00. Prologue

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Vou dedicar para a ELEANADINHA, que é tipo, a melhor amiga que alguém pode ter. É ela que fez absolutamente tudo acontecer. Eu te amo.

Inglaterra, 28 de janeiro de 2014

Residência dos Tomlinson’s

A rixa de duas famílias começou há... Bom, ninguém sabe, o fato é que havia uma disputa acirrada, pois como é da natureza humana, um tem que ser superior ao outro. Essa verdadeira guerra feria muitos inocentes, não necessariamente fisicamente, mas a dor poderia ultrapassar a física facilmente.

Conforme o tempo passava, Louis aprendera a conviver com isso. Apenas não se envolvia em brigas e duelos que para ele, eram antiquadas demais para se passarem durante o século XXI. O garoto era um verdadeiro fugitivo, não daqueles que fogem da lei, ou que fogem das responsabilidades; Louis fugia dos pais. Nas poucas vezes em que era visto em casa, tinha que escutar o quanto é negativo para a publicidade da família que ele nunca apareça em jantares, ou que ele sempre use sua calça rasgada em lugares onde a vestimenta social é mais que fundamental, diria obrigatória. Certas vezes isso o divertia; era cômico o jeito que a veia na testa de seu pai ficava nítida enquanto ele tentava explicar a Louis a importância e influencia que ele teria de ter dali pra frente, porém outras vezes era irritante o modo que seu pai o comparava ao filho dos outros empresários. Louis não era assim, nunca seria, tinha personalidade demais para guardar para si, e admirava demais o amor para passar por cima das pessoas apenas pelo dinheiro.

Louis admirava o amor. O jeito que as pessoas agiam quando estavam apaixonadas, totalmente impulsivas, o jeito que os olhos brilhavam quando o nome de seu amado era pronunciado, e a determinação... Ah, este era o ápice do amor para Louis. Ele conseguia notar quão mais determinadas as pessoas se tornavam, e consequentemente, mais esperançosas. O amor não era apenas um sentimento, ele vinha com vários outros juntos, com um pacote completo de sentimentos para a vida toda. Isso, claro, se você amasse de verdade.

Mas Louis apenas saberia explicar isso pelas coisas que lê na internet, em revistas, em livros, em textos, em poemas, em poesias, em todo o lugar. Louis sempre via as pessoas tentando descrever o amor e seus derivados, apesar da maioria delas dizer que “o amor é um sentimento inexplicável”. E Louis queria se sentir assim, inexplicável. Ele queria ser assim.

Após ignorar o seu pai e o discurso que Louis chamou de eles-tinham-dinheiro-o-suficiente-para-Louis-ir-para-o-shopping-comprar-roupas-apresentáveis, o garoto subiu as escadas pulando de dois em dois degraus, abrindo a porta do quarto logo depois, driblando as roupas espalhadas e pacotes de guloseimas atiradas pelo chão, e jogando todo o peso do seu corpo em cima da cama desgrenhada, o peso que apenas não era maior que aquele que ele carregava nas costas (não que Louis fosse gordo, ele só tinha uma angustia com a qual convivia e precisava compara-la as coisas para entender seu grau de gravidade).

Louis ficou um bom tempo olhando para o teto, encarando o nada, pensando em tudo. Seu olhar se voltou para o caderno com recortes de bandas na capa (bandas as quais ele nutria uma paixão indescritível, como Radiohead e Foster the People). Imediatamente pegou o caderno e a caneta que o acompanhava e deixou as coisas fluírem.

Eu gostaria de ter alguém. Não sei ao certo quem, se gostaria de ter romanticamente ou apenas um amigo com quem contar quando estiver deprimido. Apenas alguém que eu possa dividir o peso do mundo. Ed despreza o meu amor, e isso me faz sentir estupido idiota desprezível. Eu não tenho o pacote do amor, como denominei os outros sentimentos que o acompanham, mas sei que o amo porque tudo que sei é pensar nele, pois ele é aquela constelação inalcançável, que você sabe que contem inúmeras estrelas e gostaria de toca-la pelo simples prazer de ter algo tão brilhante em seu poder, mas não pode fazer isso, pois ela é inalcançável. É isso que Ed é, inalcançável. E eu, sou o garoto que sonha em ser um astronauta.”

Louis deu uma boa olhada nas palavras, e sentiu 1/50 de seu peito perder todo aquele peso. Mas não é necessário ser um gênio em matemática, e nem um poeta para saber que 1/50 da dor de um coração apaixonado, ainda é muito pouco.

Inglaterra, 28 de janeiro de 2014

Residência dos Styles

Harry observava seu reflexo no espelho, e gostava do que via. A coroa de flores que Jasmin havia conseguido fazer para o mesmo era simplesmente perfeita, deixando seus cachos ainda mais belos com as múltiplas espécies de flores coloridas.

- Ela é tão adorável! Eu me sinto muito bem com ela, Jasmin. Se você não se importa, eu gostaria de ficar com ela.

Jasmin sorriu a empolgação do seu garoto. Havia criado aquele menino desde muito pequeno, e agora parecia cada vez maior e mais belo, sem precisar de muito esforço.

- Claro que pode ficar com ela, Harry. Acho que fica melhor em você do que em qualquer outra pessoa. Apenas... Não deixe o seu pai lhe ver com ela. Sabe o que ele pensa quando te vê perto das flores.

Harry suspirou depois de ouvir as palavras de sua confidente. Já ouvirá aquilo tantas vezes, e soava ainda pior vindo de seu pai. “Garotos afeminados não ganham o respeito de ninguém! Sabe o que dizer sobre eles pelas suas costas?!” “Flores são para garotas, e até onde eu sei, garotas não tem pau!”. Harry odiava ouvir palavras como “pau”. Isso soava tão vulgar, ainda mais vinda de seu pai.

Harry sorriu em resposta ao aviso de Jasmin.

- Eu terei cuidado, prometo. E obrigada por me deixar ficar com ela, Jasmin, você é adorável.

- Por nada meu anjo – Jasmin se aproximou de Harry, ajeitando a coroa em sua cabeça, e beijando sua testa em seguida (com um pouco de esforço, pois conforme o tempo foi passando, Harry ficou maior que Jasmin) – eu tenho tanto orgulho de você.

Depois de trocaram sorrisos genuínos Jasmin saiu quarto a fora, deixando o garoto sozinho. Harry dirigiu seu olhar de volta a sua imagem no espelho, desta vez sorrindo para si mesmo. Seus olhos pareciam ainda mais verdes, e isso o agradava. Verde é uma cor tão bela, como uma folhagem na primavera.

Pensar sobre flores o fazia lembrar de algo. Algo que Harry gostava, assim como gostava de tulipas.

Tirando alguns cachos que caiam sobre seus olhos, Harry abriu a gaveta de baixo de seu guarda-roupas, pegando um caderno com a capa (acreditem, isso é surpreendente!) florida.

Como a caneta roxa não quis funcionar por falta de tinta, com uma caneta vermelha, o menino desabafou.

O vermelho do sangue não se compara ao vermelho das rosas. Eu sei disso, porque na semana passada o maldito vermelho-fajuto do sangue escorreu dos meus pulsos. Ele parecia tão belo sobre a minha pálida pele, mas ele não tinha a beleza que eu estava procurando. Talvez nenhuma flor tenha, e elas que me perdoem por isso, mas sinto como se nem mesmo as flores pudessem me completar. Falta algo, grande como uma árvore, mas suficientemente pequeno para caber no meu peito, que já não parece mais tão pequeno pra tanta dor.”

 Harry leu e releu aquilo pelo menos 7 vezes, e em todas elas ele sentia vontade de chorar. Mas não chorou. Porque Harry sabia que, flores não choram, e que um dia, algum vento bom traria a chuva que ele tanto esperava para acabar com a sua abstinência.

 Tirando a coroa delicadamente do topo de sua cabeça e a colocando na cabeceira ao lado da cama, Harry se deitou. E com uma angustia sufocante, começou a respirar com dificuldade. E aos poucos, o cansaço foi o tomando. E naquele momento sua cama era o único lugar que lhe parecia confortável. E Harry adormeceu. 

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OLÁ LARRYZITAS, OBRIGADA POR LEREM

ISSO AQUI É PROVAVELMENTE A PRIMEIRA COISA QUE EU VOU LEVAR A SERIO AQUI PORQUE TIPO MEU DEUS EU GOSTEI MUITO DISSO SAKLJFAÇLHGKÇHAG

EU NÃO SEI SE VOCÊS VÃO GOSTAR, ENTÃO PARA EU SABER COMENTEM 

ENFIM, ADORO VOCÊS S2S2S2S2

Flowers to an StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora