Relearning to love

I - o outono na primavera.

Eu não sei como começar isso, desculpa mesmo. Enfim… eu só quero dizer que eu estou colocando o meu coração aqui, as coisas que eu sinto e as minhas diferentes formas de encarar o “amor”, seja ela a forma como a indústria nos empurra ele ou a forma como eu, com meus poucos anos de experiência e quase 0 tentativas, acho que ‘isso’ funciona. Boa sorte com a jornada de tentar entender alguma coisa, e espero que goste. Bem-vindos à Springville, Utah, uma cidade real que na verdade é enorme, mas que a escritora quis que fosse pequena porque ela queria adicionar essa cidade fofa aqui. Por que Dowoo? Eu não sei cara, eu realmente não tenho uma resposta pra isso.

Desculpa qualquer errinho, eu sou, provavelmente, a maior decepção da carreira da minha professora de Português.

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2:01 AM.

Algum lugar da estrada.

A chuva tomava conta da noite.

          Doyoung observava atentamente as gotas que caíam do céu se chocando contra o vidro da janela do o ônibus. Enquanto todas as outras janelas permaneciam cobertas pela cortininha, a do garoto estava aberta, fazendo um pouco da noite adentrar o interior do veículo. Uma noite chuvosa e fria, comum nas madrugadas de outono, em outubro.

          O vento frio que entrava pela parte superior aberta da janela, abraçava as bochechas gélidas do menino, por onde corriam lágrimas solitárias.

          Uma após a outra. Com um grande intervalo entre elas.

          Sim, ele chorava. Mas não tanto quanto antes. Não tanto quanto antes de resolver “fugir”.

          Mas eu não quero ter que explicar isso agora.

          Segurava uma pequena passagem de ônibus em mãos. A qual dividia seu olhar entre a mesma e o chão de asfalto molhado ao outro lado do vidro, durante as seis últimas horas de viagem que se passara.

          Lia cada pequena letra do papel impresso, e seus olhos sempre fixavam na maior escrita, em negrito. O nome da cidade à qual estava indo. O primeiro destino que encontrou na velha lista da rodovia de Denver, Colorado.

          A mais distante possível, para àquela noite. Talvez pra àquele mês.

Springville, Utah.

          Existiam muitas coisas ali que o fariam achar graça da situação. Nunca se imaginou em Utah, provavelmente o penúltimo estado da América que se atreveria a conhecer, apenas atrás do Texas, claro.

          Mas naquele momento, o garoto de cabelo negros sentiu, por curtos segundos, a vontade de soltar uma abafada risada pela ironia do destino. Literalmente.

          A ironia de ter escolhido um destino que levava o nome de “Vale da Primavera” em pleno outono que castigava o estado de Utah.

          Tudo para dar errado.

          Mas não riu. No fundo, ele nem achou tão engraçado. O que era grave, já que o garoto costumava rir de tudo.