Os passos pesados da pessoa me deixaram confusa, sentia um frio na barriga conforme o som ficava mais alto, estava pronta para me levantar quando vi a imagem do irmão do Felipe e suspirei aliviada, por alguns segundos pensei que pudesse ser a Paola com sangue nos olhos e arma na mão, mas menos mal ser apenas o Luccas.
- Ah... Quem é você? — ele foi logo me perguntando assim que me viu.
- Camille. — respondi e voltei a comer.
- Prazer Luccas. — ele veio sorridente e estendeu a mão, sorri e apertei a mesma.
- Deixe a em paz. — Felipe resmungou e parecia ter até um certo ciúme, mas só pode ser coisa da minha cabeça.
- É melhor eu ir indo. — me levantei e Felipe segurou minha mão, o olhei esperando que falasse algo.
- Fica, ainda precisamos conversar.
- Pera ai, essa daí não é aquela que você foi visitar? — Luccas perguntou e gelei.
- Sim é ela. Fica Camille, por favor? Depois eu te levo em casa.
- Eu tenho coisas para fazer Felipe eu nem devia estar aqui. — olhei a hora e se não fosse embora me atrasaria. - Eu realmente preciso ir.
- Eu posso te levar.
- Não precisa. — soltei minha mão e segui para o quarto dele para pegar minhas coisas.
- Eu te levo e pronto. — ouvi a voz dele virei os olhos.
- Eu tenho uma consulta e você não vai poder ir. — suspirei. Isso é chato, mas não fico chateada por ele não poder ir, eu já tinha me preparado para isso, mas sei que ele vai ficar pot não ir.
- Eu vou, é meu filho também. – falou autoritario e ergui a sobrancelha.
- Não quero gente em cima de mim Felipe, eu só quero ir na consulta e que tudo seja tranquilo.
- Então vai em outro lugar.
- Você fala como se fosse fácil assim Felipe. Não vou deixar de ir a consulta. — juntei minhas coisas e coloquei a bolsa no ombro.
- Eu vou e pronto.
- Você quer me causar problemas. — o observei e o mesmo se trocou rapidamente e pegou suas chaves.
- Não, eu só quero fazer parte disso tudo.
Suspirei e sai andando sem falar mais nada, desci as escadas de cara fechada mostrando meu desapontamento com tudo aquilo, eu sei que ele tem direito, mas vai só ocasionar tumulto...
[...]
Assim que chegamos a clinica minha mãe e minha irmã me esperava na recepção, as duas nos olharam e ficaram confusas, me aproximei delas e as cumprimentei e depois o apresentei a elas.
- Mãe, Bea esse é o Felipe. Felipe essas são minha mãe e minha irmã. Louise. — apontei para minha mãe. - Beatriz. — apontei para minha irmã.
- Prazer. — ele cumprimentou as duas e fui a recepção sendo seguida por ele.
Falei com a recepcionista avisando que já tinha chego e ela me pediu para aguardar e perguntou quem entraria comigo e expliquei que eram 3 pessoas, minha mãe, minha irmã e o pai do bebê, ela olhou meio torto, mas apenas assentiu. Me sentei com eles e minha mãe não parava de olhar para o Felipe. Com certeza queria falar um monte de coisa, mas se manteve quieta. Comi o chocolate que recomendaram para ajudar pensando se isso realmente daria certo. Após longos quinze minutos me chamaram e entramos, minhas mãos estavam suadas de nervoso era incrivel poder ver como o bebê estaria e nem imagino como o Felipe está.
- Será que dá para ver o sexo? — Felipe perguntou ansioso e curioso.
- Talvez dê sim, mas depende do bebê. — a doutora o respondeu e ele suspirou.
A doutora me fez umas perguntas e começou a me examinar, pesagem, mediu minha barriga e me mandou deitar, nem acredito que minha barriga cresceu tanto desde a ultima consulta. Olhei o monitor e depois para os três ambos vidrados observando tudo e minha irmã claro filmando o momento.
Senti o gel frio tocar minha barriga e voltei meu olhar a tela, a imagem era algo muito estranho mais dava para ver seu contorno, meu coração se encheu de amor e felicidade. Como um ser tão pequeno pode ser tão perfeito?
Senti lágrimas caindo sobre meu rosto e não as contive, toda aquela emoção transbordava de mim e de repente ouvi seu coração, pensei que não tinha como eu me emocionar, mas eu estava errada. Não saberei descrever o misto de sensações que estou sentindo, mas com certeza tem muito amor envolvido.
- Ainda querem saber o sexo do bebê? – assenti para a doutora e ela tentava de alguma forma ver.
- Tô nervoso demais, acho que vou infartar aqui. Eu sou velho. – Felipe disse com as mãos no cabelo.
- Você não é velho e nem ouse infartar agora.
- Relaxa não vou infartar. – ele finalizou e sorriu.
- Bom aqui podemos ver o sexo. – a Dra apontou e olhei tentando entender. - Parabens papais é uma menininha.
Assim que a frase terminou abri um sorriso enorme, não me importava o sexo do bebê e sim que estivesse saudável e pronto para ser amado por todos nós e agora sei que é uma menininha.
Desviei meu olhar para o Felipe e ele sorria tanto quanto eu, pareciamos dois babões e ela nem nasceu ainda. Minha mãe e minha irmã estavam encantadas, mais uma menininha para a família. Ve-los daquela forma me deixou ainda mais feliz. Terminou a consulta e Felipe fazia questão que fossemos comemora, mas não quis, estava cansada e ele já tinha aparecido demais por um dia.
Nos despedimos ali mesmo e minha vontade era que no fim tivesse um beijo, mas apenas dissemos tchau um para o outros e seguimos caminhos opostos.
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Olá mores tudo bom?
Feliz 2020 bbs
Sei que to sumida, mas realmente nao estive animada para escrever, mas suas mensagens me animaram então finalmente saiu um capítulo. Sorry os erros, espero que tenham gostado. BJ.
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Amor Por Acaso (Felipe Neto)
FanficDuas pessoas muito parecidas em alguns aspectos, porém muito diferentes em algumas decisões, ambos amam o que fazem se divertem levando alegria para os outros. Curtem a vida ao máximo sem se importar com o amanhã. Ela: Solteira. Ele: Namorando...