Capítulo 24

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-Ainda não acredito que você transou com o professor no primeiro dia de aula, e pior, na sala de aula. - Neela diz perplexa após ouvir o que aconteceu.

-É, eu sei.

-E ainda por cima marido da diretora, Nathalie você é mais louca do que eu pensei.

-Eu sei.

-E ele transa bem ? - Neela pergunta com um sorrisinho de lado.

-Se me faz gozar, eu não reclamo. - Ela diz rindo, mas logo depois fica séria novamente. - Eu sou uma pessoa horrível ! - Nathy diz tapando o rosto.

-Relaxa, tem gente que faz coisa pior.

-Não Neela ! - Ela diz se sentando na cama - Eu sou realmente uma pessoa horrível, eu sou repugnante, como a Sra Yumi diz, fiz coisas terríveis da qual não me orgulho nem um pouco.

Neela viu lágrimas descerem pelo rosto de Nathy e ficou preocupada, ela parecia carregar um fardo maior do que ela suportava, Neela se endireita na cama e diz:

-Fala comigo Nathy, conta o que te incomoda.

  Nathy respira profundamente e enxuga as lágrimas, seu coração doía e um cansaço a invadiu derrepente, lembranças enterradas voltavam com tudo em seus pensamentos, ela não queria relembrar o ser desprezível que ela era, mas precisava falar, se não enlouqueceria, isto é, se isso já não tinha acontecido, as lágrimas não paravam de cair, então ela simplesmente desistiu de lutar contra elas.

-A minha mãe era uma prostituta em Nova York - Ela começa - Então frequentemente ela costumava levar homens pra casa, mas ela sempre tinha cuidado de me manter longe, mas quando eu tinha oito anos, eu passei a me esconder dentro do guarda-roupa da minha mãe enquanto ela estava no quarto com aqueles homens, eu observava eles fazendo aquelas coisas, até que um dia eu vi um deles tocar com as mãos as partes íntimas dela, e ela parecia gosta daquilo, então um dia eu resolvi fazer aquilo em mim mesma enquanto os assistia, e minha nossa, eu lembro que gostei muito, e aí eu nunca mais parei.
Até que um dia quando eu tinha 12 anos, a minha mãe levou um homem pra morar lá em casa, ele era um pouco mais novo que ela e eu já não era mais nenhuma criança, em um dia quando ela não estava em casa, esse homem estava deitado no sofá, então eu me aproximei dele e sentei em seu colo - Nathy a essa altura já estava com a voz embargada e chorando muito - Ele se assustou no começo, mas logo começou a passar as mãos em minhas pernas, "Oi princesa" ele disse, eu então olhei pra ele e perguntei : "Você me acha bonita ? " e ele acenava a cabeça confirmando, e eu disse : "Então faz comigo o mesmo que você faz com a minha mãe" e eu acariciava o pênis dele, e o pior é que eu queria muito aquilo, eu queria que alguém me tocasse de verdade e naquele dia ele fez tudo comigo e eu gostei de cada coisa, de cada toque e de cada chupada, só na penetração que eu senti muita dor, lembro ter ficado dolorida por uma semana, e a partir daquele dia sempre que a minha mãe saía, eu ia até o quarto deles, porque cada dia que passava eu precisava mais daquilo, e então quando eu deixei de sentir dor, eu lembro de perguntar freneticamente pra ele se eu fazia melhor do que a minha mãe, e ele disse : "Lindinha, você precisa se esforçar muito se quer ser igual a ela" e eu fiquei com tanta raiva da resposta que quando a minha mãe chegou, eu falei pra ela que ele havia me estuprado, ela expulsou ele de casa e nunca mais levou um homem pra lá de novo. Eu sou o ser humano mais nojento da face da terra ! - Nathy não conseguia parar de chorar.

-Você era só uma criança Nathalie, não tinha com saber o que estava fazendo, ele era o adulto da história. - Neela diz após ouvir a história atentamente.

-Não Neela, eu sabia o que estava fazendo, sabia que era errado e mesmo assim eu fiz.

-Você não era a adulta da situação, precisa entender isso.

-Depois quando eu tinha 14, eu era diferente das garotas da minha idade, era mais difícil, eu beijava muitos garotos e me esfregava neles nos corredores da escola, os professores começaram a ficar preocupados, eu era conhecida como a garota que já tinha dormido com quase todas a escola, as garotas não se aproximavam de mim, eu era vista como má influência, e os garotos só se aproximavam a procura de sexo, então a diretora me obrigou a falar com o psicólogo da escola, ele disse que eu tinha um desvio de conduta sexual grave pra alguém da minha idade, que eu tinha tendências ninfomaníacas, ele me olhava como se eu fosse um monstro.

-Você não é um monstro por gostar de sexo, homens transam o tempo todo e ninguém fala nada. - Neela diz.

-Mas você nem sabe o que aconteceu depois.

-O que ?

-Eu transei com o psicólogo também. - Nathy diz e as duas caem na gargalhada.

-Mas é sério, se eu pudesse ser diferente eu seria, eu sinto que não tenho controle sobre mim mesma, e a quantidade de pessoas que eu magoei, meu deus eu só tenho 16 anos, isso tá errado, eu não sou uma boa pessoa Nela.

-Mas não é má também. - Neela diz tocando a sua mão.

Elas permanecem em silêncio por alguns minutos, até Neela perguntar :


-Você já ficou com alguma garota ?

-Já meti o dedo em algumas, por que ?

Neela abaixa o olho envergonhada, Nathy se aproxima e cola seus lábios no dela, logo a ruiva já está sentada no colo da garota, Nathy aperta os seios de Neela enquanto aumenta a velocidade do beijo.

-Isso é excitante, não é ? - Nathy pergunta e Neela concorda com a cabeça.

Nathalie desce traçando beijos até um dos seus seios, quando ela ia abrir a blusa de Neela para levar seu peito até a boca, o toque do seu celular ecoa pelo quarto.

-Melhor atender. - Neela diz a afastando.

-Oi Han ! - Ela diz atendendo o celular.

-Oi ruivinha, tá muito ocupada ?

Nesse momento Neela já estava de pé sinalizando com as mãos de que já ia embora, Nathy se joga na cama quando ela sai.

-Na verdade não, fui pega com drogas e me expulsaram do colégio. - Ela mente.

-Mas que merda.

-Na verdade eu não tô ne aí, odeio escolas. - Ela diz e Han ri.

-Então eu vou passar aí, pra gente fazer coisas mais interessantes.

-Han, quando vim trás Whisky ? Preciso beber.

-Eu levo sim. - Ele diz rindo e desliga.

Meu Amor Está Em Tóquio [ CONCLUÍDO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora