•• B o r b o l e t a s ••

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Na triste espera do estampido,
constato a hipocrisia no erro já apontado:
estivera presa todo esse tempo
nas idas e vindas do inevitável

E lá fui me emaranhado e me aprisionando
com medo de soltar-me em demasiado
e não conseguir agarrar-me novamente
ao teu peito instável

Porém, outrora não notara que tu, não
eu, já havia soltado a corda
e que afoita eu estivera, na verdade
a emaranhar-te
na amarga esperança de fazer-te
ficares

Todavia, há pessoas que são como borboletas,
por mais que possa prendê-las
e por momentos de sua presença gozares,
terás de soltá-las,
porque são livres e não fazem morada

Por isso a minha ponta da corda hei de soltar,
estarás livre para partir,
porque eu te deixarei ir,
eu te deixarei voar.

G i o  O l i v e r c

[6 dez 2019]

Eu (não) escrevi isso pra você!Onde histórias criam vida. Descubra agora