So Good

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Depois de ter terminado os vestidos que eu precisava entregar amanhã para as irmãs gêmeas da Alya, olhei para o relógio e notei que estava quase na hora da patrulha marcada com meu parceiro.

Ia esperar um pouco enquanto mexia no celular, mas lembrei que horas antes, Adrien tinha vindo no meu quarto como Chat Noir, me ajudou a costurar, me beijou e simplesmente foi embora depois disso.

Ele não podia fazer coisas do tipo. Eu precisava me vingar – claro que não fazendo algo ruim, era uma vingança boa.

Fui até a cozinha e coloquei dois croissants numa sacola de papel. Tinha prometido um a ele se me ajudasse com os vestidos. E a prova concreta de que ele me beijou e depois fugiu, foi que ele nem se lembrou do croissant. Ou seja, se sua intenção não fosse fugir, Adrien teria exigido seu "pagamento".

- Tikki, spots on! – me transformei e saí pela janela, na direção da casa de Adrien.

Assim que cheguei no prédio em frente, notei que ele estava deitado em sua cama, provavelmente conversando com Plagg.

Então, usando meu ioiô, entrei pelo vidro aberto de sua janela. O loiro se assustou com a minha entrada repentina e levantou apavorado.

- Ah, é você! – fiz uma expressão falsa de ofendida.

- Nossa, é assim que você me recebe?

- Na pior das hipóteses poderia ser um akuma. Não se entra assim no quarto dos outros. – ri, já que ele fazia exatamente isso na minha casa.

- Irônico, não é, Chat Noir?

- Eu posso.

- E por quê? – Adrien ficou de pé e se aproximou. Sabia que ele tentaria me deixar constrangida mais uma vez, no entanto, agora eu era a Ladybug, não a Marinette.

Tudo bem, eu sei que somos a mesma pessoa. Mas Adrien era apaixonado pela Ladybug antes de se apaixonar pela Marinette e do mesmo jeito que eu ainda agia com cautela com ele sem a máscara, ele fazia o mesmo comigo com a máscara.

- Porque eu sou incrível! – disse com um sorriso convencido e eu me aproximei mais ainda do seu rosto.

- Não mais do que eu! – Adrien ficou com as bochechas levemente avermelhadas, surpreso, não imaginando essa reação vinda de mim. – Aqui estão seus croissants. – entreguei a sacola de papel pra ele – Já que você fugiu antes de eu conseguir te pagar. – saí da frente dele, e fui na direção da sua cama.

- E-Eu não fugi. – ri percebendo que ele tinha gaguejado. Então minha visita como Ladybug tinha funcionado.

- Tudo bem, se você diz. – dei de ombros e sentei na sua cama.

- E longe de mim reclamar, mas o que está fazendo aqui? Aposto que não veio só me entregar os croissants.

- Vim porque mais tarde temos uma patrulha marcada e como terminei os vestidos antes...

- Você vindo mais cedo? Vai chover?

- Há há há! – dei uma risada falsa – Mas tudo bem então, se não quer minha presença eu posso ir embora! – levantei dando de ombros e Adrien segurou o meu braço.

- Não, eu não d-disse isso. – segurei a risada. Era muito engraçado ver o efeito que eu estava causando nele, o mesmo efeito que ele adorava causar em mim.

- Então você quer que eu fique? – pude ver que ele paralisou, não conseguindo responder, embora eu já soubesse o que ele pensava. – Na verdade sua resposta não importa muito, vou ficar de qualquer jeito.

Dear LoverOnde histórias criam vida. Descubra agora