𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mc

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Estava ajudando minha mãe a preparar o jantar. Minha irmã preferiu sair de casa pra deixar a gente mais "tranquilo". Como se fosse possível ficar tranquila com isso. Meu celular vibra, era uma mensagem do Léo avisando que tinha chegado. Parei o que estava fazendo e fui abrir o portão.

— Oi vida - Abraço ele. 
— Oi amor - Beija minha cabeça - Ele tá de bom humor?
— Tá com o mesmo humor de sempre - Fecho o portão.
— Então tô fodido - Rimos.
— Relaxa, vai dar tudo certo.

Caminhamos pra dentro de casa e assim que meu pai o viu, se levantou do sofá.

— Eai Leonardo - Estende a mão.
— Eai - Faz o mesmo.
— Tá sumido.
— Pois é, mó correria - Diz.
— Oi Léo - Minha mãe sai da cozinha.
— Oi - Se abraçam - Tudo bom?
— Ótima e você?
— É, tô indo - Ri.
— A comida tá pronta - Minha mãe diz.
— Janta com a gente, Leonardo? - Meu pai pergunta.
— Eu já tinha chamando ele pra vir jantar aqui, pai - Digo.
— Ah, tá bom então - Vai pra cozinha.
— Vai dar tudo certo - Minha mãe sorri pra gente e o segue.
— Eu não tenho tanta certeza disso - Léo me olha.
— Calma - Seguro na mão dele - Nossa véi, cê tá gelado.
— Eu tô nervoso amor.
— Percebi - Ri.
— Vocês não vem? - Meu pai chama.
— Estamos indo - Respondo - Fica calma, vai dar certo.

Dou um selinho nele e então fomos pra cozinha.

•••

— Querem a sobremesa já? - Minha mãe pergunta.
— Não, tô de boa - Digo.
— Eu também, obrigado - Léo diz - Na verdade, eu queria falar com vocês.
— Agora? - Olho pra ele.
— Não adianta enrolar - Suspira.
— Pode falar - Minha mãe diz.
— Então, não sei se vocês sabem, perceberam ou desconfiam e tal, mas eu curto muito a Maria e ela também me curte e a gente resolveu dar um passo a mais e a gente...
— Não - Meu pai diz.
— Mas pai, ele nem terminou de falar.
— Nem precisa, eu não deixo vocês na namorarem.
— Acontece que eu não tô pedindo, eu tô só falando - Leonardo diz rápido.
— Amor, calma - Digo.
— Amor? - Meu pai pergunta - Então vocês já estão namorando.
— Sim, estamos - Léo fala - Por isso eu tô aqui, tô tentando falar isso, mas você não deixa.
— Mas é muita ignorância mesmo - Meu pai diz - Com certeza minha resposta é não e eu não vou deixar, se você não sabe, minha filha é menor de idade.
— Ela é, mas a partir dos quatorze ela não é considerada criança - Leonardo diz - Eu sei e você também sabe que se você denunciar e a Maria for depor que ela também tinha comum acordo nisso, não acontece nada.
— Léo, para - Olho pra ele - Calma vocês dois, por favor.
— Maria ...
— Pai, deixa eu falar, por favor - Olho pra ele - A decisão já foi tomada, independente ou não de você aceitar, nós vamos ficar juntos.
— Não se eu não deixar.
— Você mesmo sempre me disse que éramos amigos, que não era pra te esconder nada, é o que eu tô fazendo, abrindo o jogo com você, se você não deixar a gente vai continuar escondido.
— Maria Eduarda, ele não é o cara certo pra você minha filha, não estuda, não trabalha e ...
— Eu trabalho sim - Leonardo diz - E pode não parecer, mas tenho certeza de que trabalho bem mais que você.
— Cala a boca Leonardo - Olho pra ele.
— Não Maria, eu não vou deixar ele ficar me diminuindo assim não, eu já entendi que ele não aceita, mas me desmerecer também não, né?
— Pai, por favor, não tô pedindo sua permissão, tô pedindo respeito, já falei, a decisão foi tomada.
— Pra mim já deu - Meu pai levanta e vai em direção ao quarto.
— Dá um tempo pra ele - Minha mãe diz se levantando - Ele vai acabar aceitando.
— Eu acho que não - Suspiro.
— Vai sim - Beija minha testa - Vou falar com ele, sinto muito Léo.
— Me desculpa, acho que eu me exaltei um pouco.
— É - Ela ri - Mas fiquem tranquilos.

Ela saiu da cozinha e então encostei minha cabeça no braço dele.

— Desculpa - Pede - Acho que o jeito que eu falei não ajudou muito.
— Tá tudo bem - Suspiro - Ele não iria aceitar nem se você tivesse beijado os pés dele.
— E agora?
— Não sei.
— Acho melhor eu ir - Diz - Se ele voltar e me ver aqui vai ter um ataque cardíaco.
— Provavelmente - Rimos - Queria ir com você, mas não acha que seja uma boa, querendo ou não eu moro com eles, não podem controlar quem eu beijo, mais podem me deixar trancada pra fora.
— E daí? - Me olha - Perfeito, a gente vai morar junto.
— Claro que vamos - Ri.

Levantamos e quando estávamos saindo, meu pai aparece.

— Onde você pensa que vai?
— No portão, posso ou você quer ir junto?
— Olha como você fala comigo, você me deve respeito.
— Você também e nem por isso tá usando, né?
— Maria Eduarda...
— Calma - Minha mãe aparece - Filha, cinco minutos.

Concordei com a cabeça e saímos. Abri o portão e ele ficou do lado de fora.

— Vai ficar bem? - Me abraça.
— Aham - Encosto a cabeça nele.
— Qualquer coisa me liga, se eu não atender você pega um Uber e vai pra minha casa.
— Calma - Ri - Ele não vai me matar.
— Tô falando sério amor - Beija minha testa - Amanhã eu te busco na aula, pode ser?
— Tá bom - Sorri - Te amo.
— Também te amo.

Nós nos beijamos rapidamente e então ele foi embora.