Capítulo: 11 - Posso ser ele?

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Por Cait 

Existem dois tipos de muros, os que nos ajudam, de certa forma, e os que nos mantêm estagnados. E em ambos os casos a escolha é nossa. Ir em frente ou permanecer parados para sempre? Essa não devia ser uma pergunta difícil de responder, mas a verdade é que não é nada fácil. E como escolhas como estas são feitas? Baseadas em quê são pautadas? 

O medo, a desconfiança são péssimos companheiros de caminhada, porém ainda assim permaneço nesta eterna busca por sentir algo que não seja o que me paralisa, algo que não quebre meu coração em tantos pedaços que jamais teria como recompor. Por que eu sinto todo este medo? E por que é ele quem comanda as coisas? Por que lhe delego tanto poder? Na contramão de minhas próprias palavras eu questiono se existe algo que eu realmente possa fazer a respeito. Caso não exista eu deveria, pelo menos, parar de me culpar. 

Eu quero ser amada, mas corro ao primeiro sinal dado. Quero amar, entretanto permito que o medo domine tudo a meu redor. Eu permito ou será que estou tão machucada que é somente meu mecanismo de defesa querendo agir? A gente deve se defender do amor? E quando a gente tem certeza que é amor? Basta querer fazer ou dizer coisas lindas? 

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Caitriona permaneceu ali, sem reação. O que diria se ela não tinha nem certeza do que pensava? Queria se esconder no primeiro buraco que visse, mas não havia nenhum.   E então a música começou. 

Cantor: "Você entrou na sala e agora meu coração foi roubado. Você me levou de volta ao tempo em que eu ainda era inteiro. E  você é tudo o que eu quero e eu soube disso desde o primeiro momento.

Sam: (se levantou e estendeu sua mão a ela, que hesitou, mas a pegou) Existe uma busca incessante pelo que não fomos e eu quero parar de procurar e apenas ser. Ser o que eu sou ao seu lado, porque você me inspira a ser melhor a cada dia. (se encaminhou para o centro do salão e começou a dançar aferrado a Caitriona) 

Cantor: "Eu juro que cada palavra que você canta foi feita para mim. Como se fosse umshow particular, mas nunca fui verdadeiramente visto. Quando as luzes se apagarem e eu estiver sozinho, você estará lá? Eu posso ser a pessoa que você cita em todas as suas histórias? Posso ser ele?"

Sam: Eu a amo, Cait. E apesar de imaginar minha vida sem sua presença,eu não a quero assim. Talvez eu esteja apressando as coisas, mas eu precisava tentar. Eu precisava saber se algum dia haverá uma chance para nós. 

Cantor:" Eu quero secar suas lágrimas, beijar esses lábios e é só nisso que tenho pensado. Eu posso ser a pessoa? Eu posso ser ele?"

Sam: (o restaurante estava parado observando cada passo que eles davam. Tão ansiosos pela resposta quanto Sam.) 

Cait: Sam,eu ... eu também sinto um monte de coisas e eu adoraria poder dizer sim ao seu questionamento, mas ... Sam, eu não quero que o medo tome conta de minhas decisões, porém elas precisam ser pensadas com mais cautela agora. Não sou somente eu mais. Existe a Sophie que vai ficar radiante caso fiquemos juntos, mas jamais entenderia caso algo dê errado. E eu não estou preparada pra ver o coração da minha filha partir, entende? 

Sam: Entendo sim. Eu não pretendo te prometer nada. Não farei promessas com as quais não sei se poderei cumprir, embora eu ache que não as quebraria. Te falarei somente mais uma coisa e não retornarei mais a este assunto. Não importa se você não me ama, Cait. Eu estarei ao seu lado. Mesmo que nunca tenhamos nada. Apenas amigos. Com a maturidade eu entendi que amar passa muito distante de belas palavras somente, elas passam por ações. 

Cait: (negou com a cabeça e riu como se a vida vivesse de lhe pregar peças e então o beijou. Beijo esse que surpreendeu o homem, sua filha e todos que esperavam, ansiosamente por alguma atitude de sua parte. A surpreendeu também e muito. Nunca deixou de amá-lo mesmo sabendo que durante anos o que dominava em seu coração era a mágoa) 

Por Cait ... 

"As vezes as soluções para nossos problemas está no futuro. A esperança, os sonhos, os desejos, são soluções para problemas do passado. E existem vezes que essas soluções estão no presente, mas estamos tão atados ao passado que não percebemos."

Dar a mão a alguém é muito mais do que fazer um favor. É muito mais do que dedicar uns poucos minutos. Não dedicar os minutos que sobraram ou emprestar uma camisa que você já não usa, é uma parte sua. É se dar. Dar a mão é se segurar e segurar  outro, quando o mundo é um abismo. Você não se segura a algo, mas a alguém. Alguém que não vai te soltar. 

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Oi, gente. Tudo bem? Me desculpem a demora em postar, mas estava sem computador e não me adapto a escrever pelo celular. Espero que curtam esse capítulo. O texto final é de um autor argentino chamado Leandro Calderone. Beijos e até a proxima. 



O trailer do meu suposto amorWhere stories live. Discover now