"Um frio me estremeceu o interior quando os seus olhos fitaram os meus. Era um olhar firme e sereno. A honestidade em seus olhos me desnudou o âmago da alma..." Talvez eu iniciasse assim a descrição se me fosse dada a oportunidade de estar em Israel, naqueles dias em que Jesus pisava nesta terra; e encontrar-me com ele e ter os seus olhos nos meus. Poderia ter sido o local mais comum: talvez sendo empurrado pelas multidões numa daquelas ruas empoeiradas; ou próximo de alguma daquelas praias, vendo-o falar de algum barco; ou até na casa de um amigo. Ou ainda algo inusitado como aconteceu com Zaqueu: estando eu no alto de alguma árvore. Eu queria ver os olhos do Senhor. Ver o que viram Maria, José, os discípulos; o que viram Nicodemos, Zaqueu, Pilatos e tantos outros. Ver os olhos de quem criou o universo e o sustem ainda hoje em suas mãos. Dizem que os olhos são a janela da alma. Então, eu queria ver a alma de quem criou a minha alma. Sim, eu queria ver os olhos de Deus a me fitar. E como o quero! Ah, se o Senhor me tivesse dado esta oportunidade! Em Israel dos dias antigos já não me será possível, estou em outro tempo, em outro espaço geográfico! Mas na eternidade, sim. Ainda terei um encontro com Ele. Sei que ainda o fitarei nos olhos e sentirei a verdade me perpassar. Será Deus e eu, apenas. Neste momento, como reagirei? Não sei. Talvez também o olhe e diga: Obrigado, Senhor. Pela lágrima enxugada, pela dor curada, pelo afago na alma. Obrigado pelo resgate, pela reconciliação. Ou simplesmente diga: Obrigado pela real oportunidade de ver os teus olhos, que primeiramente me viram.
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PEREGRINO AQUI
RandomOs textos são reflexões que nos levam a perceber que somos peregrinos aqui! Que existe um propósito maior em cada luta que enfrentamos e que há verdadeiramente Deus, que não esquece de cuidar dos peregrinos, em sua passagem por aqui. Cada texto aqui...
