Capítulo: 8 - Uma pequena ajuda dos meus amigos

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Tudo parecia estar no lugar na hora que deitou-se para dormir. Gás desligado, filha na cama. E ainda assim, sua cabeça estava a mil. Pensava em Sam, o de antes. E o de agora. E eles pareciam tão distintos, mesmo que dividissem algum traço aqui e ali. Definitivamente algo estava diferente. E então como um alarme,algo soou em sua cabeça. Não importa se ele não era mais o mesmo. A confiança fora partida e isso, nem o novo Sam, seria capaz de mudar. 

Na manhã seguinte ela preparou o café e então foi acordar a sua pequena rebelde. E tamanho foi seu susto ao ver a cama vazia. Procurou pela casa, desceu até o roll de entrada e nada. Era como se a menina tivesse desaparecido no ar. E então ligou para a última pessoa no mundo que gostaria de ouvir a voz naquele momento. 

Cait: Alô, Sam. A Sophie está com você? (tentou disfarçar o desespero que sentia. Se acontecesse algo com sua pequena jamais se perdoaria) 

Sam: Por que estaria? 

Cait: Ah, meu Deus! (não conseguia mais disfarçar nada. O homem era a única esperança que tinha.) 

Sam: Cait? O que houve? 

Cait: A Sophie sumiu. (foi a única coisa que conseguiu dizer antes de cair no choro) 

Sam: Estou indo aí e chamamos a polícia,ok? 

O loiro chegou em pouquíssimos minutos. Encontrou Cait devastada no sofá. Já havia ligado para amigos, para os pais dos colegas da escola e ninguém tinha notícia da menina. 

Ligaram para a polícia no mesmo instante que Sam colocou os pés em sua casa. E eles começaram as buscas algumas horas depois. Uma criança tão pequena não podia não ser vista caminhando sozinha pelas ruas. Ainda mais esta criança que era filha de uma pessoa mega famosa. As horas passavam e nenhuma nova pista aparecia. O telefone começou a tocar com trotes que não levavam a nenhum lado. E cada hora que passava a esperança parecia diminuir um pouco. Sam tentou fazer com que Cait comesse algo mas ela negava sentir fome. Só havia uma coisa que ela queria e o homem não podia dar. 

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Não muito distante dali, Sophie caminhava tentando encontrar a casa de Sam. Era muito pequena para ter um celular e para lembrar com exatidão aonde o homem morava. Entrou escondida em um ônibus e foi parar no outro lado da cidade. Pessoas a olhavam, algumas no intuito de ajudar e outras com a ideia de conseguir algo com a menina. Até que uma senhora se aproximou dela. Não parecia ser uma pessoa ruim ou querer lhe fazer algum mal. A levou para sua casa, que não era tão distante dali. E lhe deu algo para comer. E um casaco. 

Senhora: Você não acha que está muito pequena para andar sozinha por aí a essa hora da noite? 

Sophie: Eu estava indo para a casa do tio Sam mas eu não me lembro muito bem aonde fica. 

Senhora: E sua mãe? Ela deve estar morrendo de tanta preocupação. 

Sophie: Eu também não me lembro como chegar até ela. 

Senhora: (olhou a mochila que a menina carregava para ver se encontrava, ali, alguma pista) Balfe. Onde será que já ouvi esse nome? 

Sophie: A senhora vê televisão? 

Senhora: Não muito. Por quê? 

Sophie: A minha mãe trabalha dentro dela. 

Senhora: Ah, é? E como ela se chama? 

Sophie: Caitriona Balfe. 

Senhora: A atriz? Nossa! Vou ligar para a polícia para que eles possam vir te buscar. 

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Cait havia sido sedada. Não conseguia parar de se culpar pelo desaparecimento de sua filha. Não queria comer e então um amigo seu,que era médico achou melhor lhe dar um remédio para dormir, mesmo que leve. Sam e Donal estavam a cargo das notícias sobre Sophie. Já passavam da meia noite quando a polícia ligou e avisou que uma senhora havia afirmado estar com a menina. E mesmo que achassem que fosse trote iriam investigar. Mas que somente teriam certeza pela manhã. Uma dupla de policiais fora mandada ao outro lado da cidade para averiguar se a mulher estava falando a verdade. A senhora demorou a abrir a porta. A menina acabara de dormir e ela já não tinha bons ouvidos. Mas jamais se aproveitaria da dor de uma mãe. Mostrou a pequena criança aos policiais, que conferiram na foto dada por sua mãe mais cedo. Era ela. Não haviam dúvidas. Um deles pegou Sophie, ainda dormindo, nos braços e outro tratou de pegar os dados da senhora para que a recompensa fosse dada. Sam desde o início ofereceu, de seu bolso, uma recompensa pela menina. Uma policial bateu na porta de Cait por volta da uma da manhã. Ela ainda estava dormindo. Sam correu para atender. E Donal respirou aliviado ao ver Sophie sã e salva. O amigo de Cait se prontificou a ficar cuidando da casa e pequena fugitiva até que Cait acordasse na manhã seguinte mas Sam insistiu em ficar. Em parte, também se sentia culpado. A menina fugira tentando encontrar sua casa. Ele ficaria e cuidaria das duas, mesmo sabendo que de manhã a morena poderia o expulsar dali. 

Ele colocou Sophie na cama e lhe fez prometer nunca mais fazer tal coisa. Ela ainda estava com raiva do que havia sido dito por sua mãe na noite anterior mas entendia, a sua maneira, que o que fizera não estava certo. Sam lhe contou que sua mãe estava dormindo porque ficou muito nervosa e triste com seu sumiço. Fazendo com que a menina ficasse triste. 

Sophie: A mamãe disse que eu não podia te ver. Eu estava te procurando pra fazer ela mudar de ideia.

Sam: (sorriu) Ela não vai mudar de ideia,Sophie. Eu a machuquei muito no passado. Não espero que você entenda ainda. 

Sophie: Você foi o moço que partiu o coração da mamãe? Eu ouvi uma conversa dela no telefone. 

Sam: Sim. Fui eu. Sabe quando você gosta muito de alguém e ainda assim faz besteiras? 

Sophie: Eu pensei que somente crianças fizessem besteiras. 

Sam: Não. Adulto também faz. Só que besteiras que magoam muito mais. 

Sophie: E não tem como pedir desculpas? Quando eu faço isso a mamãe me perdoa. Ela diz que quem fala a verdade não merece castigo. 

Sam: Ela tem razão. 

Sophie: E então? 

Sam: Esse é justamente o x da questão. Eu menti. 

Sophie: Você acha que a mamãe vai me perdoar dessa vez? Eu falei coisas muito feias. 

Sam: Ela vai te perdoar. Ela te ama muito. E estava muito triste por não saber aonde você estava. 

Sophie: Ela também te ama. Se ela pode me perdoar, ela pode perdoar você. Não acha? 

Sam: Não. É diferente, sabe? Coisa de adulto. (ela bufou) Agora vá dormir. (lhe deu um beijo. E foi direção ao sofá) 

"O que se deve fazer quando seu amor vai embora? Te preocupa ficar sozinho? Como você se sente no fim do dia? Te entristece ficar sozinho? Não! Eu vou conseguir com uma pequena ajuda dos meus amigos."

Oi, gente. Tudo bem? Espero que gostem do capítulo e comentem. Desculpem a demora mas me divido entre trabalho, faculdade e um pé quebrado. Vou tentar postar com mais frequência. Beijos. E até a próxima. 

O trailer do meu suposto amorWhere stories live. Discover now