Primeira vez - Imagine Fanboy Jin (OneShot)

Capítulo único

Point of view s/n

Guardava meu material na mochila. Era sexta-feira e as aulas haviam acabado neste momento. Pego o livro que sempre carregava na mão, coloco a mochila no ombro e saio da sala.
Meu nome é Lee s/n, tenho 17 anos, meus pais são americanos, porém, nasci na Coréia do Sul, onde moro até hoje com eles. São gay, uma orientação não muito aceita na sociedade como as outras. Me descobri com 13 anos, escondi isso de tudo e todos com medo de não ser aceito e, principalmente, com medo dos meus pais, mas tive a sorte deles me aceitarem e, até fazer piadas comigo, de bom gosto é claro. Também tive a sorte de estar em uma escola que lida bem com esse assunto, tem o grupinho homofóbico e aqueles que respeitam e os que são. Há vários casais por aqui, assim como eu e meu namorado, SeokJin. Namoramos um pouco a mais de um ano. Ele era tímido, ainda é um pouco, mas se enturma bem e perde até a vergonha as vezes.
O conheci a 2 anos atrás, ele era novo na escola e estava meio perdido, pediu minha ajuda e nos tornamos amigos. Com o tempo, ele me contou seu segredo, também era gay, mas não havia dito aos pais ainda, porém, quando tomou iniciativa, que foi depois que começamos a namorar, seus pais não tinham um conhecimento muito aberto sobre isso, no entanto, pensaram que homossexuais fossem uma gangue. Explicamos a eles e ocorreu tudo bem e aqui estamos, sendo felizes, sem medo de arriscar.
Guardava alguns livros e caderno que não precisaria no fim de semana, já que na próxima semana não haverá aula, somente na quinta e sexta, mas uma boa parte da escola não virá.
Vejo a porta de meu armário se mexer, queria fechar, mas não fechava. Levo um susto com Jin a fechando de uma vez

- Que susto cara - digo colocando a mão no peito, realmente havia me assustado.

- Desculpa, mas não aguentei s/n - ele diz me puxando para um beijo, recusei.

- Não, sem beijos ou carícias até eu esquecer esse curto episódio.

- Deixa de ser bobo s/n - ele diz humorado, saí andando em passo lentos - Se me der um beijo, faço brigadeiro hoje e amanhã para você.

Paro no meio do corredor e analiso sua proposta. Eu amo brigadeiro e o que Jin faz, é irresistível, qualquer coisa que ele faça de comida, fica uma delícia. Ele queria muito cursar gastronomia, acredito no potencial dele, ele será capaz disso e muito mais

- Sem chantagens Hyung - Jin era mais velho um pouco mais de 6 meses.

Rimos e fui até ele, logo o selei, queria aquela brigadeiro, queria qualquer coisa de Jin. Somos um casal com várias piadinhas, principalmente por ter nos conhecido tão cliché. Ele, novo na escola e logo um trabalho em dupla, ele e eu fizemos o trabalho, um ótimo por sinal. Cliché, mas gostava da nossa história.

- No que está pensando s/n? - Jin me chama atenção, fiquei um pouco avoado.

- Na gente - respondo com um sorriso largo.

- De novo pensando naquele cliché? - disse óbvio.

Ele não gostava muito do nosso cliché, na verdade, não gostava de nenhum cliché, mas ele conseguia fazer um cliché, negava, mas também era cliché.
Começo a rir da cara dele, ele passava a língua entre os lábios, logo começando um riso gostoso. Não aguentei, o beijei. Amava nosso beijo, amava cada momento nosso, era nossas mãos se tocarem e o tempo parava ali, era somente nós, só nós dois.

- Acho que já podem parar - um colega de sala passa rindo, ele nos interrompeu.

- Vamos para casa

- É vamos Seok - digo pegando em sua mão.

Saímos do prédio, pegando o caminho para casa. Não morávamos juntos, mas era um objetivo nosso. De vez em quando, dormimos um na casa do outro, hoje é um exemplo, na semana sem aula, iríamos para um sítio de sua tia, lá era calmo e confortável, um paraíso, tinha balanços onde eu e Jin brincávamos feito crianças. Fui lá só duas vezes, e estou ansioso para ir novamente e aproveitar cada momento ao lado desse homem.
Passamos pelos mesmo lugares que passamos de manhã, quando víamos para a escola, isso mostrava que estávamos no caminho certo para casa. Jin falava de suas receitas preferidas e eu ficava ansioso para experimentar cada um. Resolvi provocá-lo, envolvi meus braços no poste e enrosquei uma das pernas e girei abraçado simulando um Pole Dance. Logo o mesmo me tirou dali afirmando eu ser maluco.