Unidos a Uma Humana

Cap 1

Autora Narr.

[.C.]

E mais uma manhã de trabalho se iniciava, Castiel não estava com nenhum ânimo de sair de sua confortável cama, e sabia que continuar dormindo não era uma escolha, mas seu corpo não entendia isso, seus olhos pesados seguiram para o lado onde se depararam com uma bela mulher que respirava relaxadamente indicando o quão bem dormia, seus cabelos castanhos desgrenhados sobre seu próprio corpo desnudo que o ruivo sorriu ao lembrar da diversão que teve com ela durante toda a noite.

A filha do antigo beta do supremo, ou seja, beta de seu pai, ela de longe era a única opção para dar prazer ao recente supremo, um rapaz jovem, belo, admirado por muitos e amado por muitas, que sabia bem como conquistar todas as mulheres que queria.

Mas o ruivo não gostava da ideia de deitar-se com raças inferiores, orgulho? Sem dúvidas, cresceu com a ideia de que sua linhagem não devia ser manchada com nenhuma pessoa que fosse de um nível inferior.

Muitas vezes dormia com vampiras, feiticeiras, elfas, fadas, entre outras raças, mas nunca, nunca se permitiu deitar-se com uma humana, vistas por ele como tão inferiores quanto ômegas, só a ideia de beijar um ser tão fraco já o deixava com o estômago embrulhado e despertava seu mau humor.

Seus pensamentos foram jogados para longe com um leve balançar da cabeça, sua mão jogou seus fios vermelhos para trás e em seguida passou por seu pescoço e ombros, relutante se levantou para ir ao banheiro onde fez sua higiene matinal, ao finalmente reparar no espelho ficou chocado.

—Desgraçada, ela me marcou em todo lugar!– Grunhiu visivelmente irritado, odiava que deixassem marcas em seu corpo, por isso em suas transas deixava que tocassem minimamente seu corpo, mas pelo que parecia havia se descuidado, e agora teria de andar com roupas que combrissem aquelas áreas avermelhadas pelas unhas e roxeadas pelos chupões.

Bateu na pia de mármore se xingando mentalmente por ter permitido isso, então saiu do banheiro e foi até o closet onde vestiu já sua roupa para o trabalho, camisa, calça social, terno e gravata, particularmente odiava usar tudo aquilo, costumava usar apenas a camisa e a gravata afrouxada, não gostava de usar terno, embora tentasse ir para o trabalho com a peça normalmente já tirava ao estacionar o carro por tamanho calor e incômodo, mas hoje não teria jeito, graças a sua transa.

Deixou que a mulher em sua cama continuasse dormindo e saiu do quarto, em passos preguiçosos foi para a sala de jantar onde seu beta já o esperava como de costume.

—Parece que teve uma noite agitada...–Disse enquanto colocava um tablet com todos os eventos do dia com um suspiro de desaprovação, o ruivo se sentou e em sua cadeira de costume enquanto olhava os horários marcados.

—Fala sério, não fizemos tanto barulho assim.–Sorriu o alfa.

—O cheiro dela está impregnado em você, e se está vestido tão formalmente é porquê ela marcou lugares que não devia.–As vezes tinha raiva por seu beta conhecê-lo tão bem, as vezes mais bem do que ele próprio.

Bufou e pegou sua xícara de café recém servida por uma de suas empregadas.

—Li, por favor, leve café da manhã para a convidada no quarto do Supremo, prepare como se fosse você que estivesse lá, e diga-lhe que o alfa sente muito mas precisou resolver questões no trabalho.–Cada palavra do beta em um tom calmo e gentil como de costume, a empregada assentiu com um sorriso e se retirou do ambiente.

Castiel como o esperado é dono de uma das maiores empresas já vistas, afinal, quando se tem centenas de anos é fácil fazer seu negócio lucrar de forma anormal, mas isso não vem ao caso.