturava-se com os gemidos extasiados daquela mulher desgrenhada deitada sobre o puff de cabeceira segurando firmemente os cabelos do rapaz debruçado entre suas pernas, sua língua perpetuando habilmente por toda a vulva exposta naquela micro calcinha sexy de tom vermelho cereja. Ah, se paredes falassem. Já testemunharam tantas vezes cenas semelhantes a esta, um sexo tão ardente e vital. Mesmo depois de quase cinco anos juntos.
A luz tênue do abajur ao lado esquerdo da cama evidencia o contorcer de Alexia chegando ao seu ápice na boca do namorado, que percorre as mãos por seu corpo e lhe acaricia os mamilos enrijecidos. Sentiu o pênis vigoroso dele contra sua pele, quando ele deitou-se sobre ela, beijando gentilmente seus lábios entreabertos naquela respiração ofegante, instantaneamente levou as mãos ao quadril por cima dela e começou a manear-se contra ele, arrancando-lhe um gemido voluptuoso, de repente Alexia cessa seus movimentos e o afasta com delicadeza deixando ele em pé e ficando sentada no puff, seu rosto está diante daquele espetáculo rijo, então começa a estimulá-lo lentamente com uma mão percorrendo por toda a sua extensão aumentando gradativamente seus movimentos, enquanto a outra mão afaga seus pequenos e macios seios alternando entre um e o outro. Sua língua passeia travessa pela glande e o envolve em sua boca, indo e vindo, o perene pensamento de explorar lugares secretos paira em sua cabeça, mas nunca tivera feito isso, tinha dúvidas se saberia como fazer de maneira que o proporcionasse prazer e também não sabia se ele aprovaria tal carícia. Ela olha para cima e encontra o mais sensual dos semblantes, ele sem dúvida alguma está adorando suas investidas, seus olhos estão fechados e o rosto erguido para cima, os lábios um sobre o outro denunciam o quanto está se controlando para não gozar nesse exato momento. Ver Guilherme desse jeito a encoraja a fazer a tal pergunta, mesmo que tivesse a possibilidade de por tudo a perder.
— Te incomodaria se os meus dedos te penetrassem? – ela diz e imediatamente fica constrangida consigo mesma ao ouvir suas próprias palavras e apenas voltou a estimulá-lo.
Ele fitou hesitante em seus olhos por uns segundos, obviamente que está surpreso, em nenhum momento de sua vida alguém o tivera feito tal proposta. Respirou fundo controlando-se para não gozar com os movimentos de ir e vir da boca da namorada em seu monte inervado, não queria atingir seu clímax naquele momento, ainda desejava penetrá-la intenso. Sentiu Alexia estimular seus testículos com a mão, seu corpo inteiro vibrou em resposta, como gostava de tal carícia, mais um vai e vem com a boca dela em seu pênis e logo foi a vez de seu par de bolas, alternando entre uma e outra, sugando firmemente, ele grunhiu segurando os cabelos dela, ergueu-se nas pontas dos pés quando sua namorada começa a passear com o dedo em torno de seu períneo lentamente, buscando sua zona erógena secretamente escondida no mais íntimo de seu corpo, seu rosto eleva-se para cima novamente, seus cílios pressionam-se intensamente um contra o outro, Guilherme começa a mover seu quadril lentamente aumentando a velocidade conforme sente o estímulo do dedo Alexia bem no seu ponto g. Ele para seus movimentos não porque não estava gostando, pelo contrário iria gozar em segundos se continuasse.
 — Isso é muito bom Aléxia, mas se continuar eu vou gozar agora e ainda quero foder minha bocetinha – sua voz ecoa rouca. Aquelas palavras despertaram nela um prazer imenso, suas pernas chegaram a tremer e seu coração acelerar.
Ele segura em suas mãos convidando a se levantar do estofado macio, o cheiro dela é tão doce que ficaria com seu rosto pela eternidade ali no pescoço dela, os lábios se encontram como se não se vissem há meses, é lento, ardente... apaixonado. Guilherme a pega em seus braços com uma perna de cada lado de seu dorso, seria agora que ele iria realizar sua vontade de penetrá-la gostoso. Seu quadril se move lentamente ao mesmo tempo em que a mulher ali vai para cima e para baixo, é uma perfeita sincronia. Aos poucos os movimentos vão se tornando cada vez mais rápidos e intensos.
Suas mãos servindo de apoio para aquelas coxas grossas e torneadas, resultado de horas na academia, movendo agressivamente a pele de suas coxas contra as nádegas de Aléxia que envolvia o pescoço do namorado com as mãos, os gemidos dela juntamente com o som de suas peles uma na outra era combustível que o mantinha fervoroso. Ele a põe na cama a deixando de quatro apoios e continua seus movimentos árduos por minutos mais.
Chegou a vez de Aléxia manuseá-lo para a cama o deixando deitado e sentando-se em cima dele, apoiando as mãos nas coxas dele, um pouco a cima do joelho, ora cavalgando, ora rebolando naquele pau tão deleitoso. Desse jeito Guilherme não pudera mais delongar o ápice do seu prazer, despejando todo o seu gozo dentro dela.
— Onde aprendeu a fazer isso? – Guilherme olha para Aléxia que está enxugando seus longos fios cacheados castanho escuro recém lavados em frente ao espelho do lado de fora do box do imenso banheiro, chega a ser metade do quarto dele.
Ela o olha confusa, não sabia do que estava falando, já que apenas falaram sobre o que iriam comer quando terminassem o banho.
— O que? Enxugar o cabelo? Acho que desde que me entendo por gente. – ela o responde já que a única coisa que está a fazer é passar a toalha sobre os fios molhados e não tinha certeza sobre o que era sua pergunta.
— Está bem humorada, é satisfatório ver os frutos do trabalho duro – seu rosto evidencia sua expressão convencida ao lembrar da entrega da namorada momentos atrás. Aléxia apenas balança a cabeça em negação entendendo sobre o que ele estava falando e abre um sorriso tímido baixando a cabeça em direção a uma gaveta do armário do banheiro sacando seu secador elétrico de dentro e o conectando na tomada. — Ale... – ele continua — eu estava falando sobre... – ele joga seu rosto em baixo da água caindo do chuveiro e passa as mãos para tirar todo o sabonete, mal havia realizado seu ato de secar o cabelo e logo desligou rapidamente o secador dando atenção para o namorado, está ansiosa pela embromação dele em terminar sua frase. —...sua  inovação hoje.
Por uma fração de segundos Aléxia procura em sua mente pelo o que seria essa inovação que Gui estava a falar e ela não consegue se lembrar de mais nenhuma novidade além da travessura que tivera feito quando estavam ludibriados pelo prazer há um tempo atrás. Logo ela abre um sorriso maroto e decide jogar um pouco.
— Eu andei estudando. – ela liga novamente o secador e o manuseia ao redor do cabelo.
— Hum, conte-me mais! – ele a olha desconfiado desejando saber qual terá sido sua forma de estudos, segurando seu pênis com uma mão e o esfregando com a outra em baixo do chuveiro.
— Ué, como assim? Como você acha que se estuda sobre esse assunto? – Guilherme nota a diversão nos olhos de Ale e decide entrar no jogo dela.
— Bom... para eu saber o que sei, eu precisei de muita prática... teoria teria sido um pouco... ineficaz. – os olhos da mulher em sua frente arregalam-se ao mesmo tempo em que seu rosto se inclina para ele com um sorriso de lado, ela poderia ficar bem irritada com esse comentário bastante incongruente para ela, saber de seu passado libidinoso lhe causa certo incômodo, não gosta da imaginação dele nos braços de outra...ou outras, mas não seria isso que iria arruinar sua noite que até então estava maravilhosa, pelo contrário iria se divertir com isso também, afinal é bom que ele tenha desfrutado de tanta prática, só assim, ela tem muito o que aproveitar disso. Ver a água escorrendo por todo o corpo dele é uma visão delirante, poderia ir até lá e brincar mais um pouquinho, quem sabe o sabonete poderia cair ou poderia se oferecer para ajudá-lo a esfregar suas costas, mas ela pensa demais e está imóvel apenas o admirar, esqueceu-se até de terminar de secar seu cabelo.
A sensação de ter o olhar de Aléxia em seu corpo enquanto sai do box e pega a toalha deixa Guilherme entusiasmado, ele tira o excesso de água de seu corpo e envolve a toalha em seu quadril. Caminha até ela e lhe abraça pelas costas depositando beijinhos por todo o pescoço dela começando do ombro e indo até a raiz do cabelo úmido inalando o cheiro delicado do xampu dela.
— E o que você acha que sabe? – ouvir aquela frase com certeza lhe caiu como uma afronta, depois de todas aquelas vezes em que ele a tivera gemendo enlouquecida com tanto prazer era assim que ela o correspondia?! Bem, isso está ficando interessante, ela não imagina o que a espera. Eles se olham no espelho, a volúpia escancarada em suas expressões, as mãos dele passeiam pelo o corpo dela e descansam em seus seios por baixo da toalha, os olhos de Aléxia se fecham em resposta absorvendo aquela sensação, ele adora vê-la assim, sentir o coração bater forte cada vez que fica excitada. Ele abre uma gaveta do armário e pega uma máscara tapa olhos para dormir, coloca nela e sussurra baixinho em seu ouvido.
— Eu não acho, eu sei, isso é uma certeza, mas você já deveria saber. – a respiração quente tocando e pele dela é um recurso avassalador nesse momento, ela o deseja sem demora. — confie em mim. – ela acena em consentimento com a cabeça. Mas não sabe o que a espera, se sente pouco apreensiva. Gui a coloca nos braços e a vira de cabeça para baixo deixando suas pernas uma de cada lado de seu rosto em seus ombros. Não teria como Ale não se assustar, ela não esperava por isso, mas foi um susto até que gostoso, quem diria, suas mãos vagueiam pelas pernas de Guilherme procurando algum apoio.
Se existe uma visão melhor do que essa, Guilherme desconhece, seus dedos brincam com a vagina ali exposta bem rente ao seu rosto enquanto seu outro braço mantém ela firme segurando em sua cintura, os lábios beijando, deleitando-se de sua lubricidade.
E mais uma vez eles fazem um amor terno, apaixonado... voraz.

De Corpo e AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora