CAPÍTULO I.4

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      Meia hora depois, ela ligara para Ricky, já tendo tirado o pijama e vestido calças jeans e um sueter. O fato de estar vestida a fizera se sentir um pouco melhor e de conseguir falar sem se desmanchar em lagrimas.
     Relatara-lhe a visita de Vicent, ouvindo-lhe a resposta:
     - Querida, eu sinto muito... Queria lhe contar, mas tive tanto medo de perdê-la. Está tudo acabado com ela, desde que a conheci. Amo você, Belinda, por favor, me perdoe. Quero me casar com você, e não com a Meg...
      Ela o perdoara; amava-o demais para agir de qualquer outra maneira. No fim de semana seguinte, haviam seguido de carro para a casa dos pais dele, decididos a desafiar toda a família.
       Ricky assegurara que lhes havia contado como se sentia e que iria se casar com ela. Dissera também que haviam acatado sua  decisão. Por todo trajeto Belinda sentia-se nervosa, ansiosa.
    - E seu irmão? - perguntara.
    Ricky fizera um careta de desagrado.
    - Vicent também estará presente.
     Belinda ficara ainda mais apavorada. Odiava Vicent e, ao mesmo tempo, tinha medo dele. O irmão de Ricky era contrário àquele casamento, e sua oposição seria o mais difícil de superarem. Não desejava encontrá-lo novamente.
      Aquela era a última coisa de que se lembrava: a viagem para a casa dos Garret. Agora, em seu quarto de hospital, pensava em tudo o que acontecera mas não conseguia se lembrar do acidente.
    Num minuto, estava sentada no carro com Ricky,  nervosa e insegura pelo encontro iminente com a família dele; no instante seguinte, havia sido engolfada num vácuo escuro e profundo, para despertar naquele quarto, sem saber o que houvera entre um acontecimento e outro. Há quanto tempo estava ali? Como teria sido o acidente? O que houve com Ricky?
      Não sabia de nada... Mas, quando se sentisse mais forte, talvez quando sua mãe chegasse, iria exigir algumas respostas.
      A porta do quarto se abriu e, relutante, Belinda virou a cabeça esperando ver a enfermeira Hay com a medicação, ou o dr. Courtney disposto a lhe fazer mais um de seus intermináveis exames.
  Porém, nenhum deles surgiu. Quem estava ali, parado a sua frente, era um homem alto e loiro vestido com um pesado sobretudo azul-marinho. Através do pequeno quarto, seus olhos se encontraram: os dele, cinzentos, examinando-lhe o rosto atentamente; os dela, arregalados de susto.
     Belinda podia se lembrar muito bem dele, embora tivessem se encontrado apenas uma vez. Como poderia esquecer, ou perdoar, Vicent Garret?

Eu sei, eu sei. Esse cap está micro, mas prometo que o próximo estará cheio de revelação e emoção!

Com amor,
Cinthya.

Bianca: As Mais Belas Histórias De AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora