Prólogo.

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Nathaniel Hayes.

"— Qual seria o problema? Ele vai ser só mais um garoto que se apaixonou por mim, sem contar que eu e o Dylan poderíamos ficar juntos sem problema algum, já que meu pai é um saco — Disse a garota pelo qual eu era apaixonado, meu estômago embrulhou, mas eu precisava terminar de assistir aquele vídeo.

— Brooke, o garoto não tem absolutamente nada com o seu rolo e você envolvê-lo nisso não irá ajudar... — Mad, sua melhor amiga, tentou impedi-la, pelo visto era a única sensata ali. No entanto, ela parecia disposta a continuar.

— Sem contar que você não teria coragem — Completou o babaca do Oliver com um riso frouxo e foi exatamente por isso que Brooke tomou coragem. Ela amava desafios, eu só não esperava ser um deles.

— Um mês, é tudo o que eu preciso!— Disse ela dando um corte em sua bebida e direcionando seu olhar para mim que apareci no vídeo, sem ao menos perceber que aquilo tudo estava sendo gravado, aliás eu não imaginava nada daquela conversa e se eu tivesse imaginado, teria feito mais sentido para uma garota como ela se aproximar de mim."

Burro. Burro. Burro.

A gravação havia terminado e eu ainda observava o celular em minhas mãos, meu coração estava acelerado e eu podia sentir meu rosto queimar ao devolver o aparelho para Dylan que me olhava com um sorriso de canto, provavelmente satisfeito com a situação.

Percorri meus olhos por todos que ali estavam, incluindo Oliver e Madison.

— Vocês sabiam disso o tempo todo? — Perguntei e seus olhares sobre mim eram carregados de pena, o que fez meu sangue ferver ainda mais.

Dei alguns passos para trás indignado. Eu não conseguia chorar e ao menos queria fazer isso na frente deles.

Umedeci os lábios respirando fundo e tentando permanecer firme naquela situação, mesmo que parecesse impossível, visto que eu sentia uma vontade incontrolável de chutar tudo que estivesse em minha frente, incluindo Dylan que era o único que sorria com tudo aquilo.

O olhar entristecido de Brooke pairava sobre mim, o que nesse momento, não significava absolutamente nada.

— Eu posso explicar... Isso foi antes que eu me apaixonasse por você — Disse ela e eu balancei a cabeça em negação, jogando a garrafa que estava em minha mão no chão, assim a mesma se despedaçou, atraindo olhares de pessoas que estavam próximas à nós.

— Vai pro inferno Brooke, vão todos vocês pro inferno — Meu tom saiu mais ríspido do que o esperado, enquanto eu sentia  uma dor tão grande me dominar que preferi me retirar daquele meio, lotado de pessoas vazias.

Eu corri para fora e respirei fundo o ar fresco, Brooke conseguiu me alcançar e puxou meu braço, atraindo meu olhar para ela.

— Nate, você foi a melhor coisa que me aconteceu — Choramingou com seus olhos fixos nos meus.

— E você  foi a pior coisa que eu nunca tive — Disse me soltando de sua mão antes de caminhar em passos firmes até meu carro e sair dali o mais rápido possível.

Ali, sozinho e longe de todas aquelas pessoas, eu me permiti sentir. As lágrimas escorriam simultaneamente enquanto eu dirigia e nada além de lembranças passeavam em minha mente.

Para mim ela foi como um sopro de ar quente, eu me sentia seguro. Estar com ela, fazia com que cada partícula de mim se sentisse anestesiada, longe de toda e qualquer dor. Mas, eu fui burro, burro o bastante para acreditar que ela seria mesmo o meu anestésico, quando na verdade ela havia sido quem mais me machucava, causando em mim a maior das dores, a dor de um coração partido.

Desde que te encontreiOnde histórias criam vida. Descubra agora