Capítulo 1/2

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S/N voltava para casa carregada de sacolas, chegando exausta. Tinha andado por toda a cidade comprando presentes para sua família.

Entrou no pequeno apartamento tipo estúdio onde morava sozinha e colocou as sacolas na cama, depois foi pegar um suco na geladeira.

Quando tirou o celular da bolsa viu que tinham várias mensagens. Uma de sua mãe e várias de seu amigo. Ela se sentou para ver os recados. A mensagem de sua mãe estava dizendo que a esperaria no aeroporto na manhã da véspera de Natal, no Brasil.

S/N morava na Coréia há pouco mais de um ano, trabalhando, estudando e tentando desesperadamente conhecer seu grupo preferido, o BTS, em especial Suga, a maior paixão de sua vida.

As outras mensagens eram de seu amigo Choi Jinhyuk, inclusive um áudio, que ela ouviu, atenta a voz grossa e sexy dele.

"Jinhyuk:- S/N, tentei te ligar a tarde toda e não consegui falar com você... parece que você esteve bem ocupada... – ele fez uma pausa – Bom, eu só queria te ver amanhã à noite, sabe, depois que você voltar do trabalho. Eu... preciso te entregar seu presente. Vou estar em casa, me liga, tá? Até depois!"

S/N sorriu, adorava ouvir a voz dele. Aliás, adorava tudo nele, sua dedicação ao trabalho, sua lealdade com os amigos, sua fé, seu amor incondicional pela família, seu humor, seu sorriso charmoso que derretia corações.

Ele se tornara seu melhor amigo desde que começara a trabalhar no escritório do pai dele, CEO de uma grande empresa, logo depois de chegar na Coréia.

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Manhã seguinte, faltando dois dias para a viagem ao Brasil...

Pela manhã bem cedo, S/N estava nos fundos do prédio, carregando o porta-malas do carro com os presentes. Ela teria que trabalhar até o último minuto antes de ir para o aeroporto, por isso queria deixar tudo adiantado.

Estava tão concentrada para não esquecer nada que não notou um estranho se aproximando por trás dela. O homem a agarrou por trás, pelo pescoço e S/N gritou. Rapidamente uma mão muito forte tapou sua boca com força enquanto ela se debatia tentando se soltar.

Um segundo homem veio correndo ajudar o comparsa e golpeou a nuca de S/N com toda força. A moça perdeu os sentidos. Ele a pegou no colo e jogou no porta-malas do carro preto que os aguardava ao lado.

Um dos homens fechou o porta-malas do carro dela, para não atrair atenção e ambos entraram no veículo, que saiu apressadamente.

Ninguém viu nada, pois àquela hora não havia movimento na silenciosa rua atrás do prédio onde ela morava e eles seguiram tranquilamente pelas ruas de Seoul.

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Algum tempo depois...

S/N começou a recobrar a consciência e se viu no escuro, deitada de lado, e em movimento. Não demorou muito para que ela percebesse que se encontrava no porta-malas de um carro.

Ela tentou se mexer um pouco e sentiu uma dor aguda na nuca e, ao tocá-la com os dedos, sentiu sua mão ficar úmida, com certeza com sangue.

"Ai, meu Deus!" ela pensou. "Ser sequestrada as vésperas do Natal!" De repente ela se lembrou do celular. Como tinha descido até o estacionamento sem bolsa ou bolsos, S/N tinha colocado o celular na frente de sua barriga, por baixo da camiseta, preso na cintura da calça legging.

Tateou a procura dele e suspirou de alívio ao descobrir que os bandidos não o tinham encontrado. "Preciso ligar para a polícia!".

Ela discou rapidamente o número, mas o celular não completou a ligação. O carro deu um solavanco e ela quase derrubou o aparelho. Tentou novamente e não conseguiu completar a ligação.

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