Ele realmente era estranho, sempre calado, neutro, intangível, parecia não gostar de ninguém, se afastava dos garotos e não olhava para as garotas, nem mesmo Sakura, e ela era bem asanhada. A gente sempre esteve "junto" desde o primário, mas ele talvez nunca tenha me notado, teve o intercâmbio do segundo ano médio para a Espanha, a classe toda foi, e ele não me notou, a gente se formou, e a situação piorou, a família dele se mudou para Filipinas, e desde então eu não sabia nada, nada mesmo dele, ele não usava rede social, não gostava de telefone ou algo assim, mesmo que seu irmão Itachi usasse o Instagram, ou twitter, não era a mesma coisa, eu não teria coragem para falar com ele, e ele não postava muita coisa sobre seu irmão.
Os anos se passaram, eu aluguei um apartamento em Tóquio, me formei como nutricionista, e não que eu esteja querendo me gabar, eu não era o melhor, mas um dos mais renomados da cidade, digamos que "trabalhar" juntinho do meu chefe no meu último emprego foi bem útil, o filho dele Shikamaru hoje é gerente de um banco, então foi fácil conseguir um empréstimo, com ótimas condições de pagamento, assim eu poderia comprar uma loja e transformá-la em minha clinica inicial.
De um tudo aparecía por aqui, Atores, cantores, atletas, gente do dia a dia, todos mesmo, era bem diversificada a minha carreira, ainda bem que eu me formei rápido, 25 anos, não sei, mas ainda me sio tão jovem quanto me sentia na escola ou faculdade.
Terça-feira, um dos dias mais movimentados da semana, meu telefone tocando sem parar, uma anotação atrás da outra, além dos atendimentos em domicílio, tinha os clínicos, fazia parte do meu ofício.
Mas uma vez o telefone tocando, eu apanho ele antes da minha auxiliar — alô! — digo.
— Dr. Uzumaki? Sou eu, Sai! — ele é o consultor de viagens nacionais de atletas
— Sim, o que foi cara? — pergunto, porquê, pelo que eu me lembro, eu não lembro de nenhum atleta que vende o por agora
— Então, estou com um cara aqui, ele acabou de finalizar nos jogos olímpicos de Abu Dhabi, e veio para cá, e estará indo daqui uma semana para a China, então precisamos de você cuidando dele nessa semana! — explicou ele
— Ah, tá ok, então mande-o para cá, eu encaixo ele nas 15h am de amanhã tá? — digo
— certo! —
Atleta é? Jogos olímpicos? Esse deve ser importante! Pensei! Mas, será quem ele é? Eu esqueci de perguntar o nome dele ao Sai, talvez eu o conheça de algum evento, ou não.
Não sei ao certo o por quê! Mas, alguma coisa em mim, me deixava ansioso, talvez, o mistério sobre o nome do rapaz, apenas isso, as vezes eu nem me entendo direito, enfim, vamos ver o que a gente tem que trabalhar.
A manhã seguinte, acordo cantarolando, é minha "rota" matinal para boa sorte, eu me entrego ao belo prazer de ter levantado da cama, tomo meu café, bem light claro, escovo meus dentes, troco de roupa, entro no carro e vou para o trabalho.
Ao passar pela 5th rua com a 9th, eu vejo a antiga casa dos Uchiha, mas depois de oito anos, é a primeira vez que vejo um carro estacionado na frente da casa, e caixas para todos os lados, confesso que mesmo sem ter nada a ver com aquilo, alguma coisa me preocupava, não PREOCUPAVA, mas me deixava ansioso, nervoso, não sei explicar, continuo minha rota até o trabalho.
Chegando dou "Oi, bom dia" de praxe ao porteiro da galeria onde fica a clinica, e vou até ela, a Dra. Shizune já havia aberto o consultório para preparar os pacientes.
— Bom dia Nah, tudo bem? — ela me chamar de Nah, na frente dos pacientes é muito constrangedor, mas ela é minha amiga de faculdade então...
— Dia amiga, eu tô ótimo, porém preocupado não sei com o quê, mas estou. — digo, enquanto coloco meu jaleco
— O primeiro paciente já está na sala de massagem, quer passar lá para falar com ele primeiro? — diz ela
— Pode ser, você me traz um café por favor? — sigo para a sala
— Eu levo lá! —
A sala de massagem não era a minha eu sou Nutricionista e não massagista, mas fica ao lado, e a gente sempre está junto, então eu posso atender os clientes em qualquer área, desde que ele esteja em ambos os tratamentos.
Abro a sala, e quase que automáticamente meus olhos foram "puxados" para a bunda do rapaz, coberta por apenas uma toalha, menos que uma toalha de rosto.
Meu profissionalismo tinha ido pro ralo, e eu estava calado, paralizado a verdade, até ele começar.
— Dra? Podemos começar? — diz ele, uma voz fria, que parecia sugar a alma, penetrava nos meus ouvidos e descia por todo meu corpo
— Ah... Então, a Dra. Anko ainda não chegou, eu sou o Nutricionista, que vai te ajudar para os jogos. — digo, quase que gaguejando
— A tá, então o que tem pra mim? Uma ficha para preencher? — questiona
— Primeiro eu tenho que retirar seu sangue, só algumas gotas, nem precisa se levantar! — digo, enquanto coloco as luvas, e o estalo das borrachas ecoa pela sala
— Sabe, eu tenho medo de agulhas.. — diz ele, eu estava de costas para o rapaz, e não o vi levantar — poderia ser gentil comigo? — ele estava nu, bem na minha frente agora, e eu estava perplexo, rígido como uma pedra, e sem palavras para o momento, mas eu sabia que as minhas aflições de ontem para hoje, não eram erros, eu estava certo que algo ia acontecer, era ele, Sasuke Uchiha, por isso as caixas na frente da casa dele, mas ele parece que não me reconheceu
— Senhor, poderia colocar a toalha por favor? — coloco a mão sobre meus olhos, para que não veja seus atributos, era bem chamativo aliás
— Pra quê? É só uma injeção, logo eu volto a deitar! Não é? — diz ele
— Sim! Mas... S-são normas Senhor! — digo, enquanto ele se aproxima ainda mais de mim
— Então, por quê não coloca você mesmo? — ele me olha com aqueles olhos negros e vazios, sua pele branca, onde parecia nunca ter sido exposta ao sol, e seu pênis ereto, direcionado para cima, não sei porquê!
— S-senhor eu, não posso fazer isso.. — vou me aproximando da porta — eu volto logo, para pegarmos o sangue!.. — abro a porta, e saio correndo até a minha sala, sento e começo a respirar e expirar bem fundo para me acalmar. Não é possível que ele não se lembre de mim, e ele é gay, e ele estava excitado, e ele é louco, o que ele estava pensando? Não sei! Mas, eu teng que voltar lá, agora.
(autor: espero que gostem >_<, eu estava em dúvidas sobre voltar a escrever, mas um amigo muito amigo meu, me disse que eu deveria muito, então, olha eu aqui, escrever me faz bem, amo vocês!) ❤👏
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DISCRETOS ¡!
Fanfiction- Ele acha que é assim? Sumir, voltar e me pegar? Não, eu não sou um brinquedo, e aliás, ele nem se lembra de mim, e se lembra eu não sei, mas ele brinca comigo. O problema é que eu não consigo deixar de pensar nesse idiota, ele me faz sentir bem, e...
