Capítulo 4

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A ideia bateu mais forte ainda na volta para casa, antes eu só tentava amadurecê-la, agora eu tinha a real intenção de fazer, contudo não avisaria a ninguém apenas iria desbravaria e voltaria, três dias depois não incomodaria ninguém e talvez meus pais pensassem que fui visitar algum reino como sempre fazia.

Durante a noite arrumei minha mochila, colocando roupas básicas e suplementos que talvez precisasse além de dinheiro, não podia me esquecer disso. Esperei dar o mais tarde possível, a hora exata em que os guardas não estariam nas vigílias e sim fofocando sobre algum caso do reino e corri, corri o mais rápido que pude e pulei o muro principal, meu coração esta a mil e minha boca seca, mas eu precisava daquilo não era hora de voltar.

Continue correndo, olhando para trás para checar se não estava sendo seguido e não me liguei que devia estar prestando atenção mesmo era na minha frente dei de frente com alguém que reclamou estridentemente.

- Ai garoto presta atenção por onde anda! – eu não sabia que as três da manha o reino ainda estava movimentado, foi só então que me dei conta que as pessoas ainda estavam na rua, algumas bêbadas e algumas conversando felizes, algumas ainda estavam admirando o céu e havia aquela que bati de frente que catava as suas coisas que estavam caídas ao chão.

- Mil perdões! – a ajudei a catar os vegetais que estavam no chão

- Está desesperado por quê? Roubou algo?

- Por favor, fale baixo! – ela me olhou de cima em baixo com sua melhor cara de tédio, eu a conhecia de algum lugar.

- Estou falando normal, qual é o seu problema?

- Onde posso encontrar uma boa pousada? – ela revirou os olhos por ter sua pergunta ignorada, mas murmurou um 'me siga' depois da minha pergunta.

Ela não disse nem se quer uma palavra e eu não me esforcei também, não queria ser reconhecido e sabia que se puxar assunto em menos de segundos reconheceriam minha voz, aquelas meninas eram rápidas demais e rapidez para ser descoberto era o que eu menos queria...

- Nos conhecemos de algum lugar? – minha voz saiu sem eu me controlar, já estávamos dentro do estabelecimento então poderia demonstrar minha curiosidade.

- Tire o capuz e a mascara precisa fazer o check-in - ela ignorou minha pergunta e foi para trás do galpão

- Não posso!

- Apenas tire!

- Não dá – comecei a ficar inquieto

- Vou chamar os guardas da cidade

Mostrei brevemente meu rosto para ela que arregalou os olhos sem reação deixando um sorriso torto se mostrar...

- Ora, ora uma realeza na região...

- Por favor, fale baixo! – cobri novamente meu rosto

- Você está... – seu olhar irônico foi substituído por um curioso

- Fugindo, sim, sim!

- Me acompanhe! – como aquela menina podia ser tão seria e mal humorada, tudo bem que sempre quis ser tratado assim, mas poxa nem um reconhecimento ela me dava, nem um braço a torcer, qual era o problema dela conosco? – Esse será o seu quarto, aproveite sua estada e seja lá o que precisar chame Hyuk eu irei dar a melhor desculpa para você estar aqui, essa é a pousada mais afastada que tem, será melhor para você.

- Obrigado! – respirei aliviado – me diga pelo menos seu nome – segurei seu braço e a encarei.

- Incrível como nos vemos em poucas horas e você já se esqueceu de mim – ela sorriu novamente – me chamo Kim SunHee sua futura escudeira.

Agora tudo fazia sentido, e eu estava me sentindo um completo idiota por não ter reconhecido antes, não me era estranha e não fiz por mal eu só possuía muitas coisas na cabeça que me faziam esquecer rostos ou coisas que não via com frequência. Tentei dois métodos de faze-la se derreter por mim primeiro sorri genuíno e depois segurei suas mãos.

- Não fiz por mal, você sabe que as vezes temos muitas coisas e só não esquecemos sua cabeça.

- Park Moon já me alertou sobre seus charmes – ela largou minhas mãos – boa noite Príncipe Jeongguuk

'Você me paga Park Moon' pensei me jogando na cama, será que eu teria um xerox de minha nuna? Não, o brilho nos olhos dela era diferente, talvez ela tentasse resistir, um coisa era certa eu perturbaria o juízo dela e queria ver até onde ela aguentaria.

Olhei ao redor do quarto e sorri novamente, não era do jeito que estava acostumado, não tinha o luxo que eu sempre via aquilo me fez sorrir; por pelo menos três dias eu teria o tratamento de um plebeu, pelo menos por três dias eu seria livre de regras e padrões.

A Realeza | BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora