A chegada

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Quando chegamos ao aeroporto, depois de uma hora de trânsito, faltavam apenas vinte minutos para o embarque, nunca chegue em uma aeroporto faltando apenas isso, quase nunca dá tempo. Essa foi uma exceção, fizemos tudo o necessário e fomos para a espera. De relance apenas, vi um homem alto de terno me encarando, havia apenas ele ali, o resto provavelmente já estava dentro do avião, assim que nós entramos ele também veio, provavelmente primeira classe. Seguimos até nossos acentos e ali ficamos até chegar. Assim que a aeronave encostou no chão, senti arrepios, provavelmente por causa da pressão.
Quando saímos notei que o mesmo homem andava apressado atrás de nós, que assim que saímos pelo portão de embarque, trombou em meu pai, olhou para ele e se desculpou. Notei que meu pai o encarava se afastar, e sem dizer nada, seguiu em direção ao banheiro. Revirei os olhos e me virei para as cadeiras.
- Okay, eu espero.
Depois de quinze minutos o lugar estava totalmente vazio.
Nenhum sinal do meu pai.
Olhei em volta e notei alguém parado em meio a sala me encarando e desesperadoramente, era o homem de terno. Encarei de volta e levantei uma sobrancelha. Neste momento, algo estranho aconteceu. Ele começou a brilhar e mudar de forma, que eu saiba isso não era normal. Seu tamanho pareceu diminuir, seus membros viravam patas, sim. Então em poucos segundo eu estava encarando um animal híbrido, uma mistura de vários e para ficar mais estranho uma cauda que mais se parecia com uma cobra nasceu de suas costas. Eu estava vergonhosamente paralisada. Então quando eu menos esperava, ele investiu contra mim, minha primeira reação do pegar a primeira coisa que vi em minha frente (minha mala) e tacar nele que desviou fácil mente. A segunda obviamente foi correr. Um pensamento logo invadiu minha mente, uvas, um pouco estranho para alguém que estava prestes a morrer, mas logo videiras surgiram magicamente do chão e amarraram a criatura. Ela infelizmente tinha garras bastante afiadas, logo estava atrás de mim de novo.
Uma forte claridade me atingiu, a alguém a minha direita gritou.
- Ei bicho feio - Algo estupido demais para gritar a um "bicho feio" que poderia facilmente te matar, mas a atenção do monstro foi atraída e num momento de exitação, um garoto loiro chegou por trás e enfiou uma espada ( é, vocês leram direito) nas costas do monstro que se transformou em uma poeira amarela. Neste momento meu pai saiu do banheiro olhou para nossa direção e pareceu não ver nada demais, o problema foi que ele pareceu não notar minha presença, porque logo em seguida saiu andando em direção a saída.
- Ei pai.
Gritei, mas ele ignorou. Corri em sua direção e segurei seu braço.
- Espere, aconteceu algo muito estranho. Podemos voltar para o Brasil? Tipo agora?
Ele olhou em volta, com se se perguntasse se eu falava com ele. E sua resposta foi apenas
- Acho que você está me confundindo com outra pessoa. - ele pareceu exitar - você se perdeu do seu pai? Que que eu chame alguém? - antes que eu respondesse ele andou em direção a um ponto de ajuda. Olhei para trás e o garoto que me salvara estava vindo em minha direção com mais duas pessoas, um menino, de estatura baixar e cabelo preto com cachos e uma garota, seus cabelos eram cor de cerejeira estavam presos em um penteado, mas antes que me alcançassem, corri em direção a saída.

A filha da Noite - O Resgate do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora