10 contos de terror 2 continuação

mulher da cumeeira 2

Todos os dias, não importa se foi um dia bom ou ruim eu sempre tenho pesadelos, ela nunca me deixou em paz nem mesmo depois de eu ter saído daquela casa.

   Não sei porque mas hoje isso está me deixando muito louca, eu não sei se é o calmante que to tomo por indicação médica que pode está me deixando ver coisas, mas tomo há muito tempo então não tem como ser o remédio, senão já teria acontecido isso antes, já que preciso dele se não eu me excito quando fico lembrando de tudo que já aconteceu comigo, e o remédio faz com que eu fique calma.

    Eu tenho que ir pra casa não consigo ir trabalhar hoje nesse estado, meu carro está logo ali na frente. estou muito tonta não estou conseguindo ficar em pé.

"Aline eu quero você, porque você foi embora e me deixou aqui sozinha? 

Aline eu quero você, volta pra tua casa volta, estou te esperando, sua família também, seu irmão pediu para te chamar, volta Aline... volta... volta... volta... volta...

   Me acordo gritando pedindo para ela ir embora e me deixar em paz, olho para os lados e vejo minha tia me olhando assustada e perguntando o que eu tinha.

   percebo que era só mais um pesadelo, e esse sim parecia mais real que qualquer outro pesadelo que já tive, olho pra ela e digo que não foi nada, peço a ela para voltar pra cama.

   Será que eu nunca vou ficar em paz fico me perguntando.

   E escuto uma voz vinda do sótão dizendo que não, pulei da cama de tão assustada que fiquei. Eu saí do quarto e  bem trêmula fui até quarto da minha tia que era em frente ao meu, e vi que não era ela, fiquei com mais medo, no fim do corredor tem a escada que dá pro sótão, e fiquei me perguntando se eu deveria subir para ter certeza do que eu estava pensando, e decidi voltar pro meu quarto pois deveria ter sido coisa da minha cabeça, entro no meu quarto e deito na cama, pego meu crucifixo e fico rezando, começo a chorar pensando nos meu país, até hoje não sei o que aconteceu com eles, mas pelo que que aconteceu com o meu irmão não deve ter sido diferente, mas porque ela não me levou também? Essa pergunta não sai da minha cabeça.

    Enfim quase pegando no sono escuto novamente a mesma voz trêmula e quase falha vindo do sótão falando algo que eu não compreendia direito. Meu corpo fica em choque, arregalo os olhos e fico inquieta, saio do meu quarto e fico no corredor olhando para a escada, dou três passos em direção a escada e meu coração começa a bater mais forte, tomo uma atitude e caminho sem parar e começo a subir a escada, já em cima tento encontrar onde acender a luz e sinto uma mão gélida passando em meu pescoço fico arrepiada e dou um grito tento vê quem é mas não consigo vê nada nesse escuro. Tropeço em algo duro e a luz se acende, levo um susto já que não fui eu quem acendeu a luz e escuto a voz da minha tia perguntando o que eu estava fazendo aqui em cima, quando eu ia respondê-la a mesma voz falha voltou a falar e dessa vez estava mais alta e bem do meu lado, olho pra trás com receio de já saber o que me esperava, e lá estava ela de costas em cima da cumeeira agachada, peço para que minha tia saia do sótão o mais rápido possível e a porta do sótão se fecha sozinha.

   Ela começa a falar dizendo que eu tinha demorado para a encontrar e que não estava aguentando mais de tanto esperar, ela já estava muito irritada e isso seria pior pra mim.

   Tento abrir a porta mas está emperrada não consigo abrir, minha tia começa a fazer várias perguntas e pede desculpas por não ter acreditado em mim na época, digo a ela para que fique calma que essa coisa não está querendo pegar ela e sim a mim.

    E ela começa falar que eu estou errada.

Pergunto porque ela não me matou na outra casa, e ela me responde que só não me matou porque iria sobrar mais uma pessoa da minha família viva, fico confusa e pergunto porque ela está fazendo isso com minha família e ela responde com uma voz rouca e falha - eu mato por prazer eu não tenho nada para fazer durante minha vida longa que tenho, então saio matando famílias inteiras sem deixar escapar um se quer e é isso que vou fazer aqui e agora!-

  Ela dá um pulo e segue se rastejando rapidamente em direção a minha tia e a agarra pelas pernas começa a dar várias mordidas que arrancam os pés dela, eu tento quebrar a mansarda para tentar escapar, mas ela me pega e me puxa para trás com tanta força que  bato com a cabeça no chão e fico tonta, não consigo me mexer direito, só consigo escutar os gritos de dor que vinham da minha tia enquanto aquele monstro a comia viva, e de repente sinto uma mão alisando meus cabelos e com um esforço consigo virar minha cabeça e vejo um homem, e fico confusa daí percebo, é ele é ele sim, meu irmão, ele está tão grande, fico feliz por estar vendo ele, mas será que é real mesmo ou é coisa da minha cabeça, mas estou sentindo a mão dele sinto o calor que vem dele e ligeiramente ela aparece na minha frente tira a mão dele da minha cabeça com força e começa a me morder e então não vejo mais nada...