XXIII - A verdade enfim

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Desde o dia em que a resgatei, não quis deixá-la mais sozinha. Todos esses dias eu tenho estado com Clare, mesmo ela não entrando consciente. Logo de manhã eu fui até o quarto e ela está acordada, finalmente.
- Clare... Como está?
- Só viva... - ela responde sem me olhar. Logo quando vê que sou eu, eu logo pergunto:
- Posso entrar?
- que seja...
Ela abaixou a cabeça e dá pra perceber que estava magoada. Eu entro no quarto, fecho a porta e vou até ela.
- Precisamos conversar, Clare.
Ela olha furiosa pra mim e responda.
- Conversar?! Você tem muita coisa pra me explicar: Por que mentiu pra mim? Por que me deixou sofrer a dor da perda do meu pai? Você não podia!
- Foi ordem minha, filha.
Ela olha para porta e vê se Ryu a encarando, aliás encarando a mim e a ela.
- NamJoon só fez o que eu mandei. Foi tudo planejado e ele executou cada detalhe que eu mandei. Forjei a morte por motivo de despistar a atenção desse grupelho que Akira criou. Eu pedi para que você assumisse os negócios enquanto eu me entreguei por inteiro nessa investigação. Só que eu vejo que você foi raptada. Eu tive que voltar correndo.
- E esse plano mirabolante e egoísta... Você já contou pra mamãe que está vivo? - ela disse.
- Em partes...
- E como é isso?
- O meu assessor em Tokyo se encarregou de contar "suavemente"...
De repente entra a Sra Ryu no quarto aos berros e prantos.
- Kwan, como pode fazer isso comigo?!
- Eu fiz o que deveria e...
- Não interessa! Eu quase morri sem você! E ainda por cima me atribuiu esse trabalho. Eu entrei em depressão por sua causa!
A Sra Ryu chorava e o Sr Ryu a abraça. Um reencontro da família e sinto que estou sobrando.
Quando finalmente se deram conta que Clare e eu estávamos ali, a Sra Ryu falou com Clare friamente.
- Como está?
- Não morri, como pode ver.
- O que está havendo entre vocês duas? - perguntou Sr Ryu.
- Pergunte a ela. - disse Sra Ryu secamente.
- Por causa da minha relação com NamJoon, pai. Estamos juntos.
- Disso eu já sabia.
- O que?! - dissemos juntas.
- Ainda mais essa, Kwan! E você aprova esse envolvimento com esse insolente!
Isso me ferveu o sangue e já levantei para responder. Mas antes que eu o fizesse, sr Ryu já respondeu por mim.
- Esse insolente ama Clare e a protege com a vida! E além do mais foi o meu melhor funcionário. Ele fez TUDO QUE EU MANDEI. INCLUSIVE CUIDAR DA MINHA SUPOSTA MORTE!
Os ânimos se exaltaram. A discussãotomou conta do lugar. Eu fiquei calado. Sentei ao lado de Clare, segurei sua mão e a olhei em seus olhos.
- Desculpe, Clare. Eu nunca quis te magoar. - falei baixinho pra ela enquanto Sr e Sra Ryu discutiam minha relação com ela.
- O que você quer que eu diga?
- Eu fiz o que seu pai mandou. Morri por dentro em ter que manter a mentira pra você. Eu te amo.
- NamJoon, eu também te amo. Mas isso é muita coisa pra mim. Eu ainda nem consigo me mexer.
- Pra isso estou aqui. Meu trabalho é cuidar de você, Srta Ryu.
Ela sorri por um instante, mesmo que esteja se sentindo dolorida. Seu sorriso já me deixa feliz.
- Obrigada, segurança Kim NamJoon.
Eu sorrio pra ela.
Ela fica me encarando por uns minutos e acabo perguntando.
- O que foi?
- Será que não posso olhar meu segurança e me dar conta que ele tem o sorriso mais lindo do mundo?
- Não mais que o seu. - eu sorrio e beijo sua mão. - Mas vou deixar você descansando. Eu volto mais tarde, quando a discussão acabar.
- Ta certo, Nam... Não vou a lugar nenhum mesmo...
- Me chamou de Nam?
- Chamei e se não gostou, vou chamar mesmo assim.
- Voce é demais. Eu volto. Prometo.
- Quando eu melhorar, me tira daqui?
- Vamos aonde quiser.
- Te amo.
- Te amo também.
Eu saio de fininho do quarto antes que percebam. Preciso trabalhar um pouco. Agora posso trabalhar mais tranquilo pois sei que ela está melhor e me perdoou. Mas mesmo no térreo da pra ouvir a discussão.

Mais tarde

- Clare? Posso entrar?
- Oi, NamJoon...
- Que bom que está acordada. Seu pai me.deu ordens.
- De voltar para Seul comigo?
- Sim. Pensei que seria novidade.
- Novidade, não. Mas é a melhor notícia que eu poderia ter.
- Assim que você melhorar, nós iremos.
- Não vejo a hora de irmos.
Fico ali com ela pra ela se sentir melhor.

Meu segurança - A visão de Kim NamJoon Onde histórias criam vida. Descubra agora