Helter Skelter

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Na madrugada do dia 17 de Maio, Katsuki Bakugo havia sido chamado com urgência para uma cena do crime. O loiro era um experiente investigador que agora se via envolvido no caso de um serial killer. Quatro vítimas já haviam sido feitas, nenhuma pista nas cenas dos crimes, população amedrontada, mídia faminta. Era um caos. Bakugo não poderia estar mais estressado com a situação. 

Katsuki chegou ao endereço: um beco numa rua afastada do centro de Los Angeles. O local fedia a desespero e sangue fresco. Cinco vítimas. Mas essa tinha um diferencial: ela ainda respirava, agora em direção ao hospital mais próximo, lutando pela vida. Por algum milagre os policiais encontraram evidências no local: uma pegada no sangue e um frasco de vidro. A pegada poderia eliminar algum suspeito e o frasco de vidro poderia ser usado para o assassino guardar seus "troféus", todas as vítimas tinham um dente faltando na boca, esses nunca foram encontrados, então supostamente eles haviam sido levados pelo criminoso.  

— Quem é a vítima? — Katsuki estava agachado, examinando a área de onde a vítima havia sido retirada.  

— Momo Yaoyorozu. 22. Estudante de jornalismo. Dentro do perfil. Mulher, jovem e universitária. O cara é um clichê. — Hanta Sero familiarizou o chefe com o ocorrido e forneceu todos os detalhes necessários à Bakugo. — Pelo que os paramédicos falaram ela tem apenas 15% de chance de sobreviver. Tomara que o melhor aconteça.  

— Uma sobrevivente, hein Sero? Ela vai ser muito importante para a investigação. Estou indo pro hospital, quero estar lá quando ela acordar. — Bakugo se levantou e saiu, recebeu como resposta um sinal de positivo De Sero.   

Ao sair do beco o loiro enfrentou uma fila de repórteres sedentos por um detalhe, um furo, uma manchete. Sem sucesso, Katsuki passou por eles como se nem existissem e seguiu em direção ao carro. 

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No hospital, o investigador foi informado que a vítima tinha sido levada às pressas para a cirurgia. Como bom teimoso que era, Katsuki permaneceu sentado na sala de espera até que fosse notificado sobre a mulher acordado (ele acreditava que ela sobreviveria com todo seu coração).  Ele ficou ali durante 7 horas, observando cada detalhe e cada pessoa que entrava no hospital, afinal, o criminoso poderia vir terminar o que começara. Num dado momento, Katsuki se viu hipnotizado por um homem que também aguardava no local: bem vestido, de  terno, cabelo longo e ruivo preso num rabo de cavalo e apenas algumas mechas estavam soltas. O homem não saia do celular, ora digitando, ora telefonando, ele parecia ocupado então Bakugo decidiu por não incomodar mas continuou observando o homem.  

— A cirurgia foi um sucesso, em breve vocês poderão vê-la. — Os pensamentos de Bakugo foram interrompidos por uma médica que se apresentou como sendo Ochaco Uraraka.  — Quarto 505. Podem ir até lá em 2 horas, ela já deverá estar acordada.   

Inicialmente Bakugo não entendeu o motivo da médica estar falando no plural, até que o homem ruivo que o havia hipnotizado se dirigiu à ela, se apresentando como advogado de Momo e fornecendo informações pessoais da moça. Depois do homem se retirar, foi a vez de Katsuki conversar com a médica, fez a ela perguntas sobre o estado da vítima e como seria a recuperação. 

— Entendi. Facadas no tórax, sinais de estupro e drogas no organismo. Mesmo padrão de ataque das outras vítimas. Obrigado, doutora. Foi de grande ajuda. — O investigador escreveu tudo que a médica lhe falou num bloquinho de notas e retornou à sala de espera. 

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— Então... você está aqui para interrogar ela, não é? — Bakugo foi obrigado a pausar a música que tocava em seus fones quando ouviu o ruivo lhe perguntar. — Sabe, ela pode não lembrar de nada, então vá com calma, por favor, senhor. 

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⏰ Última atualização: Apr 21, 2019 ⏰

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