Capítulo 1 (reescrita)

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Eu estava com sangue cobrindo meu corpo um sangue que não era meu, mas sim da minha mãe e meu irmão mais velho, meu pai olhou para mim e começa a caminhar em minha direção, com o desespero crescendo dentro de mim por ser a próxima a morrer, me rastejo pelo chão tentando chegar à saída, mas sou puxada pelos cabelos.

- Jordan, por favor - eu chorava de ódio, medo, tristeza - não chega perto.

Eu havia conseguido desenvolver telecinese com o tempo, uma mutante, a escória de sociedade. Com o poder consigo afasta-lo de mim o que me dava tempo de correr para qualquer lugar, até o inferno era melhor que ficar naquela casa. Saltei ao tropeço para fora da casa e corro algumas quadras depois da minha casa, estava escuro não via nada além de ruas vazias, e em cada sombra eu via a ilusão dele. Ofegante, eu paro em frente ao um prédio que falavam que ele era místico, com magia.

Não dava tempo de pensar, ele estava atrás de mim, corro até a porta e bato, e de novo e de novo.

- POR FAVOR, ABRE POR FAVOR - grito socando a porta de carvalho.

"eu vou morre, pelos deuses".

Ele estava chegando perto, perto demais, viro as costas para a porta e me encosto na madeira que parecia pesasa, eu já estava esperando minha morte. Mas, como um milagre, escuto a porta sendo destrancada e logo sendo aberta, caio no chão de costas e me arrasto para dentro dando chutes no ar.

- fecha a porta, fecha! - logo a porta se fecha - ai meu deus, eu estou viva... viva - sussurro para mim mesma, me encosto na parede mais próxima, junto os joelhos ao corpo e cubro o rosto com as mão e me desfaço em lagrimas.

- você esta bem? Você esta coberta de sangue, o que aconteceu?! - um homem de aparência elegante e com roupas diferentes se aproxima de mim - de quem estava fugindo?

- meu pai, ele matou a minha mãe e meu irmão, eu era aproxima - digo entre choro - me desculpe entrar assim.

- está tudo bem. Meu nome é Stephen Strange, e o seu? — Ele falou com cuidado.

- Ágata Smith - respondo tentando me acalmar. Somos interrompidos com a porta se abrindo com força, era meu pai que havia arrombado a porta.

Com a meu poder eu levanto as mão e eu o jogo para fora novamente e com um movimento meu, a porta se fecha. Senhor Strange me olha pasmo, os olhas arregalados e a boca entreaberta.

- Como você fez isso?

- Eu tenho telecinese, foi assim que eu fugi do meu pai. Não fica com medo, por favor, só quero ficar viva — suplico.

- eu não tenho medo de você, eu sou um mago supremo.

- espera, não foi você que impediu o ataque daqueles homens em Hong Kong a três dias atrás?

- eu comecei a morar aqui a três dias atrás - ele falou e me encara por um tempo, não quero sair dali, eu morreria. Acho que ele viu isso pois ele falou — tenho uma proposta.

- qual? - pergunto de imediato.

Qualquer coisa era melhor que lá fora.

- você mora aqui, e trabalha aqui comigo e você pode viver normalmente, protegida e alimentada, que tal?

- Eu vou ficar segura? — Ele assente — eu moro com você - dei ênfase no "você" - e trabalho aqui?

- eu poderia ser seu responsável, como seu tutor ou mentor.

- ok, eu aceito - por um momento eu me esqueço dos meus ferimentos, quando me lembro sinto dor por todo meu corpo, deixo um gemido de dor escapar.

- ok, vem cá - ele da um passo em minha direção e repousa sua mão direita em meu ombro, me fazendo encara-lo - isso pode doer um pouco.

Senhor Strange conjura magia e passa pelo meu rosto, sinto uma ardência e dor pelo mesmo e gemo.

- esta quase - logo a dor passa - pronto - ele sorri satisfeito

- obrigada - dou um sorriso fraco.

- posso te chamar de Aga? - assinto - lá em cima tem os quartos escolha um, menos o primeiro, ele é meu. - assinto — Agora pode ir tomar um banho, tem toalhas limpas no banheiro, do outro lado do corredor. Tem roupas limpas lá.

Subo as escadas, tinha varias coisas legais. Olha cada canto com atenção, em um dos cantos tinha uma capa vermelha.

"ela se mexeu?"

A capa veio levitando ate mim, pendi lentamente a cabeça para o lado e a capa fez o mesmo.

- mas o que?

- não liga para essa capa - dou um pula de susto - ela é irritante as vezes - ele aparece atrás de mim.

- ela é engraçada - sorrio forçadamente.

Segui o corredor abrindo porta por porta até achar a do banheiro, olhai para o azulejos brancos e cheiroso. Eu vi a toalha verde-esmeralda, eu toquei o tecido macio. Tirei a roupa e entrei no box, deixei a água quente escorrer pelo meu corpo, doia, mas era bom, podia me sentir segura. Um soluço foi o suficiente para eu começar a chorar alto no banheiro. Quando terminei, com os olhos inchados, peguei a toalha e me sequei, apenas encostando a coalha no meu corpo.

Vesti a roupa que tinha ali, uma camiseta azul e uma calça moletom cinza. Sai do banheiro com os cabelos molhados.

- então... Ágata, me conte a sua historia - ele fala no final do corredor.

Meus ombros murcharan e a vontade de chorar era quase possível de segurar. Mas consegui.

- é que, eu não gosto de falar do meu passado - respondo e abaixo a cabeça.

- por favor, assim podemos nos conhecer - assenti, respirei fundo.

O moreno a minha frente faz posição de yôga no ar, pendo a cabeça para o lado.

- bom, até um ano atrás eu estudava em um instituto que pegava crianças e adolescentes normais e os forçava a treinar, eles, n-nós treinávamos tanto a mente e o físico que todos desenvolveram algum tipo de poder, alguns velocidade sobre-humana, muita resistência, telepatia, força e outros.

- e você?

- bom, eu treine e descobri a telecinese, a única do instituto que conseguiu, pois precisava de muita concentração e paciência. Então ele falaram que eu era mais forte e mais perigosa de todos, então eles me trancaram e colocaram uma coleira de choque e me obrigavam a treinar o combate e o meu poder o dobro do outros, minha mãe pensava que era uma escola normal mas era uma escola criando armas. - abaixo a cabeça e fecho os olhos segurando as lagrimas, mas continuo - quando eu não queria treinar, eles... eles me davam choque. Eu fui expulsa por matar uma aluna de lá, fui sem querer. Meu pai surtou e me bateu, ele sempre foi agressivo, sempre. — falei mentindo uma parte.

Sinto algo me envolvendo e ergo a cabeça e vejo uma capa me envolvendo, sorrio tristemente com a ação da bela capa. Senhor Strange se manteve calado, com olhar distante. Eu uma adolescente de 16 anos expondo minha vida para um estranho, incrível Ágata, incrível.

- eu era um neuro-cirurgião e eu sofri um acidente - por fim ele fala e eu o fitei - e quebrei a duas mãos e me colocaram 11 pinos nas minhas mãos - ele levanta as mãos e as mesmas tremiam freneticamente, suspiro.

- ambos sofremos Ágata, o que passei não é nada comparado ao que você passou, mas você não deixe que isso te impeça de ser alguém melhor.

Assenti.

The Strange daughter  - avengersOnde histórias criam vida. Descubra agora