Dia de tempestade

Cap. 1

Boa leitura <3
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Scarlett P.O.V.s

10 anos antes...

É minha primeira festa do pijama, mamãe disse que eu podia ir, mas não senti confiança, ela sempre fica assim quando acontece algo diferente, papai ficou feliz, ele vive dizendo pra eu me enturmar mais. Ser filha unica é um saco, não tenho ninguém para brincar em casa. Às vezes meu pai brinca comigo, quando ele esta em casa, claro. Ele diz que trabalha na matá impedindo os caras maus de entrarem na nossa cidade, meu herói. Mamãe trabalha em casa, para poder tomar conta de mim, os amo muito.

— Scar! desça,  já estamos indo!! —Escuto minha mãe gritar do andar de baixo.

Meus pais vão me levar agora para a casa da Penn, minha melhor amiga, hoje ela faz 7 anos, eu fiz mês passado, já sou grande.

Pego minha bolça e desço as escadas, vejo meus pais sentados no sofá me esperando. Eles disseram que vão aproveitar que não estou e vão sair para almoçar, eu disse:

— Não quero mesmo, la vai ter cachorro quente — e dei linguá.

Eles ainda tiveram a audácia de rir na minha cara, fiquei brava,mas ignorei, além do mais, eles são meus pais, o que mais eu faria?

Meu pai é o primeiro a me ver e levanta, minha mãe percebe e levanta junto. Ele pega a bolsa das minhas costas e abre a porta. Estão lindos, papai com seu melhor terno e mamãe com seu melhor vestido, vermelho longo, que combina com seu cabelo ruivo e olhos verdes. Puxei os olhos dela e o cabelo castanho cacheado do meu pai. Tenho pele escura, meus pais disseram que puxei a vovó, mãe disse que ela esta no céu agora.

Quando entramos no carro começo a morder o lábio inferior ansiosa pela festa,mamãe esta inquieta, mas papai esta com um sorriso enorme no rosto.

— Quer mesmo ir filha?— ela pergunta pela milésima vez.

Confirmo com a cabeça e ela volta a ficar inquieta. Demoro um pouco mas finalmente chegamos. Papai foi o primeiro a sair e abriu a minha porta ao mesmo tempo que a porta da casa é aberta por uma desesperada chamada Penn.

— Scarlett, finalmente você chegou! — ela corre na minha direção de braços abertos e pula em cima de mim.

— Parabéns Penn! — Grito também, o que faz meu pai me dar um cutucão.

Penn começa a me levar para dentro da casa, mas meu pai me puxa para um abraço, retribuo.

— Se diverte, tá? e qualquer coisa liga.

— Eu sei, pai — falo entediada

— Eu te amo.

—Também te amo.

Ele me solta e a mamãe me abraça, com tanta força, tanta... reviro os olhos.

— Também te amo mãe, amanhã estou em casa.

Me solto do abraço e corro pra dentro, dou uma ultima olhada para traz e mando um tchauzinho, vejo eles abraçados me olhando, ambos com um enorme sorriso no rosto, eles retribuem o tchau e Penn fecha a porta, solto um suspiro e me viro para a casa, que eu já conheço muito bem.

— O pessoal estar la dento, só faltava você. — ela avisa correndo para dento.

Vou junto e encontro a sala de star toda decorada, 80% do chão cheio de edredons fofos. Tem umas 5 amigas minhas da escola brincando de boneca, abro um sorriso, tiro os sapatos e corro até elas.

A tia Débora, mãe da Penn, está sentada no sofá lendo um livro de romance. Tem varias comidas e filmes.

Todas nós sentamos em circulo e contamos sobre os crushs secretos, o que foi engraçado já que a tia Débora também entrou na brincadeira. Ela e o pai da Penn não moram juntos. Penn também contou sobre o crush dela, a Tia foia que mais prestou atenção, não conseguia decifrar o olhar dela. Ela faz varias caretas, duvida, raiva, felicidade... me confunde. Lá fora começa a cair maior temporal. Quando deu a hora de dormir,todas deitaram e apagaram num minuto, pra mim esse é o pior momento, começo a sentir falta dos meus pais, não gosto de dormir longe deles. Um trovão souá do lado de fora e dou um pulo da cama. Agora chega. Corro para o andar de cima onde a Tia dorme e abro a porta do quarto dela lentamente.

— Tia, está acordada? — falo baixo, quase num sussurro.

— Sim minha Linda, entra.

Conto para ela que quero ir para casa e ela faz uma careta mas confirma, liga para meu pai e eles ficam conversando por um tempo, não consigo escutar por que ela saiu do quarto no meio da conversa. Quando ela volta, está com um meio sorriso no rosto.

— Ele já está vindo, querida.

Eu confirmo e ela deita do meu lado, ficamos esperando meu pai por um tempo e acabo dormindo como todas as outras meninas. Quando acordo,ainda estou no quarto da Tia e ele esta vazio, me levanto e vou para o andar de baixo, as meninas todas foram embora, só estava a Penn e a mãe dela, as duas com uma cara fechada.

— O que foi tia? meu pai não conseguiu vim ontem anoite?

— Meu amor, preciso te levar para casa ta? — A Tia fala... tão séria que perco a voz.

Ela levanta, pega a minha bolça e me leva para o carro, as ruas estavam destruídas, acho que foi a chuva. Um frio percorre a minha espinha e perco todo o ar.

— Tia, cadê meu pai?

— Vai ficar tudo bem, meu anjo.

Lagrimas começão a escorrer pelo meu rosto de desespero, quando a Tia percebe ela acelera mais. Os soluços vem logo em seguida. Chegamos em frente a minha casa e percebo que esta cheia de parentes, quando vejo o cabelo ruivo da minha mãe se me chendo entre as pessoas desço do carro correndo e vou em sua direção.

— Mãe! — grito correndo mais rápido, ela me olha e corre na minha direção também.

— Minha filha! — ela grita e me pega no colo — está tudo bem, meu amor, vai dar tudo certo — de perto percebo que ela também está chorando.

— Cadê o papai,mãe?! onde está ele?!

—Ele está no céu agora, filha, junto com sua avó.

Esse com certeza foi o pior dia da minha vida, vi minha mãe desmaiar, minha tia chorar e logo no dia seguinte foi o enterro. Ver o corpo do meu pai dentro de uma caixa de madeira sem abrir os olhos e mais pálido e frio que o normal. Não existe dor maior. O pior de tudo, foi culpa minha.

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Eae gente!! (>wO)

Espero que tenham gostado U.U

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Até o próximo capítulo!
Bye bye <333