𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mc

120

— Tá tudo bem? - Liliane pergunta assim que apareci no corredor.
— Aham - Sorri.
— Certeza?
— Tenho sim.
— Mãe - Léo sai do quarto.
— Oi amor - Olha pra trás.
— Vou almoçar e encontro vocês na piscina, tá? - Ele vai até ela e eu sigo andando até o elevador.
— Tá bom meu bem.
— O que vamos fazer a noite? - Passa o braço pelo pescoço dela e caminham juntos até mim.
— Vocês que sabem - Ela diz - Podemos jantar e depois dar uma volta.

Ele apenas concordou com a cabeça e então chamou o elevador.

— Esqueci de passar protetor - Ela diz - Podem descer se quiserem, eu já vou.
— A gente espera - Léo diz - Não é amor?
— É, a gente espera - Digo.

Ela deu um sorriso e então voltou pro quarto. Encostei na parede e fiquei encarando meus pés.

— Você fica linda com esse biquíni - Diz.
— Obrigada - Olho pra ele.
— Me desculpa - Dá um passo pra frente se aproximando — A gente pode aproveitar a viagem e conversar sobre isso quando voltamos?
— Eu acho que não tem o que conversar, eu sei o que você pensa e você sabe o que eu penso, não vou mudar de opinião, eu vou viajar.
— Você não vai viajar Maria.
— Você tá sendo babaca de novo - Digo.
— Me desculpa, sério, eu só não quero ficar esse tempo todo longe de você.
— Então vai com a gente.
— Não tem como amor, eu tenho show pra fazer em Sampa.
— Então realmente, nós não vamos entrar em um acordo.
— Sim, nós vamos - Coloca as mãos na parede pra que eu não saísse - Eu faço o que você quiser, compro o que você quiser.
— Você sabe que não é assim que funciona Leonardo, não comigo.
— Tem que funcionar, alguma coisa tem que fazer você mudar de idéia e ficar.
— Não tem nada que me faça mudar de idéia.
— Eu vou descobrir, eu sei que tem alguma coisa que eu possa fazer, só preciso saber o quê.
— Vamos? - A mãe dele sai do quarto.

Nós chamamos o elevador novamente e então descemos. Léo foi pro restaurante e nós pra área da piscina.

•••

Já faziam um bom tempo que estávamos ali na piscina. Léo ainda não tinha aparecido e nós estávamos conversando.

— Será que aconteceu alguma coisa?
— Não sei - Digo.
— Ele tá demorando muito.
— Deve estar vin... Ali, tá vindo.

Encaramos Leonardo sair de dentro do hotel e vem bem devagar até nós. Quando ele estava chegando bem perto, uma garota se aproxima dele , provavelmente pedindo pra tirar foto.
Mas não fizeram isso, eles começaram a conversar. Estava nítido o quanto a garota estava se jogando pra ele. Ela falava tocando nele, fazia charme com o cabelo e se aproximava cada vez mais dele.

— Você tá vendo a mesma coisa que eu?
— Sim - A mãe dele diz - Vai lá.
— Mas...
— Sério, vai lá, ele tá ficando sem graça, ela tá falando alguma coisa que tá constrangendo ele, olha como ele tá ouvindo o que ela fala, mas tá passando a mão na aliança toda hora.

Saí da água e fui até a espreguiçadeira. Me sequei e me enrolei na toalha, então caminhei até lá.

— Ah, porque sei lá, meu pai tem essa casa de show e tal e se você quiser ir pra cantar lá, eu consigo numa boa, ainda mais que... - Ouvi a garota dizer conforme me aproximei.
— Oi vida - Digo.
— Oi amor - Ele sorri ao me ver - Então, essa aqui é a minha namorada.
— Ah - A garota me olha de cima a baixo.
— Sua mãe tá esperando amor, vamos?
— Vamos, tchau Victória.
— Ah, tchau - Diz - Qualquer coisa me manda uma mensagem, você tem meu número.

A garota diz isso e sai de perto da gente. Observamos ela se afastar, então viro as costas e volto pra espreguiçadeira.

— Maria, espera aí - Ouço ele dizer.
— O que? - Paro de andar.
— Eu conheço ela de outras vezes em que vim pra cá, a gente já ficou e...
— Eu não perguntei nada Leonardo, se eu atrapalhei vocês, me desculpa.
— Você não atrapalhou nada Maria, meu Deus, olha pra mim - Me vira de frente pra ele - Não vai dar pra continuar assim.
— Tá querendo dizer o que?
— A gente tá só brigando, nada tá indo pra frente.
— Por sua causa, Leonardo.
— Como assim? Minha culpa não Maria Eduarda, sua culpa, quem tá colocando outras coisas a cima do nosso namoro, não sou eu.
— Você não pode estar falando sério.
— Eu tô falando sério, Maria Eduarda, são dois meses porra, isso é muita coisa.
— Você já disse isso.
— E vou continuar dizendo até você mudar de idéia.
— Eu não vou mudar de idéia, você precisa entender isso.
— Você não vai nessa viagem, eu não vou deixar.
— E desde quando você manda em alguma coisa na minha vida?
— Eu sou seu namorado e tô falando que você não vai viajar, você precisa me escutar, é muito tempo pra ficarmos longe - Segura no meu braço e olha bem no fundo dos meus olhos - Você precisa escolher, ou você vai pra essa viagem ou você fica comigo.
— Você só pode estar brincando.
— Eu pareço estar brincando?

Ele estava nervoso, a mandíbula estava travada e o olhos arregalados olhando rapidamente pros lados.

— Léo...
— A viagem ou eu?