Por que Liana teme entregar seu coração? Por que Vera teve seu filho retirado de seus braços ainda recém-nascido? Será que sonhos têm a ver com vidas passadas? A existência de almas gêmeas é real?
Akai Ito - Fio vermelho do destino descreve a busca...
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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Meu celular apita com uma mensagem; eu ignoro. Ele insiste, e eu o ignoro novamente. Na terceira vez, não é um apito, mas sim um toque. Imediatamente, uma lista de possibilidades surge em minha mente. ― Alguém que eu conheço morreu? ― Alguém que eu conheço ganhou na loteria? ― Alguém na redação? O que será? Me questiono, olhando para o relógio, e vejo que são três da manhã. Quem estaria me ligando a esta hora? Tato sonolenta em busca do celular, apenas para descobrir que é meu pai, completamente desperto. A esta hora, só poderia ser uma desgraça.
― O que aconteceu? Nina está bem?
― Calma, Liana! Está tudo bem! ― Ele afirma, me acalmando. ― Desculpa te ligar a essa hora. É que a Nina teve um daqueles pesadelos, e nada a acalma.
― De novo?
― Sim, ela quer falar com você.
― Claro, pai. Passe para ela!
Quando Nina tinha esses pesadelos, ela acordava aos gritos, e na maioria das vezes, só eu conseguia acalmá-la.
― Lili! ― Ouço sua voz miúda.
― Oi, meu amor, o que foi? Teve outro pesadelo?
― Sim! ― Ela responde com a voz chorosa.
― Não se preocupe, foi só um pesadelo. Lembra quando conversamos? Nada é real! Não há com o que se preocupar.
― Eu sei, mas não é isso.
― Não? Então o que é? Pode me contar.
― O Rodrigo, ele está no orfanato, Lili, eu vi. Ele estava chorando, não queria mais ficar lá. Ele estava triste, muito triste! ― Responde entre soluços.
― Meu amor! Está tudo bem. ― A conforto, colocando a mão em seu ombro. ― Vou encontrá-lo, não se preocupe.
― Sério? ― Ela pergunta, fungando.
― Claro que sim!
― Você precisa ir ao orfanato, Lili! Você tem que ir. Promete que vai?
Não sei o que responder, então para acalmá-la, digo que sim.
― Vou!
― Promete?
― Prometo!
― Está bem! ― Ela responde, parecendo mais calma.
― Tudo bem, amor. Agora volte a dormir e passe o telefone para o papai.
― Boa noite, Lili!
― Boa noite!
― Oi, filha...
― Pai, o que aconteceu?
― Sinceramente, eu não sei! Ela estava brincando, parecia bem, foi dormir e acordou aos gritos, dizendo que precisava falar com você. Tentei de tudo, mas nada a acalmou. Desculpe, filha, pelo horário e pelo susto.
