Capítulo 105

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Melinda narrando:

Assim que abri aquela maldita porta, dei de cara com o Steve sentado no sofá e uma garrafa de vodka na metade na mão e os lábios molhados.

Ainda bem que eu briguei com a Débora para ela levar os meninos pra casa dela, porque a última coisa que eu quero é que eles vejam o pai nessa situação e depois eu provavelmente ter que inventar uma desculpa.

Ele percebe minha presença e da um sorriso sarcástico.

-A princesa já cansou de brincar de esconde-esconde?- perguntou e se levantou, mas cambaleou e caiu no sofá de novo.

Fiquei calada apenas olhando para a situação crítica dele e vi o rosto dele se contorcer de raiva.

-QUE MERDA TU TEM NA CABEÇA? Como tu desaparece com meus filhos no asfalto, sendo que qualquer um pode pegar vocês? Quando eu te deixo trancada nesse caralho tu acha ruim, né porra?- em um movimento rápido ele jogou a garrafa em minha direção, e passou de raspão, chega escutei o zumbido no meu ouvido.

Ela bateu na parede e quebrou me fazendo gritar e sobressaltar. Olhei incrédula pra ele.

-TÁ FICANDO LOUCO CARALHO? E SE TIVESSE PEGANDO EM MIM?- ele sorriu de novo.

-Não ia pegar.- falou calmo.- Mas eu deveria arrastar tu cara no asfalto.- falou sério e a raiva me consumiu.

-Como é? Tu me pede em namoro, depois fala que vai comer a primeira vadia que vê pela frente e acha que eu tenho que aturar isso de boas? SE VOCÊ ACHA ESTÁ MUITO ENGANADO!- ele conseguiu se levantar e andou na minha direção.

Me agarrou pela cintura e comecei a bater no peitoral dele tentando afastar o mesmo, mas o filho da puta mesmo bêbado consegue ser mais forte.

-Tu sabe que é minha e tem que me respeitar.- falou bem no meu rosto, quase me embebedando com o hálito dele.

-Primeiro, não sou de ninguém. Segundo, que respeito bebê? Primeiro respeita os outros então. Agora me solta que tu tá me machucando!- falei entre dentes e ele simplesmente riu, como se eu fosse a porra de uma palhaça. Fechei a cara e ele riu mais.- Por que porra tu tá rindo?- ele jogou a cabeça pra trás ainda rindo e então tocou a ponta do nariz dele na ponta do meu.

Paralisei na hora e meu coração começou a bater forte.

Bipolar do caralho!

-Você fica fofa com raiva!- e então abriu aquele sorriso com as covinhas a mostra.

Filho da puta bonito.

-Demo, me solta!- falei estressada e ele me encarou sério.

-Já falei pra tu parar de me chamar assim!- ele ainda estava segurando meus pulsos, porém de força mais leve.

-Então me faz parar!- dei um sorriso provocativo e ele me encarou sério, antes de sorrir pervertido e colou os lábio deles nos meus.

Tentei sair de perto dele, porque convenhamos, não aguento esse cheiro e gosto de álcool. Empurrei ele pelo peito, já que o mesmo soltou meus pulsos para pegar na minha bunda e me afasto rápido.

-Você está fedendo!- faço uma careta e ele gargalha de novo. Com certeza efeito da bebida.- Vai tomar um banho!- me virei pra subir a escada e ele pegou minha mão, me puxando pra ele.

Assim que olhei para o mesmo ele estava com uma caixa vermelha na mão, que de longe você sabe do que se trata.

Desviei o olhar da caixinha e olhei para o rosto dele, ele tinha uma expressão séria e então soltou minha mão. Abriu a caixa e tirou um anel grosso e brilhoso de dentro dela.

De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora