CAPÍTULO 26-DANIEL E JOÃO

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Por um longo tempo, Daniel  avaliou tudo o que ocorrera, tudo o que Marta dissera e, finalmente, subiu as escadas encontrando João no quarto  se preparando para vestir roupas, apenas enrolado numa toalha branca, após o banho.

Daniel  aproximou-se lentamente, enquanto João o olhava com um semblante sofrido que cortou o coração do rapaz!

Era como se as palavras de Marta tivessem derrubado todas as barreiras  que ele levantara para tentar odiar aquele que ele não mais conseguia odiar, admitiu naquele momento para si mesmo!

Com mãos trêmulas, Daniel desfez o nó da toalha que escondia o corpo que ele amava e a toalha caiu lentamente no chão, aos pés de João.

O policial despiu o rapaz com carinho, bem lentamente, como se fosse a primeira vez que o fazia, como se fosse a primeira vez que o veria totalmente nu em sua frente.

Nenhum dos dois saberia dizer quem ficara mais feliz ao sentir os corpos se unirem com tanta avidez e sensualidade.

Se amaram como se não se vissem há anos...como se redescobrissem depois de longo e tenebroso inverno em terras distantes e sombrias!

Se amaram até que os corpos não puderam mais reagir...até que pudessem se sentir novamente nutridos da presença e da essência um do outro!

Achando que os olhos fechados do amado indicassem que ele adormecera, Maurício preparou-se para abandoná-lo.

— Não...não se afaste...fique assim... — suplicou Daniel sonolento puxando o corpo de João  para mais junto dele.

— Mas achei que você estava esgotado, meu anjo e queria dormir... — disse o policial  em seu ouvido com suavidade.

— Quero dormir com você ainda dentro de mim...nossos corpos assim, unidos...um só...completos...inteiros._sussurrou o rapaz ainda sem abrir os olhos, como se estivesse num sonho.

João  voltou a unir os corpos com um gemido prazeroso ao perceber que Daniel arrebitava mais ainda o  traseiro de encontro ao seu pau!

— Bem- vindo de volta a sua casa, meu homem... —sussurrou Daniel com um sorriso abrindo os olhos lentamente.

— Realmente eu me sinto em casa... — sussurrou João cheirando a nuca do parceiro._Eu precisava do seu cheiro perto de mim, ou morreria!

— João...por favor, não me deixe...fique...assim até eu dormir... — sussurrou  Daniel  já entorpecido pelo sono que o assaltou, talvez sem sentir o último beijo que  recebeu  na nuca.

Quando acordou, horas depois, Daniel notou que João  estava dormindo de costas para ele. Sussurrou em seu ouvido, após dar uma mordidinha na orelha do outro:

— Me abandonou, meu rei?

— A ferramenta real precisava de descanso, lindo. Não sou mais um adolescente, homem. Preciso recompor minhas forças. — gemeu João fingindo desgosto.

Virou-se lentamente e encarou o namorado com um sorriso. Ele esfregou o nariz no do outro e também sorriu.

— Oi.

— Oi.

— A gente nunca mais vai brigar, ok?! Me senti muito desamparado e carente sem você. Desculpe por todas as tolices que eu falei. Você não teve culpa de tudo ter acontecido do jeito que aconteceu. A vida nos pregou uma peça...em mim e em você, meu amor. Não imagina o inferno que passei esses últimos dias, João!_confessou.

— Imagino sim. Te ouvi chorando todas as noites e chamando o meu nome...implorando por mim...dizendo me come, João...me invade, João...me destrói, João...aí decidi te satisfazer pra não escutar mais sua lamúria, Daniel.— disse João tentando ficar sério.

VOCÊ ME PERDOA, AMOR?-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora