O elevador está vindo e estou louco para entrar nele e ir para o meu apartamento. É sexta-feira à noite, acabo de voltar do meu trabalho e tudo o que quero é sentar no meu sofá e assistir TV até dormir.
Pra ser mais especifico, não dormir.
Os canais 150, 149 e 152 vão se encarregar de me entreter essa noite. Posso assistir meus programas favoritos enquanto me masturbo ao mesmo tempo. Mal posso esperar por isso. Esse é um dos privilégios de se morar sozinho. Esse é um dos motivos pelo qual eu vim morar sozinho.
O elevador se abre, mas tem alguém dentro. Ele é loiro, alto e... muito bonito. Esta vestido com uma calça jeans escura que deixa sua cintura muito sexy.
Nunca o vi aqui antes, penso ao entrar no grande espaço do elevador.
Noto pela primeira vez que o estou encarando mais que o devido. Para a minha sorte, ele está me encarando de volta. Desvio o olhar para o meu reflexo de cabelo castanho bagunçado e os óculos na frente do rosto. Quero logo entrar no meu quarto, tomar uma ducha, para depois bater punheta enquanto penso nesse loiro... que esta me encarando.
- O-oi - fico sem jeito.
Ele me avalia antes de responder.
- Oi - sua voz é firme e seus lábios estão abertos numa expressão enternecedora.
- Você mora aqui? - pergunto, ajeitando minha mochila.
- Não. Você mora?
- Sim, eu moro - respondo.
Penso em dizer mais alguma coisa, porém ele se recosta perto de mim. É mais alto do que eu pensava e tem pernas que, com aquela calça, definitivamente me fazem querer bater uma punheta.
- Veio visitar alguém? - tento me focar na conversa.
- Não. Você quer?Franzo a testa, me perguntando se ouvi direito.
- Se eu quero o quê?
- Minha visita.
Meu Deus, ele esta totalmente flertando comigo. Ele ajeita a camisa e sem querer tenho um vislumbre de seu abdome perfeito.
- Bem... - pigarreio. - Se não estiver muito ocupado.
- Não estou - ele da um sorriso enternecedor. - Como se chama?
- Karl.
- Ok, Karl, me chamo Pedro. Em que andar você mora?
- Sete.
Ele assenti.
- Sete - ele se debruça e aperta o botão, tocando o braço no meu por um segundo. - Ok.
Fico rubro. Talvez eu não tenha apenas que ficar assistindo TV e me masturbando esta noite. Talvez.
- Você mora com alguém? - ele pergunta.
- Não, moro sozinho - respondo.
- Huum - ele me olha nos olhos. - Isso é bom.
- Bom? Por quê?
Ele se vira para mim, o corpo forte e muito bem exercitado, me olhando bem dentro dos olhos.
- Podemos fazer coisas.
Sorrio de leve.
- Que tipo de coisas?
Ele sorri de leve.
- Coisas que pessoas que moram sozinhas fazem - ele diz, passando a mão enorme no abdome, o que desconfio que por querer.
- Gosto dessas coisas - olho descaradamente para seu corpo.
YOU ARE READING
Sorte Sexual
RandomAcompanhe as aventuras de Karl Hale Kimbledon que com dezessete anos passa a entrar em uma espécie de Sorte Sexual que vai mudar a sua rotina. Em um dia é Pedro, o vizinho estranho e novo, no outro Lucas, o padeiro. E a lista só aumenta. Aos poucos...