Capítulo 8

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Eu mantinha meu sorriso enquanto encarava meu pai, não queria o mostrar nenhuma face além dessa. Não me arrependia e faria de novo se fosse possível, ele não entendia ele não queria entender, então para que gastar meu tempo tentando me explicar? Ele podia falar o quanto quiser, podia espernear ou mostrar sua melhor carranca a resposta era a mesma:

- Eu não me arrependo! – disse em alto e bom som para ele e todo o conselho ouvir.

- Você sabe o grau do seu desrespeito moleque? – um dos anciãos do conselho falou – Você colocou em risco não somente sua vida, mas o futuro de Naslam.

- Parem de falar demais – sorri novamente irritando-os mais ainda – eu apenas aprendi um pouco mais sobre as pessoas, o povoado e a vida; coisa que não aprendo trancado aqui dentro.

- Tire esse sorriso do rosto Jeon! – meu pai falou autoritário – ficara de castigo e terá que gravar todas as leis de Naslam.

- Eu já gravei! – o murmúrio se fez audível e todos pareciam admirados – Eu não cometi um pecado grave, eu apenas...

- Cale-se! Já basta dessa sua...

- Meu Rei o menino tem razão – meu fiel instrutor interrompeu o rei, ele também fazia parte dos anciãos porem era um dos mais novos – ele é jovem, e tem a mente totalmente diferente de Jung o prender aqui dentro só trará revolta para o mesmo, mas e se ensina-lo sobre o mundo, sobre a estenção do seu reino.

- Está encobrindo ele? – o Rei pareceu desconfiado

- Estou apoiando ele! – todos começaram a falar juntos – já esta na hora de um futuro rei próximo ao povo vivendo junto deles, chega dessa distancia, o povo não faz mal apenas nos ajuda.

Todos se olharam, alguns tinham medo de concordar com as ideias outros não tinham duvidas que ele dissera a verdade e ainda havia poucos que reclamavam das loucuras que saiam da boca de meu instrutor. Eu apenas respirei fundo, fechei meus olhos e pensei em tudo, tudo que meus amigos falavam para mim, tudo que eu queria para o meu reinado, tudo que queria mudar e não aceitava.

- O que você tem a dizer Jeongguk – o rosto do meu pai não mostrava mais raiva, e sim decepção e curiosidade.

- Não quero ficar preso aqui, quero ser acessível, quero ser livre, o reino merece alguém assim que se aproxime, que os ouça, que os de segurança; o medo não pode mais nos dominar, desde minha infância nos fechamos por medo do povo e isso não resultou em nada somente ódio deles sobre a gente, já esta na hora de mostrarmos que somos amigos e não dominadores, eu cansei de ser dominado, cansei dessas ordens, porem não desistirei de ser um Rei. E agora faço uma pergunta: como vocês acham que o povo se sente?

Todos ficaram em silencio, ninguém me deu uma resposta foi a deixa para eu continuar:

- Eu vi como se sentem, e tenho a certeza que ainda dá tempo de concertar isso, então pai eu volto a dizer: EU NÃO ME ARREPENDO!

Vi um sorriso surgir no rosto de meu pai, orgulho? Ironia? Eu não sabia identificar, porem estava disposto a aguentar o castigo que fosse pelas minhas ideias e decisões.

- Finalmente você falou como um Rei meu garoto!

Ele havia entendido que não era egoísmo, que não era uma afronta, que não era uma guerra por atenção; que era apenas liberdade que eu queria, para ser do jeito que eu era e como eu desejava.

- Teremos que fazer algumas mudanças com sua guarda, mas se quer isso... Então terá meu filho!

Agradeci com uma reverencia, aquele era o começo eu sei que não seria como sempre quis, mas era um começo não é mesmo, eu queria contar a novidade para minha mãe e principalmente para Sun, não sei por que, mas aquela garota estava tomando meus pensamentos.

"O primeiro passo é dizer, dizer de coração" me lembrei do que Jin disse para mim
'E o segundo hyeong?'

"Esperar que eles entendam!" ele olhou para o horizonte e sorriu.

A Realeza | BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora