1. Vírus

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Notícias de que um novo vírus tem se espalhado vem surgindo há três dias, pelo que tem se observado dos casos, começa com sintomas de gripe comum, que se mantém por alguns dias, mas depois os sintomas vão se agravando. Até agora ninguém sobreviveu, não foram muitas pessoas, quatro infectados foram relatados, mas para que a situação não piore eles indicam que mantenhamos o máximo de distância das pessoas, que usemos máscaras e que limpemos as mãos e os braços muito bem depois de tocar em qualquer coisa, sugeriram também que andássemos com álcool em gel... Muitas prevenções, como eles sempre fazem em um possível surto, mas as pessoas acham que logo vai passar e poucas seguem esse protocolo, é geralmente aí que as coisas pioram. Espero que não seja esse o caso...

- Já tá sabendo das novas notícias sobre esse vírus?

- Não.

- Não??? Como não??? Logo você que é viciada nesses assuntos de doença - eu conseguia sentir o sarcasmo dele pelo telefone, dava pra saber exatamente a cara que ele estava fazendo.

- Eu não sou viciada tá legal, eu só gosto do assunto.

- Ah tá bom...

- Carlos eu to esperando você falar tá lindo.

- Bom, eles disseram que a doença está desenvolvendo novos sintomas, uma espécie de agressividade, eles acham que pode ser causado por alucinações por causa da febre muito alta. Eles temem que a doença continue a mudar numa velocidade que eles não consigam acompanhar e que tudo acabe mal.

- Ai ai...

- O que foi??

- Agressividade é? - dei um risinho sarcástico.

- Ah nem vem Vitória, pode parando.

- Ué, mas eu nem fiz nada...

- E precisa? Eu já sei que você vai tocar no assunto apocalipse zumbi.

- Por que será né?

- Tori, não vai acontecer um apocalipse zumbi, já te falei mil vezes e sempre vou falar quando você vier com esse assunto.

- Pois eu já te falei mil vezes e vou continuar falando que é possível que um apocalipse zumbi aconteça sim!!!

- Mas você é teimosa...

- Falando assim parece até que não me conhece.

- Conheço bem até demais...

- Deixa eu te falar, eu tenho que ir no mercado pra minha mãe, não quer ir comigo não?

- Pode ser, que horas?

- Agora.

- Tá, vou te esperar aqui embaixo.

- Tá, tô descendo tchau.

Desliguei, peguei as chaves e desci a rua, pude ver o Carlos me esperando na esquina.
Não demoramos muito para chegar no mercado, ele fica a uns 10 minutos, pude notar algumas pessoas com máscaras cirúrgicas.

- É o pessoal tá levando a sério...

- Acho que você deveria começar a usar também.

- Acho que nós deveríamos começar a usar você quis dizer.

- Sim - ele concordou com a cabeça, tocou minhas costas e me impulsou para dentro do mercado.

Notei algumas pessoas logo na entrada, com roupas que cobriam todas as partes do corpo, com máscaras e óculos distribuindo máscaras e potes com álcool em gel. Pegamos e colocamos as máscaras. 

O Fim: ApocalipseOnde histórias criam vida. Descubra agora