CHAPTER ELEVEN: WILD HEARTS CAN'T BE BROKEN

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VANESSA

— E foi isso que aconteceu.

Eu não consigo administrar o que Carol acaba de me contar.

Eu acreditei esse tempo todo que ela era a culpada, que ela queria me ver literalmente morta, quando na verdade ela apenas tropeçou numa confusão que não fora provocada por ela.

— Desculpa — digo, olhando em seus olhos. — Eu não imaginei que tivesse sido assim.

— Jonas pode confirmar tudo pra você — diz Carol. — Ele esteve comigo o tempo todo.

— E onde está o martelo mesmo? — pergunto, pela segunda vez.

— Está comigo. Peguei com Julia, depois de Malu ter deixado com ela.

— Malu? — franzo a sobrancelha, espantada. — O que ela tem a ver com isso?

Carol coloca as mãos no rosto, respirando fundo. Em seguida, ela leva as mãos do rosto ao cabelo, deixando-o ainda mais bagunçado. Isso me faz esquecer do que estamos falando, por um momento.

Estamos sentadas no palco do auditório. Apenas nós duas esperando o pessoal chegar pra mais um encontro. Eu a chamei para uma "conversa esclarecedora".

— É uma longa história — diz ela. — Mas Malu está envolvida nisso, não sei o quanto. Julia me contou que Malu estava fazendo um favor para um amigo. É tudo o que eu sei.

Paro um minuto, encaixando as peças de um quebra-cabeça mental.

Sorrio para Carol, após montar todas as peças e formar a figura completa do jogo.

— Eu sei.

— Sabe? — pergunta ela, me encarando de uma maneira engraçada, mas fofa. — Sabe o quê?

— Acredito que Malu não esteja tão envolvida na história quanto pensamos. Já esse tal amigo...

— Quem?

Olho para ela, observando seus trejeitos e deixando-a descobrir por si mesma. Não demora muito para que Carol monte o quebra-cabeças também.

— Matt! — diz ela, um pouco assustada.

Me aproximo dela.

— Posso te dar um abraço? — pergunto.

Ela faz que sim com a cabeça, mostrando um sorriso torto. Por um momento, sinto uma nostalgia pelos velhos tempos.

— O que você vai fazer? — pergunta ela, ainda me abraçando.

— Isso não importa — respondo. — Estou perto de encontrar o culpado. É o mais importante agora.

Ela me solta e olha o celular.

— Preciso ir. Vou encontrar Jonas na cantina.

— Espera — seguro seu braço. — Fica mais um pouco. Sinto falta de momentos como esse. Desde que cheguei, não tenho outro assunto em pauta, além de resolver essa bagunça. E, além do mais, Jonas vai estar aqui a qualquer momento. Todos vão estar aqui a qualquer momento.

— Eu sei, mas a gente combinou de se—

Carol começa a falar, mas eu a interrompo com um beijo.

Eu jamais imaginaria que isso pudesse acontecer. Ou que meus sentimentos por ela voltassem tão fortes, se é que um dia se foram. Eu a amo. E estou feliz por ter certeza de que ela não fez nada de errado.

Depois de um curto momento, Carol me empurra e se levanta.

— O que foi isso? Por que você fez isso?

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