Os cinco... Sem Respostas...

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             FOGOS. Brindes. Vivas. Era meia-noite! Após abraços e muitos desejos de um feliz ano novo, os cincos ja haviam saido para o lado de fora correndo, pois nenhum deles queria levar um banh de espumante como ocorreu com alguns lá no salão.

            — OH MÃE!— Gritou Jack olhando pela janela do refeitório.—NOS VAMOS DAR UMA VOLTA, TA!?

            —O QUÊ?— Respondeu fazendo sinal que não estavam ouvindo, alguém estava cantando uma musica extremamente alta no videokê.

           —UMA VOLTA!— Repetiu apontando para a rua e girando o dedo no ar, a resposta não veio. Estavam muito concentrados na cantoria.

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           Caminhavam sem pressa. Jack e Hic iam mais atrás sem falar nada. A vontade que tinham de retomar o abraço era grande.

          Merida ia caminhando felizona mais a frente, cantando Mamonas Assassinas novamente.
          — Merida!— Falou Rapunzel— Que mico!

          — Mico? Mico é o que deve ter por aqui!— Riu debochada levantando os braços— Micos, aranhas, escorpiões…— Tadashi a encarou— Tá, ta bom! Nem mais uma palavra!

          Tadashi desviou o olhar para o céu e ficaria imaginando se nas estrelas tinha o dragão das lendas que ouvia. Dragão Luminoso!

          Rapunzel estava em meio dos dois e acabava de enganchar os braços nos amigos: um de cada lado.

          Na esquina escura, os cinco dobraram à direita. Agora caminhavam pela ruazinha de chão batido e pedras rolantes que acabava em frente às ruinas. Os cinco sentaram na calçada da loja de artesanato, desviaram seus olhares para o céu.

         — Ai, pessoal!— Suspirou Rapunzel.— Essa lua é tão linda… Tão romântica!!!

         Merida não perdeu a chance:
         —Loirinha, minha princesa… Quer que eu busque ela para ti?

         E Tadashi reclamou:
         —Qualé Merida! Fica zoando o tempo todo! Que chato isso… Deixa a menina!

         —Ih china… Não fica nervoso…

         —De novo, meu?

         —Foi mal, desculpa por ter nascido. Vou parar de respirar neste momento.

          Finalmente uma risada em grupo, aproveitando a situação Merida seguiu com sua sessão de piadas, mais risos. O clima era bom demais! O clima da galera melhor dizendo, poi o clima de tempo… Era frio. Estavam tão felizes. Contavam estrelas e riam das coisas nada a ver que diziam. Nem perceberam o vento, ali, estava soprando mais forte, até que Hiccup sentiu, pois estava a usar uma regata preta e uma bermuda jeans, que ao contrario de seus amigo que estavam encasacados.

        —Man…

        —Que foi Hic?— Questionou Jack.

        —Nada… Só senti um arrepio…

         Só então eles notaram que as árvores estavam balançando mais do que antes. Que a luminaria ferro dependura na varanda dançava e rangia. Que uma música, parecia um coral, cantava longe…

         Dez olhos olhos arregalados olharam agora para a direita: as ruínas. Ali, só tem luzes na portaria e no museu. Na antiga igreja é tudo escuro.

         Tadashi foi o primeiro a levantar.
         —O que foi isso?

         O vento diminuiu e não se ouviu mais nada.
         —Parecia um coral, né, Dashi?— Falou a loira.

         —E o que é que um coral estava fazendo lá dentro… no escuro!

         —Réveillon é o que não é!— Debochou Merida.

         Mais vento… Mas coral. Uma cantoria diferente. Palavras que eles não entendiam.
         Agora todos estavam de pé.

         —Gente! Eu to com medo!— Choramingou Rapunzel.

         —Não… Não é… nada galera!!!— Era Jack tentando acalmar todos.— Alguém deve estar ouvindo aquele CD queos indios gravaram. É… Vai ver são os guardas!

         Mas não eram eles. O grupo sabia disso. A sala do IPHAN fica em frente ao artesanato e estava completamente iluminada. Eles já tinham ouvido o “Adeus ano velho, feliz ano novo” que vinha de lá. Sem cotar as risadas…

         Realmente os dois vigias de plantão não estavam ouvindo aquele CD, estavam assistindo á TV e comendo melancia. Nem sabia que havia cinco adolecentes curiosos e… E morrendo de medo lá fora. Muito menos um coral… Coral de crianças!

         O vento levou o coral e trouxe a cantoria de sinos: seis sinos. Sinos que, na época dos jejuítas, tocavam onze vezes por dia  naquela redução. Sinos que a muito tempo não estavam pendurados e sim, no chão do museu.

         Ficaram imoveis, congelados, petrificados. Os cinco ouviram os sinos. E também ouviram passos que chegavam correndo como se estivesse fugindo. Pela rua escura vinha garota que passou correndo por eles. Quando chegou ao portão do sítio arqueológico parou e virou. Olhava a rua. O escuro. A luz fraca e trêmula mostrou que era uma india. Tinha cabelos longos castanhos, aparêntava ter uns quinze anos… Era uma daquelas meninas que estavam  vendendo artesanato durante o dia? Tinham passado parte da tarde visitando as ruinas, mas nenhum dos cinco lembrava dela. A jovem virou o rosto para a esquerda e deu de cara com eles. Ficou assim: encarando.

        —Olha só a hora galera!— Merida fingiu olhar pra um relógio imaginario em seu pulso.— Acho que também ouvi a mãe do Jack nos chamar, VAMBORA!

         E saíram em disparada… os quatro. Quatro? É… Hiccup ficou ali olhando, encarando a jovem que também não tirava os olhos dele, não conseguia se mover, era como se tivesse hipnotizado.

        Jack só percebeu que Hic tinha ficado para trás depois que já tinha corrido uns cinquenta metros. Ainda correndo, olhou para trás procurando o amigo e freiou. As pedras rolaram e ele caiu sentado no chão. Então o albino viu, no meio da ventania, que no portão do sitio arqueológico, havia cinco pessoas. Se eram meninos ou meninas ele não sabia, mas sabia que maior era aquela que tinha acabado de passar correndo por eles. E viu a sombra dequeles indios esticando o braço direito chamando… Chamando Hiccup. Só então Jack lembrou dele e o viu parado do outro lado da rua. E assim, como se fosse um tipo de zumbi, ele foi caminhando… Caminhando para o portão onde os indios estavam.

         Jack anda no chão, ficou deseperado:
         —HIIIIC! HICCUP!

         Mas ele não ouvia.
         As sombras, uma por uma, foram passando pelo portão e sumindo no escuro do sítio. Ficou apenas a jovem indía. O que sera que ela queria com o Hic?

Continua…
       
     

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