𝙳𝚄𝙰𝚂 𝙰𝙻𝙼𝙰𝚂 - 𝙳𝙸𝙰𝚂 𝙰𝚃𝚄𝙰𝙸𝚂

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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Ao chegar em casa, fiz minha mala rapidamente, sem dar muita explicação ao meu pai

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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Ao chegar em casa, fiz minha mala rapidamente, sem dar muita explicação ao meu pai. Disse que precisava viajar e que ficaria uma semana em Poços. Ele, vendo meu desespero, percebeu que era grave.

— Liana... — chamou.

— Eu preciso, pai, preciso de um tempo.

— Isso tem a ver com o Rodrigo?

Assenti, chorando.

— Minha filha, eu detesto te ver assim.

— Vai passar, pai — respondi firme, enxugando minhas lágrimas. — Você avisa a tia Vera?

— Claro! Fica o tempo que precisar.

Assenti.

Eu precisava desse tempo para mim, precisava ficar longe de tudo e de todos.

∞∞∞

Demorei a pegar no sono naquela noite. Rodrigo não saía da minha cabeça. Ainda sentia meu corpo se arrepiar com a lembrança do seu cheiro. E então veio o sonho. Claro que era com ele. Estávamos em uma clareira, deitados sob o céu estrelado, minha cabeça repousava em seu colo. Conversávamos sobre coisas banais enquanto sua mão acariciava meus cabelos. Foi tão real que eu podia sentir seu cheiro e seu toque gentil.

Acordei cedo, perturbada pelo sonho. Não sabia se era a intensidade do sonho ou o desconforto que ele me causava. Mas, já que estava desperta e o sol começava a nascer, decidi sair da cama. Juntei meus apetrechos, a toalha e o protetor solar. Segui o caminho até a cascata onde Rodrigo e eu nos encontramos dias atrás. Parecia outra vida, tantas coisas tinham mudado desde então.

Eu vasculhei o entorno à procura de olhares curiosos, mas estava gloriosamente sozinha. Os turistas geralmente só surgiam após o meio-dia. Coloquei minha trouxinha junto à margem e me despi rapidamente. Inicialmente, pensei em adentrar a água aos poucos, mas, intuindo que ela estaria fria, decidi mergulhar de cabeça na transparência cristalina da cascata.

"Caramba, que frio!" Exclamei, enquanto minha respiração se acelerava e um arrepio percorria meu corpo. Continuando a me desafiar, mergulhei novamente, e, aos poucos, meu corpo se acostumou com a temperatura. Havia muito tempo que não me banhava naquela cascata, talvez desde os dias despreocupados da infância, com Carol. A água acariciava minha pele, embalando-me em seu abraço refrescante. Relaxe, flutuando e observando as copas das árvores ao redor. Fechei os olhos para melhor ouvir o melodioso canto dos pássaros.

― Quer companhia? ― A voz rouca e surpreendentemente familiar me tirou do transe.

― Rodrigo! ― exclamei, mais chocada do que assustada. ― O que você está fazendo aqui? Como me encontrou?

― Acho que já conversamos sobre isso, não é? ― ele respondeu, um sorriso brincando em seus lábios. ― O que faz aqui tão cedo?

Levei um momento para me recompor, confirmando com meus próprios olhos que ele estava realmente ali, e não era fruto de um sonho maluco, mas não, ele estava ali, me encarando e sorrindo.

𝙰𝙺𝙰𝙸 𝙸𝚃𝙾 - 𝙵𝚒𝚘 𝚟𝚎𝚛𝚖𝚎𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚒𝚗𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora