Era um domingo comum,acordamos,tomamos café,estava tudo normal.
Estava tudo bem.
É,estava.
Eu não podia imaginar o que ia acontecer,se eu pudesse voltar no tempo e impedir tudo isto,mesmo que bagunçasse a linha do tempo e o mundo explodisse,eu faria,meu mundo é você,sem você nada faz sentido.
Você entrou no banheiro às exatas 9:47.
E de lá,nunca mais saiu com vida.
A sua demora dentro daquele banheiro começou a me preocupar,bati na porta,chamei,não obtive resposta,gritei,silêncio.Me desesperei,com dificuldade consegui derrubar a porta,e dentro daquele cômodo,vi a pessoa que mais amava,deitada numa banheira de sangue,com os pulsos cortados.
Eu te puxo pra perto do ouvido,tentando ouvir seus batimentos.
Você pode me ouvir gritando?
Por favor não me deixe.
Amando e lutando.
Acusando e negando.
Não consigo imaginar um mundo em que você se foi.
Espere,eu ainda te quero.
Volte,eu preciso de você.
Me deixe pegar em sua mão,consertar tudo.
Juro te amar pelo resto da vida.
Por favor,não me deixe.
Eu juro,eu vou consertar tudo,só me dê uma segunda chance.
Espere,eu ainda preciso de você.
Ligo desesperado para o hospital,caminho pra lá e pra cá enquanto você está imóvel.
Eles chegam e te colocam em uma maca,checam teus batimentos.
Eu rezo sem esperança,escondendo o choque e o frio em meus ossos.
Você pode me ouvir gritando?
Por favor não me deixe.
Espere,eu ainda te quero.
Volte,eu preciso de você.
Me dê a chance de pegar em sua mão novamente,e consertar tudo.
Juro te amar pelo resto da vida.
Espere,ainda te quero.
Eu não quero te deixar ir.
Sei que não sou tão forte assim.
Volte,irei fazer tudo diferente.
Só quero ouvir tua voz me chamando pra ir pra casa.
Amor,vamos pra casa.
Sim.
Eu só quero te levar pra casa.Espere,eu ainda quero você.
Volte,eu ainda preciso de você.