Desespero dentro das passagens part.2

2.2K 283 43
                                    

Louis passou o braço do palhaço pelo seu ombro e tentou correr com ele para a única passagem acessível, quando Pennywise foi ao chão novamente e soltou um grito estridente. Abraçado ao abdômen, o palhaço se retorcia em uma intensa dor:

-"Droga!"- exclamou Pennywise. Por um breve momento, pensou em desistir e mandar Louis correr daquelas chamas que se aproximavam rapidamente. Mas logo um rosto tomou forma em seus pensamentos, um rosto que lhe trazia paz e lhe dava forças. Delicado e iluminado. Então percebeu, que deveria lutar, dveria levantar e correr. Correr para ver o rosto de Melissa mais uma vez.
Então Pennywise levantou o olhar para Lansky, firmou suas pernas no chão e, com a ajuda do europeu, se levantou e continuou a correr:

-"Por alí, eu conheço uma saída mais rápida."

Finalmente o sinal do último horário tocou e Melissa correu para a saída:

-"Melissa! Espera a gente!"- gritou Katy, colocando a mochila nas costas. O resto das garotas correram atrás da garota, que parou no portão:

-"Para quê tanta pressa?"- disse Lucille ofegante.

-"Preciso ver meu amigo"

-"Podemos ir com você?"- falou Katy.

-"Olha, eu ate gostaria que vocês o conhecessem mas vocês não entenderiam. E ele também não se sente confortável com outras pessoas. Demorou para que ele se acostumasse com tio Lansky."

-"Bem, se for assim, nós não vamos insistir..."- disse Katy.
Por um instante, Lucille se focou atrás de mim, com uma expressão confusa:

-"O que é aquilo?"- nos viramos simultaneamente para ver. Havia fumaça saindo dos buracos da tampa do esgoto e um cheiro muito forte de coisas queimando. Meu coração disparou.

-"Meninas, e-eu preciso ir, adeus."- Melissa correu em direção à floresta na esperança de estar tudo bem com Pennywise. No caminho, ela encontrou um grupo de adultos rodeando algo. E eles pareciam raivosos:

-"C-com licença moço"- a garota cutucou o ombro de um homem grisalho usando uma boina.-"O que está acontecendo?"

-"Estamos tentando matar a fera! Colocamos fogo em todas as entradas do esgoto, que é onde ele mora.
A polícia está no caso mas todo nós sabemos que eles não cumprem com o trabalho direito."- oh droga! Tio Lansky e Pennywise estão em perigo, pensou Melissa. A garota desceu a ladeira da floresta o mais rápido que pôde, em consequência, seus joelhos e mãos sairam machucado. Suaz pernas nunca quiseram correr tanto quanto agora, os galhos no caminho não ajudavam, havia de afastá-los com as mãos e por isso, elas acabaram ficando ainda mais machucadas.
Mas seu desespero conseguiu enterrar a dor que emanava das feridas dos seus membros, não completamente, mas o suficiente para correr mais rápido do que eu imagina.
Chegando à entrada do esgoto, se deparou com milhares de policiais rodando a área, que também estranharam a fumaça saindo pelo enorme cano. Um deles estava a chamar pelos bombeiros. Melissa se apressou para entrar, saiu empurrando todos que estavam na suas frente, não estava dando a mínima se eram agentes da lei ou não. Um deles tentou a segurou pelo braço:

-"Ei, garotinha. Você não pode entrar aí!"

-"Me solta! Meus amigos estão aí dentro! Me solta!"- pelo jeito, quando se mistura preocupação com pânico, você ganha força extra. Melissa puxou seu braço com tanta força, que quase fez o pobre policial cair com o impulso.
A garota correu ainda mais rápido para dentro da passagem, essa que estava praticamente toda tomada pela fumaça, e isso dificultou a visão da garota.

Louis e Pennywise tentavam encontrar uma saída ao mesmo tempo que tentavam também fugir daquela fumaça que tomava conta do ar puro e o faziam cansar à cada passo que davam. Até o palhaço que conhecia aquelas passagens como a palma de sua mão, se sentia perdido, como em um labirinto emorme de canos de esgoto. Os dois entravam e saiam de passagens, mas não sabiam por onde estavam indo, como se estivessem presos em um loop infinito, destinados a ccorrer e correr sem nunca chegar a lugar nenhum:

Clown sweet clownOnde histórias criam vida. Descubra agora