Capítulo Cinco

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Thomas

    Eu me afastei com a finalidade de me concentrar já que logo iríamos tocar, mas não consigo tirar os olhos da Alessandra. Ela bebeu alguma coisa que não deu pra identificar de longe, mas pela cara era algo forte. Quando ela foi andando pra pista, da onde eu estava não conseguia vê-la mais. Fui ao balcão do bar pra avistá-la dançar. E como dança... Ela me hipnotiza. Até agora, me encanta em tudo o que faz. Dança como quem me chama para algo mais. Como se estivesse encantando os homens.

    Agora que ela me viu. E começa a dançar me olhando, mas logo se vira outra vez dançando de costas pra mim. Vejo o babaca do Alexander se aproximar delas. Vou em direção a eles. Não costumo dançar e nem gosto de aparecer assim, mas ele precisa entender que essa mulher não vai ser dele.

    Alcanço uma mão no ombro dele – Com licença, vou dançar com ela. – Ele me dá um sorriso tão alegre, que não consigo entender, já que afinal, estou tomando algo que ele queria.

-Toda sua, cara! – Ele responde.

Eu seguro pela sua cintura, danço com ela, esfregando todo meu corpo nela. Puxo seu corpo contra o meu, seguro seu rosto com a outra mão, e como na música que ela cantava dizia que queria mostrar toda a sujeira que está em sua mente essa noite, entro na dela e sussurro em seu ouvido - Deixa eu saber quais são as sujeiras que tem em mente? – Sem deixa-la responder, a viro de frente pra mim e tomo sua boca num beijo faminto e a como com o beijo. Que boca macia, gostosa, carnuda... Logo ela me traz de volta daquela sensação gostosa com um tapa na cara.

Ouço ela dizer alguma coisa, não entendo uma só palavra, e ela sai nervosa, ela é mais louca do que eu pensava. Ela dança quente como o inferno, com certeza me provocando, e agora vem me dizer que não? Subo em direção à ela, naquelas escadas longas. Ela entra num quarto, e entro atrás dela batendo a porta com toda força. Descontando naquela porta a raiva que estava no momento.

- O que foi aquilo? Quer dar um show? Tá louca? – Digo mais alto do que gostaria, mas estou tomado de raiva – Você me bateu por quê? É adepta a esse tipo de coisa? Porque se for, diz logo porque eu estou fora. Não sou submisso na cama e em porra de lugar nenhum. Não é possível que eu esteja tão enganado. Aqueles seus olhares pra mim. Eu sinto. Vejo o tamanho do seu desejo por mim. E acredite, não é maior que o meu por você. Eu senti sua pele se arrepiar quando dancei com você. – Ela vem com aqueles olhos azuis, apontando um dedo bem perto do meu nariz, diz cada coisa dessas gesticulando como se eu precisasse de sinais pra entender o que está dizendo. Mas não consigo assimilar tudo, quando ela misturou as palavras “esfregando”, “ereção” e “Bunda” numa mesma frase, Como ela consegue falar tanto sem respirar? Ela diz aquilo e vai saindo como se tivesse dito “Vou beber água”.

Chego a uma conclusão diante de tudo o que ela falou: Ela não sabe tudo o que ela é, ou então é mesmo louca!

- Então é isso? – Falo começando a entender. Ela sem acreditar que vou continuar me olha. Resolvo dizer que não tenho namorada, porque percebo que dentre tudo o que ela fala, aquilo é o que mais a irrita. Ela é mesmo diferente. As outras do banco diziam que não se importavam com isso. Me faziam até propostas indecentes.

Encosto ela na porta, esfrego meu corpo no dela, meu pau lateja de desejo por sentir esse corpo. Digo pra ela como me sinto em relação a ela. Sobre os banhos gelados. Essa diaba! Quando penso que vou ser esbofeteado novamente, ela diz apenas que pensa em mim da mesma maneira e que sempre que pensa, fica molhada. Essa é minha perdição!

Eu a beijo, mas dessa vez, o beijo é calmo, sereno, sentindo sua boca por completo, passando a língua em cada parte daquela boca gostosa. Passo a mão pelo corpo dela que se arrepia. Ela responde se esfregando em minha ereção, quando ouço a banda ser anunciada. Me afasto. Droga! Como vou descer nesse estado? E olho pra baixo.

Inocente pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora