Capítulo 4

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O clima ainda estava estranho entre nós dois, eu ainda não havia tido a chance de dizer o que sentia e ela estava estranha desde a minha explosão, eu evitava falar sobre o assunto assim como meu instrutor e Annye, estávamos falando só o básico e eu queria minha amiga confidente de volta.

Na tarde daquele dia iriamos estudar juntos e seria o momento em que eu daria um fim naquela situação mal curada, já fazia um dia que tudo estava estranho e eu não conseguia continuar por uma semana ou um mês; eu fui o primeiro a chegar à biblioteca e me organizei pegando os materiais que usaria para estudar demorou alguns minutos para ela chegar e aqueles minutos pareceram horas para mim, finalmente ela apareceu e evitou contato físico comigo apenas me cumprimentando com o básico.

Durante a aula eu a encarava a todo momento, e esperava que ela pudesse me entender ou pudesse puxar um assunto como sempre fazia, um comentário, uma risada, uma palavra, porem nada disso veio dela; Vencido eu me pronunciei:

- Precisamos conversar...

- Agora não Taehyung – ela disse concentrada em seus livros

- Lee nós precisamos conversar agora

Ela me encarou com duvida não entendendo o motivo do meu desespero, quase fui estapeado quando a puxei para fora da biblioteca ignorando o professor, eu não liguei precisava acertar aquilo de uma vez, e não aguentaria mais um segundo daquele silêncio estranho. Quando finalmente chegamos do lado de fora ela me encarou cruzando os braços um sinal claro que queria que eu falasse o que estava pensando.

- Ok vamos la! – sequei minhas mãos e a encarei – não gosto de ficar brigado com você, e quero acertar esse desentendimento com você.

- Não tem nada de errado...

- Não finja tá bom – a interrompi antes de a mesma terminar a frase – eu sei que tem, sei que você está magoada e quero que seja sincera comigo.

- Você me conhece bem não é mesmo? – Ela deixou escapar um sorriso depois de um longo suspiro

- Me perdoe pelo que falei e como agi, sei que fui infantil e egoísta...

- Não Tae, eu forcei você, ameacei você, não fui uma boa amiga – ela me encarou – você tem seus medos e suas fraquezas e eu tenho que aceita-las, ninguém é igual nesse mundo e errei achando que você tinha que ser algo que não era. Quer dizer, eu te conheço muito bem, e deixei que todos me influenciassem para fazer de você algo que não é, sei o quanto esta sendo pressionado e não quero ser mais uma a fazer isso.

- Meu medo me tornou egoísta, eu parei de pensar nos problemas que os outros ao meu redor têm e se concentrei somente nos meus, eu não fui um bom amigo e ainda gritei com você.

Ficamos em silencio nos encarando e sem mais palavras a dizer, aceitar o pedido de desculpas era fácil, voltar a normalidade isso que era o difícil; depois de um longo suspiro fui surpreendido por seus braços em volta dos meus ombros e sem hesitar rodeei seu corpo com os meus, ficamos em silencio mas a clareza se fazia presente no momento.

- Não vamos mais fazer isso, temos que ser um o apoio do outro, um contar com o outro, nos separar só deixará tudo mais difícil.

- Prometi fazer dar certo não foi? E eu farei, mesmo que no caminha haja brigas e desentendimentos, porém no final do dia temos que estar juntos e bem.

- Eu prometi também e irei cumprir!

Estávamos próximos demais e quando nos separamos olhei diretamente no fundo dos seus olhos, ficamos nos encarando com sorrisos largos, havíamos acabado de fazer as pazes e a sensação que pelo menos eu sentia era que tudo poderia dar certo de agora em diante, sem notar eu comecei a me aproximar dela e observei sua respiração calma acompanhar a minha; eu não sei explicar o que senti naquele momento ou como aquilo aconteceu, eu apenas fiz... Eu beijei minha melhor amiga e ela retribuiu!

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