único┊antítese renascentista.

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[N/A]: então... imagino que não era isso o que vocês bem esperavam, mas... trago uma triste notícia. eu não consegui terminar de escrever o próximo capítulo de SL por ele ser extremamente extenso e cheio de cenas importantes. estou desde cedo escrevendo, desde a hora em que eu levantei e nem mesmo assim consegui. irei passar a madrugada de hoje escrevendo na esperança de terminá-lo até amanhã à tarde, tendo em mente de que talvez eu consiga. espero que entendam.

enfim, essa oneshot está escrita desde 2018 e deve possuir alguns erros, embora eu tenha revisado ela há algum tempo. retrata um assunto muito aclamado e conhecido por vocês: mitologia grega e reencarnação. e alguns outros que vocês perceberão ao longo da narrativa. peço que dediquem muita atenção aos mínimos detalhes, pois aqui o fim é justificado pelos meios. existem muitas metáforas e detalhes pequenos, que eu explicarei melhor no fim.é isto. me desculpem pela falta de compromisso com a outra fanfic hoje. ):

[...]

Sob a luz pálida da lua pendia o céu estrelado por sonhos que alimentavam os devaneios mais dispersos de um coração compassado pela arte, nos interiores do ateliê bochorno e diminuto estabelecido com um pouco menos de cinco anos no sudeste de Seul, diante da vista serena que um único poste de luz proporcionava, incessantes e caprichosos eram os movimentos que os dedos finos, marcados pelo intenso esforço físico, estimulavam sobre a tela mediana — e nova — de pintura.

Não era uma amante da exuberância de ter telas enormes e muito menos gostava da extravagância que elas poderiam proporcioná-la. Para falar a verdade, era uma verdadeira artista com gostos afáveis em proporções. Nada deveras extenso e nada deveras pequeno; no final, gostava deveras de meios termos.

Medianos.

Apreciara artistas renascentistas; vanguardistas, como as pessoas de hoje em dia apreciam as tecnologias do mundo moderno. Entrever como suas pinturas adquiriram com o passar dos tempos as técnicas italianas eram de longe o seu maior feito desde que conhecera o fantástico universo artístico e, em sua modéstia, Rafaello, Caravaggio e Sandro Boticelli eram seus deuses pagãos de outra época.

Por mais que recebesse alguns elogios — pouquíssimos eram estes —, jamais acreditara em uma boca sequer que pudesse insinuar seu potencial como pintora, mas era convicta de que certamente pensava como uma.

Perdia-se entre os próprios desvarios mentais quando se tratava daquilo que denominavam arte, e se dirigia como uma verdadeira jovem do renascentismo em um século diferente, contemplando e acreditando como tal. A explicação mais adequada, aquela mais próxima de sua distopia psicológica, quase a levara a acreditar estar vivenciando algum tipo de reencarnação mal procedida. Quase.

Aos seus olhos miúdos lhe parecia loucura demais e, se realmente acreditasse nisso, pediria para que o prendessem no sanatório mais próximo de seu apto.

Falhando na semântica mais miserável da palavra, tentara fugir o máximo que conseguia de seus pensamentos para se concentrar nos movimentos autodidatas de seus dedos, mas a mente lhe perdurara de um jeito exaustivo e constante, tornando-o cada vez mais vulnerável em seu próprio mundo inteligível.

Equilibrava com sorte uma antiga paleta de cores na mão esquerda enquanto à direita afincadamente tentava dar a vida que lhe importunava de forma notória por dentro ao grande borrão branco diante do corpo, trocando infinitas vezes as posições dos dedos e das mãos durante cada pincelada finalizada, sempre se assegurando de que cada movimento fosse profissionalmente perfeito aos seus olhos. Fazia o estilo antiquado de uma ambidestra perfeccionista moldada por demônios italianos, o que poderia ser ou não considerado ou uma dádiva para qualquer artista plástico que havia alguma apatia com a agilidade e senso crítico.

paint under your skin┊moonsun. mamamoo.Onde histórias criam vida. Descubra agora