Capítulo 104

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Steve narrando:

Menti mesmo, idai? Vão fazer o que? Merda nenhuma.

Filha da puta tem a coragem que me deixar na porra do meio da rua! E se eu não tivesse lugar pra ir? Desgraça surtada aquela ali, falei e falo de novo. Tava sussa, aí ela vem com uma putaria dessa, tomar no cu!

Vim pra boca cedo pra caralho, porque não consegui dormir naquele colchão duro. Passei na padaria e comprei uns pães e um copo de café. A cada movimento que faço minhas costas reclamam.

Olhei no celular e são quase sete horas, daqui a pouco eles saem... Mal pensei e o vapor fala no rádio dizendo que eles saíram e que os ficha limpa foram atrás.

O Nicolas adiou a reunião, ele falou que aconteceu umas merda aí e não tem como fazer. Melhor ainda, porque não tô nem um pouco afim de ir.

A porra dos anéis ainda tão comigo, a vontade que eu tô é de jogar isso no lixo, mas me lembro que foi caro pra cacete.

Assim que penso em começar a organizar a encomenda das armas alguém fala no rádio de novo.

-Aê patrão, a patroa e a mulher do Pistola deram um perdido na gente e não estão na faculdade e nem na escola.

Olhei para aquele rádio e esperei o filho da puta dizer que era mentira, que os três estão nos devidos lugares. Mas o que eu escuto é ele perguntando se eu escutei. Peguei o rádio com força e tenho certeza que a qualquer momento ele vai se quebrar na minha mão.

-Eu pago vocês pra cumpri minhas ordens seus filhos da puta! COMO VOCÊS SEIS PERDERAM ELES DE VISTA? E ainda de carro? Eu juro a vocês que se eles não aparecerem ainda hoje, vocês vão visitar o Diabo, SEUS DESGRAÇADOS!

Joguei o rádio na parede e ele se abriu no meio. Me levantei da cadeira e derrubei minha mesa fazendo todas as coisas nela caírem.

Ela não pode ter me deixando de novo,  ela me falou que me amava caralho!

Pego meu celular e ligo para ela, mas cai na caixa de mensagens, filha da puta desligou o celular!

Sai da minha sala pisando duro e começo a andar em direção a do Pistola, juro por Deus que eu mato a desgraça da Débora se foi ela que encheu a cabeça da Morena.

Assim que abro a porta vejo ele e o moleque sentados na cadeira.

-ONDE CARALHO ELAS FORAM?- gritei e dei um soco na mesa, fazendo o moleque se assustar e o Higor me olhar feio.

-Primeiro fala baixo e te controla que meu filho não precisa presenciar teus showzinho de merda não! E do que tu tá falando?

Cheguei mais perto dele e na hora ele se levantou colocando o pivete para trás dele. Segurei na gola da camisa dele e ele me olhou nos olhos, mostrando que não estava nem um pouco com medo.

-Não te faz de sonso, que eu sei muito bem que tu sabe onde eles estão!- praticamente rosnei e ele me empurrou pelos ombros.

-Quando tu parar de ser esse escroto do caralho, ela vai parar de agir desse jeito e tu não vai tá precisando perguntar pros outros onde ela está!

E deu as costas pra mim, pegando o Enzo e indo em direção a porta.

-NÃO DÁ AS COSTAS PRA MIM!- ele simplesmente ignorou e saiu da sala tentando acalmar o pivete.

Passei as mãos nos cabelos e puxei eles com força.

-PORRA!- e virei a mesa com força. Fui até o frigobar e peguei um litro de vodka, dando um gole na mesma e saindo da sala.- JUNTA AQUI!- os vapores me olharam assustados e começaram a vim e parar na minha frente.- EU QUERO OS FICHA LIMPA TUDO NO ASFALTO PROCURANDO MINHA MULHER. ELA TÁ NA PORRA DA BMW! ENTENDERAM?- eles responderam sim e começaram a se afastar.

Tomei mais três gole da vodka que desceu queimando e joguei a mesma no chão, fazendo ela se quebrar e subi na moto indo em direção a goma.

Assim que cheguei deixei a moto estacionada no meio da rua e entrei na casa. Subi a escada correndo e entrei direto no meu quarto, fui até o closet e minha raiva só aumentou.

FILHA DA PUTA DO CARALHO!

Minhas roupas porra! O que merda ela tem na cabeça? Nenhuma aqui foi barata não!

Olhei para as roupas dela e estavam tudo lá, bem organizadinho. Fui até lá e tirei todas as blusas jogando no chão e pisando em cima. Não vai ser só minhas roupas que vai ficar destruídas não!

Peguei umas na mão e comecei a rasgar. Tenho que descontar minha raiva em alguma coisa e tenho certeza que não vou conseguir fazer isso nela, não do jeito que quero.

Depois de fazer um estrago nas roupas dela, sai do quarto e entrei nos dos meninos, fui no closet e as roupas deles estavam lá, um pouco bagunçadas mais lá.

Fui no quarto da Madu e entrei no closet. As roupas dela estavam praticamente enroladas e jogadas no closet.

Ou ela está brincando de esconde-esconde ou ela preferiu desaparecer e comprar roupas novas no quinto dos infernos onde ela for.

Prefiro muito que seja a primeira opção!

E depois ainda acha ruim quando não deixo ela sair da porra dessa maldita casa!

Desci as escadas e fui até a cozinha, abri a geladeira e peguei o litro de Rum que estava na mesma. Tirei a tampa e tomei um gole, queimando tudo dentro de mim.

Peguei outro litro de vodka e subi pra laje.

Se ela desaparecer com meus filhos de novo, eu mato ela dessa vez. Já perdi quase quatro anos da vida deles, não quero perder nem mais um minuto.

●●●

-Chefe?

-Fala caralho!

Já são quase três da tarde e esses desgraçados, filhos da puta não encontraram eles. Só tenho incompetente trabalhando pra mim.

O Higor nem deu mais as caras e eu também não vou atrás. Já tomei os dois litros de álcool que peguei e mal consigo me levantar. Não me lembrava que Rum era forte pra caralho.

-Encontramos a Patroa e os pivetes!- não sei como, mas consegui me levantar na hora. Quase caio, mas consegui ficar de pé.

-E tão esperando o que pra falar?

-Eles estão no shopping, nós brinquedos com os pivetes.- não sei se sinto alívio ou mais raiva.

-Manda eles entrarem no carro e virem para cá. Quero eles aqui em quinze minutos!- falei com a voz cheia de raiva e desliguei o rádio.

Desgraçada estava o tempo todo na porra do shopping com meus filhos, sem da nenhuma satisfação e eu aqui morrendo de preocupação.

Quando um Caraí desse morre não sabe o porque.

Fui andando em ziguezague até a escada e depois comecei a descer vagarosamente.

De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora