Cap. 12

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15h:28min

Lá estava eu mais uma vez, indo para aquele lugar. Eu não sou acostumado a me abrir com as pessoas, um dia eu fui mas hoje não posso dizer o mesmo. Estava indo na casa de uma psicóloga, dizendo meus pais que seria bom para mim, sempre recusei quando eles tentavam me levar, mas como eles sempre fazem tudo por mim seria bom eu fazer algo por eles, pelo menos uma vez não mataria ninguém.

Percebo o carro parar em frente a uma casa branca, a entrada tinha um portão preto e dois arbusto, em frente havia uma placa onde dizia "Eu só quero seu bem".

- Chegamos Guilherme... - diz meu pai, observei o mesmo que me encara pelo retrovisor.

- Vai ficar tudo bem? - pergunta minha mãe se virando para trás, confirmo com a cabeça.

- Não tem que se preocupar mãe, é apenas uma conversa - digo abrindo a porta do carro.

- Daqui duas hora iremos te buscar - diz meu pai virando sua cabeça para trás e dando um sorriso, sei que através daquilo não era um sorriso sincero, ele parecia preocupado assim como minha mãe, mas para mim era algo normal, apesar de que eu não queria estar ali de jeito nenhum.

- Não precisa pai, daqui irei pra casa do Eduardo, não é tão longe.

- Bom eu faço questão de te buscar lá está bem.

Confirmo e saio do carro fecho a porta do mesmo. Caminho até a casa e toco a companhia assim que chego na porta, escuto um barulho da porta sendo destrancada e logo em seguida se abrindo.

- Guilherme? - diz a mulher que aparentava te uns 36 ou 37 anos. confirmo com a cabeça e a mesma da passagem para que eu possa entra. Coloco as mãos no bolso e espero pela orientação da mais velha, observo o local e as cores eram vivas, totalmente diferente do meu quarto que são cores escuros como se realmente fosse uma escuridão.

- Pode vim aqui? - diz a mulher indo para um salinha que se mantinha perto da sala, segui a mesma e entro, a mulher se senta e coloca os braços sobre a mesa creio que onde estamos seja o escritório dela, fiz o mesmo me sentando em sua frente, tirei as mãos do bolso e deixo em minhas coxa, percebo que as mesmas estavam suando.

- Bom...então vamos começa, alguns dias atrás eu havia conversado com seus pais, eles vieram falar comigo dizendo que você ultimamente anda estranho, suas atitudes mudaram dentro de casa, eu não sei bem explicar mais você quer dizer algo, contar o que está acontecendo?

"Agora eu entendi aquele olhar dos dois, o que eu tenho feito ultimamente para eles terem dito isso?" penso.

- Eu não sei como dizer,  eu não vi nada mudar em mim - digo a olhando bem firme.

- Se importa em responder algumas perguntas? - diz a mulher tirando alguns papéis de uma gaveta.

- Tudo bem - aceito já que não havia por onde correr.

- Quantos anos tem?

- 17.

- Quando completa 18?

- daqui duas semanas.

- Tem namorada?

- Não tenho interesse em ninguém.

- Creio que você fica com algumas meninas e que também seja popular, sua aparência diz isso, estou certa?

- sim, sou popular e fico com algumas meninas.

- Ter varias meninas em cima de você te incomoda?

- As vezes, por que é como se eu fosse galinha, todos dizem que eu pego geral, mas não é bem assim, eu posso está rodeado, mas eu não vou ficar com todo mundo, por todo lugar que eu vou alguém está tirando foto de mim e há varias mentiras, alguns fingem ser meus amigos outras fingem gostar de mim, mas e apenas para ter fama. Eu não sei como dizer, estou confuso, agora eu vejo o quanto minha vida esta confusa o quanto tudo ao meu redor está confuso, eu não consigo mais responder sua pergunta com uma resposta exata, me desculpe - quando comecei a falar pensei que seria fácil, afinal era apenas uma pergunta agora eu vejo que não e bem assim, percebi minha alteração e quando vi eu já não sabia mais o que responder.

Um dia após o outro (EM CORREÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora