Maurício acordou e viu que já passava das três da tarde e as sombras já se aproximavam da janela do quarto.
O bem- estar que sentia não se comparava a nada que ele já tivesse sentido na vida!
Sentiu o peso de Daniel que ressonava apoiado em seu peito, também totalmente realizado.
Ele era tão parecido com Lúcia e, ao mesmo tempo, tão diferente, analisou o policial!
Olhou para Daniel até que, depois de alguns minutos, ele também acordou e levantou a cabeça lentamente para admirar o rosto de seu parceiro. Espreguiçou com um gemido satisfeito. João riu e beijou a cabeça de Daniel com carinho.
— O que te fez mudar de ideia? Até ontem tão esquivo, me recusando e agora... — disse Daniel afagando o peito nu de João.
— É muito excitante, confesso, atrair o sexo oposto...porém, atrair uma pessoa do mesmo sexo é muito mais estimulante, Daniel! — confessou.
Daniel virou-se e mordiscou o queixo de João suspirando.
— Não sabia que você era tão esfomeado, querido. —brincou João._Quase acabou comigo!
— Somente quando o banquete é atraente, lindo, eu me esbaldo, pode ir se acostumando!_riu travesso.
O policial levantou o lençol e olhou para o próprio membro fingindo-se de preocupado:
— Talvez eu tenha perdido uma parte dele, porque eu confesso...nossa! Você é muito guloso, lourinho!
Daniel enfiou a mão debaixo do edredom e pegou o membro com firmeza, fazendo com que João levasse um susto.
— Não...fique tranquilo...está tudo aqui... — riu Daniel se virando de barriga para baixo e balançando as nádegas provocante. — E aí? Acho que você já está pronto para continuarmos, João.
João tocou as nádegas de Daniel e as acariciou lentamente.
Na cabeça do policial, a acusação de Marta retumbava e ele sabia que ela estava certa: ele era um monstro, um monstro! Como fora capaz de machucar Daniel daquele jeito, de atacá-lo feito um louco, um animal? Se não tivesse enchido a cara e desmaiado de bêbado, provavelmente teria ele mesmo, sem o parceiro Eurídes, voltado ao barracão e matado o pobre coitado!
O policial duvidava se teria um castigo pior do que a própria consciência!
— Eu estou com tanto medo de machucar você, Daniel...tenho medo de não me controlar e aí...você é tão frágil, tão delicado e eu sou este bruto...
— Você, bruto? Não você, João...não você...não tenho nenhum receio, acredite...tem sido tão bom pra mim...tão cuidadoso, tão correto desde o início...ah, João, tenho certeza de que você nunca me machucaria, você não, João...
Daniel afagou o rosto de João com carinho.
O policial fechou os olhos com força. Imaginou o que ele faria se soubesse que estava ali com o monstro que o atacara de forma tão brutal há tão pouco tempo. Será que ele sairia correndo...ou se jogaria em fúria e ódio sobre o policial?
Daniel estranhou aquelas rugas de preocupação na testa do parceiro.
— O que há, João? Não sou feito de louça e estou apaixonado por você, cheio de tesão só em pensar em ter você dentro de mim, meu amigo...meu salvador...
João manteve-se em silêncio...será que era hora de confessar tudo pra Daniel?
— João, por favor, sabe que eu não posso visualizar com clareza o seu rosto, por isso vai ter que me dizer em que está pensando que não vem logo...se arrependeu? — estava aflito e inseguro._Acha que devemos esperar mais um pouco, é isso? Ainda está em dúvida? Ou não gostou? Pode falar, João...eu vou entender...juro!
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VOCÊ ME PERDOA, AMOR?-Armando Scoth Lee-romance gay
RomanceIMPRÓPRIO PARA MENORES DE 21 ANOS! Maurício não podia acreditar no que ouviu: alguém matara Lúcia, a mulher da sua vida, de maneira covarde! Maurício não podia acreditar no que viu: Daniel, o filho de Lúcia, o principal suspeito do assassinato da p...